Discussão:Roberto I, Duque da Borgonha

Em que documento prova que Conde D. Henrique é filho de Roberto I de Borgonha, sendo este último avô de D. Afonso Henriques de Portugal, um documento, se faz favor.

eu tenho isto:

Raymond de Tolosa, Corografia Portuguesa, pagina 16 e 17, mostra que é cunhado de Conde Dom Henrique, quando foi para Constantinopla combater os mouros, enquanto Raymond de Tolosa, foi recuperar sua cidade de Tortosa. De acordo com Livro da Nobreza da família de Falgario ou Faudoas em França, como da Casa de Miremont, da Casa de Foix, mostra que Raymond de Tolosa é Raymond de Falgar ou Felgar, registos também dos Bispos da Santa Sé. Este é o verdadeiro Raimundo parente de D. Henrique, o homem que irá mudar a História de Portugal.No ano de 1087, uma cruzada francesa, organizada pelo papa Urbano II, vem em auxílio de Afonso IV, imperador da Hispania, para combater os Mouros na península Ibérica, essa cruzada foi dirigida por Raimundo de Saint-Gilles,conde de Toulouse e Eudes I, Duque da Borgonha.D. Raimundo, conde de Toulouse, quando foi incumbido desta misssão pelo papa Urbano II, tinha 45 anos e era um dos nobres mais ricos da França e da Europa, filho de Ponce Guilherme de Toulouse e de Almondis de la Marche, encontrava-se na altura casado em terceiras núpcias com Matilde, filha de Rogério I, conde da Sicília e de Adelaide del Vasto. Segundo as Crónicas antigas, com Raimundo de Saint-Gilles, conde de Toulouse, vem um seu sobrinho chamado Dom Henrique, filho segundo genito de uma sua irmã e um Rei da Hungria, com quem esta era casada.Depois do sucesso que estes cruzados tiveram no combate aos Mouros, no ano de 1094, o imperador D. Afonso IV de Hispânia em seu reconhecimento, a D. Raimundo, que então já se encontrava viúvo de Matilde da Sicília, deu em casamento a sua filha Dona Elvira, e a Dom Henrique, sobrinho do conde de Toulouse deu em casamento, D. Teresa, ambas filhas ilegítimas nascidas da sua amante D. Ximena Moniz de Gusmão.D. Raimundo e D. Henrique, depois desta primeira missão que foi um sucesso pois venceram os Mouros na Península e acabaram ambos casados com as filhas do imperador D. Afonso VI; no ano de 1095, o papa Urbano II, em face de um apelo de ajuda por parte de Aleixo Comneno, imperador de bizâncio, volta a fazer-lhes um novo pedido para integrarem aquela a que se chamará a primeira cruzada e que se destinará não só dar apoio ao imperador de Bizâncio como da conquista da Terra Santa. D. Raimundo vai como dirigente de uma expedição daquela cruzada e seu sobrinho D. Henrique acompanha-o na mesma à Terra Santa, onde assiste no ano de 1103 ao nascimento e baptismo de seu primo e sobrinho, Afonso que por se ter baptizado no Rio Jordão, passou a chamar-se Afonso de Jordão.Luís de Camões, nos Lusíadas, não deixa passar em branco a ida de D. Henrique à Terra Santa, exaltando-a no seu poema imortal: Já tinha vindo Anrique da conquistaDa cidade Hiesólima sagradaE do Jordão, a areia tinha vista,Que viu em Deus a carne em si lavada(Que não tendo Gotfredo a quem resistaDepois de ter judeia sojugadaMuitos que naquelas guerras o ajudaramPara seus senhorios se tornaram)Urbano II para aproximar os cristãos do ocidente aos do oriente, tentava fazer alianças na medida em que as sequelas da divisão dos cristãos no ano de 1050 ainda estavam bem vivas, pois ainda só haviam passado 45 anos desde o grande sisma. Nessa medida o papa Urbano II aranjou o casamento de Felícia ou Basília, filha do Rei da Sicília e de sua segunda esposa Eremburge de Mortain, com o rei da Hungria, Colomanus, para selar a amizade entre os Normandos da Sicília e o imperador de Bizâncio. Colomanus era filho de uma grega filha do imperador bizantino.Por este casamento D. Raimundo, conde de Toulouse, foi cunhado de Colomanus, rei da Hungria, pois este casou com a sua cunhada Felícia, irmã de sua mulher Matilde de Sicília. Desse casamento teve D. Raimundo os seguintes sobrinhos, filhos do rei da Hungria: Sofia, N que casou com o Príncipe Vlademirco Volodarovich, Estevão e Lázaro.

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