Eduardo Carigé

Abolicionista brasileiro

Eduardo Carigé Baraúna (Salvador, 11 de novembro de 1851 - Salvador, 12 de abril de 1905) foi abolicionista, jornalista e dramaturgo. Durante a Guerra da Tríplice Aliança, fez duras críticas ao tratamento das pessoas escravizadas pelos escravizadores na Bahia.[1] Junto com Pamphilo da Santa Cruz e Frederico Lisboa, usou a ''Gazeta da Tarde'' como tribuna para denunciar os males da escravidão.[2][3]

Eduardo Carigé
Nome completo Eduardo Augusto Carigé Baraúna
Pseudônimo(s) Martilius
Nascimento 11 de novembro de 1851
Salvador, Bahia
Morte 12 de abril de 1905 (54 anos)
Salvador, Bahia
Nacionalidade Brasileiro
Progenitores Mãe: Emília Augusta Carigé Baraúna
Pai: Manuel Carigé Baraúna
Cônjuge Herminia Carigé
Filho(a)(s) Augusto Deocleciano Carigé
Ocupação Abolicionista
Jornalista
Dramaturgo
Principais trabalhos Diretor da Biblioteca Municipal de Salvador

Biografia

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Nasceu na Bahia em 11 de novembro de 1851, como Eduardo Augusto Carigé Baraúna, filho de um médico, Dr. Manuel Carigé Baraúna e D. Emília Augusta Carigé Baraúna. Com a morte de seu pai, no ano de seu nascimento, Carigé e sua mãe foram morar com sua tia materna, Maria Augusta Carigé Gomes, no Engenho Socorro. Terminou seus estudos no Gymnasio Bahiano, e entrou para a Faculdade de Medicina, mas não chegou a se formar.[3][4]

Aos 18 anos de idade, iniciou no movimento abolicionista, entrando para a Sociedade Libertadora Sete de Setembro. Em 1882, começou a escrever para o jornal Gazeta da Tarde, com o pseudônimo Martilius; em seus artigos, defendia o abolicionismo e denunciava as violências cometidas pelos escravizadores. Carigé entrou para a Sociedade Libertadora Bahiana, que se tornou uma das principais agremiações abolicionistas da Bahia. A agremiação ajudava na fuga de escravizados, e entrava com ações judiciais de pedido de liberdade. Entre dezembro de 1888 e janeiro de 1889, escreveu artigos para o jornal Diário da Bahia, contando a sua versão da campanha abolicionista na província e se defendendo nas acusações que caía sobre ele. Em 1904, arrendou, junto com Thomé Moura e Anselmo Pires de Albuquerque, o Teatro São João; Durante este período, escreveu os dramas: O Roupeta, Cabral e A Plebeia.[3][5][6]

Referências

  1. Gradin, Dale Torston. From Slavery to Freedom in Brazil Bahai, 1835-1900. Albuquerque: University of New Mexico Press, 2006, p. 164
  2. "Eduardo Carigé," RIHGB 27, no. 36 (1910: 198-200)
  3. a b c Silva, Ricardo Tadeu Caires. (2016). Entre a legalidade e a subversão da ordem: Eduardo Carigé e a campanha abolicionista na Bahia (1883-1888). VIII Encontro Estadual de História.
  4. "Eduardo Carigé," Revista do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia 27, no. 36 (1910: 198-200)
  5. Rocha, Rafael Rosa da. (2015). Professor Faustino, o "doutor Bota-mão": um “curandeiro” na Bahia do limiar do século XX. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  6. Borges, Edson. (2008). O resgate da Lei de 7 de novembro de 1831 no contexto abolicionista baiano. Estudos Afro-Asiáticos. Universidade Candido Mendes. p.p. 301-340.