Elegia (banda)
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Elegia é uma banda pós-punk brasileira formada em 1989 na cidade de São José dos Campos, São Paulo. A banda, que é uma das mais longevas do cenário independente nacional[1], se caracteriza por suas composições densas de tons melancólicos, etéreos e furiosas distorções e peso de bateria tribal, influências do pós-punk inglês, como Bauhaus, Joy Division, The Cure, Siouxsie and The Banshees, além de bandas brasileiras como Fellini, Violeta de Outono e Legião Urbana[2].
Elegia | |
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Informação geral | |
Origem | São José dos Campos, SP |
Gênero(s) | Pós-punk, darkwave, gothic rock |
Período em atividade | 1989 - atual |
Gravadora(s) | Airplane of Noise Records Gramophone E-Zine |
Integrantes | Escobar Marcelo Ota Paulo Gotoh Mayumi Dimas Ricardo Igor Klaus |
Ex-integrantes | Úrsula Ricardo Camargo Thiago Milani Emerson Denis |
História
editarVocal feminino e letras em português
editarMarcelo Ota, guitarrista e membro-fundador, teve sua primeira banda em Maceió, a banda punk "Câmara dos Deturpados"[3]. Ali em Maceió, Marcelo conhece aquele que seria o primeiro baixista da banda, Ricardo Camargo. Marcelo se muda para São José dos Campos, Ricardo para Taubaté e marcam o primeiro ensaio já com Escobar na bateria e Ursula nos vocais. As primeiras composições foram feitas em português, a banda musicava os poemas da vocalista Ursula, e a primeira apresentação da banda foi um show duplo: na Praça Afonso Pena, centro de São José, e em um festival na FVE em 30 de setembro de 1989.
Entrada de Paulo Gotoh e o nome "Elegia"
editarDepois de pouco tempo na banda, Ursula sai da banda e entra Paulo Gotoh, o irmão do baterista Escobar. Paulo já acompanhava a banda em seus shows e foi ele quem sugeriu o nome Elegia. O nome foi inspirado numa passagem do poema épico Os Lusíadas, do poeta português Luís de Camões. Trata-se de uma elegia a Inês de Castro, amante do rei de Portugal e assassinada diante de seus filhos pelos conselheiros do rei, tudo devido a sua ascendência espanhola. O rei enlouquecido manda desenterrar o corpo, coloca-o no trono coroando-o como rainha e faz toda a corte beijar a mão do cadáver decomposto. Equivocadamente, muitos pensam que a origem do nome se deve à música homônima da banda New Order do seu disco de 1985, Low-Life.
A partir da entrada de Paulo Gotoh, as letras da banda passaram a ser compostas em inglês, seguindo a tendência nacional em todos os nichos do rock, sobretudo aqueles que estavam em evidência, o heavy metal, o hardcore e as guitar bands[4].
Conexão Brasil-Japão e o primeiro registro "...Off Noise!"
editarA banda lança duas fitas demo em 1994[5] e no ano seguinte partem para o Japão, onde gravam três faixas para seu primeiro registro em CD, a coletânea "...Off Noise!", Paulo se casa com Mayumi nesse ano, a vocalista entraria na banda em 2001.
A gravação de "Elegia"
editarO primeiro CD da banda, "Elegia", foi lançado em 1999 pela Airplane of Noise Records, já com o baixista e violonista Emerson Deniz incorporado à banda. A dinâmica da gravação do primeiro álbum os acompanharia até o retorno de Paulo e Mayumi ao Brasil, que aconteceu somente em 2005. Durante este período, o instrumental das músicas eram gravados no estúdio Hocus Pocus de São José dos Campos, enquanto as vozes eram gravadas em Mito, no Japão. Sem o vocalista original da banda, o Elegia se apresenta neste período com formações distintas, que incluíram até o baterista Escobar na guitarra e vocal em show no Armageddon, em São Paulo.
Festival Wave-Gotik Treffen na Alemanha
editarO reconhecimento e boa repercussão do álbum de lançamento[6] garante à banda um convite para participar do maior festival de bandas góticas e de darkwave do planeta, o alemão "Wave-Gotik Treffen"[7], em Leipzig. A banda foi o primeiro representante brasileiro no festival[8], e sua apresentação na edição de 2000, que contava com bandas do calibre de Christian Death, Clan of Xymox, Das Ich, Sigue Sigue Sputnik e Napalm Death, lhes rendeu um novo convite para a edição de 2001, marcando a primeira participação da backing vocal Mayumi.
"Underworld" e "E3"
editarUnderworld foi o segundo álbum da banda[9], lançado pelo selo Gramophone E-Zine em 2005 e ainda gravado no sistema Brasil-Japão. O show de pré-lançamento, como nas apresentações anteriores, foi realizado em trio[10] e já contava com o novo baixista e violonista Emerson Denis. Paulo e Mayumi retornam para a participação no festival do Sesc Pompeia "Hoje O Rock Saiu!"[11], com o Violeta de Outono.
Já com a banda completa no Brasil, a banda grava o terceiro álbum intitulado "E3". O álbum foi disponibilizado diretamente na internet em 2013[12].
Integrantes
editarFormação atual
editar- Escobar (bateria);
- Marcelo Ota (guitarra);
- Paulo Gotoh (vocal);
- Mayumi (backing vocal);
- Dimas Ricardo (baixo);
- Igor Klaus (baixo).
Ex-integrantes
editar- Úrsula (vocal);
- Ricardo Camargo (baixo);
- Thiago Escoza Milani (guitarra);
- Emerson Deniz (baixo, violino e viola barroca).
Participações Especiais
editar- Georgios Magouras: teclados em "Tiger" e "All Alone" do álbum "E3".
Discografia
editarÁlbums
editar- Elegia (Airplane of Noise Records, 1999);
- Underworld (Gramophone E-Zine, 2005);
- E3 (Lançamento independente, 2013).
EP
editar- Lady Caffeine (Independente, 2007).
Coletâneas
editar- "...Off Noise!" (Airplane of Noise Records, 1997);
- "Underground Sounds" (Steelbox Records, 1999);
- "...Off Noise! vol. II" (Airplane of Noise Records, 2000);
- "De Profundis - Brazilian Darkwave Collection" (Baratos Afins, 2000);
- "Gramophone - vol. I" (Gramophone, 2001);
- "Gramophone - vol. II" (Gramophone, 2004);
- "Retratos Subterrâneos - Um Panorama Da Música Dark Nacional" (Rock Hard Valhalla, 2007);
- "EspectroS Post Punk / Dark Wave Brasil" (Independente, 2008);
- "The Sky Is Grey - A Tribute To Harry" (Phantasma 13, 2009);
- "Beatles 69 - vol. II" (Selo Discobertas, 2009);
- "Einstürzende Neubauten Iberoamerikanisches Tribut - From Alaska to Tierra Del Fuego" (Tacuara Records, 2010);
- "De Profundis - Brazilian Post Punk Compilation" (Baratos Afins, 2011);
- "A Tribute To Cocteau Twins" (The Blog That Celebrates Itself, 2013);
- "De Profundis Volume IV - Canções Noturnas" (Deepland Records, 2016);
- "Temple Of Souls Vol 2 (Brazilian Sound Sampler)" (Deepland Records, 2017).
Videoclips
editar- Typhoon Eye (1998);
- Spell In The Cathedral (2003).
Referências
- ↑ «Theatro dos Vampiros no próximo sábado». whiplash.net. Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ A, Lord (28 de junho de 2006). «ELEGIA: De São José dos Campos a Leipzig». "Overmundo". Consultado em 29 de maio de 2020
- ↑ «Scream & Yell - Elegia - por Leonardo Vinhas». www.screamyell.com.br. Consultado em 29 de maio de 2020
- ↑ «Grupos dos anos 1990 que cantavam em inglês são festejados em discos, docs e shows». O Globo. 16 de dezembro de 2016. Consultado em 29 de maio de 2020
- ↑ «Elegia (2) - Demo I & II». Discogs. Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ eMinor. «elegia | Rock from São José Dos Campos, SP, BR». ReverbNation (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ «~ Offizielle Seiten Wave-Gotik-Treffen Leipzig ~». www.wave-gotik-treffen.de. Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ Região, Do G1 Vale do Paraíba e (3 de agosto de 2013). «Banda de pós punk é atração no Sesc de São José dos Campos». Vale do Paraíba e Região. Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ «Elegia - Underworld (2004) - Synthema.RU». www.synthema.ru. Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ «Mercyland e Elegia - Gramophone Multimídia». www.oocities.org. Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ «Sesc Pompéia abriga festival "Hoje o Rock Saiu!" - Cultura». Estadão. Consultado em 30 de maio de 2020
- ↑ «Radio Rock Now - Marilia / SP». Consultado em 30 de maio de 2020
Ligações externas
editarhttps://www.linktr.ee/Elegia_br