Eleições parlamentares de Timor-Leste de 2017

Foram realizadas as eleições parlamentares em Timor-Leste em 22 de julho de 2017, para composição do Parlamento Nacional de Timor-Leste por um mandato de 5 anos[1].

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Eleição parlamentar de Timor-Leste de 2017
65 deputados ao Parlamento Nacional
22 de julho de 2017
Demografia eleitoral
Hab. inscritos:  728 363
Votantes : 583 956
  
76.74%  2.6%
Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente
Votos: 168 480  
Assentos obtidos: 23  8%
  
29.7%
Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste
Votos: 167 345  
Assentos obtidos: 22  26.7%
  
29.5%
Partido Libertação Popular
Votos: 60 098  
Assentos obtidos: 8  
  
10.6%
Partido Democrático
Votos: 55 608  
Assentos obtidos: 7  12.5%
  
9.8%
Klibur Haburas Unidade Nacional Timorense
Votos: 36 547  
Assentos obtidos: 5  
  
6.4%
Outros
Votos: 79 984  
Assentos obtidos: 0  
  
14.1%

A FRETILIN emergiu como o maior partido no Parlamento Nacional, ganhando 23 assentos diante de 22 cadeiras do CNRT, que era o maior partido do Parlamento anterior.

Sistema eleitoral editar

Os 65 membros do Parlamento Nacional são eleitos em um único turno nacional por representação proporcional de lista fechada. As partes são obrigadas a ter uma mulher pelo menos a cada terceira posição na lista. Os assentos são alocados usando o método d'Hondt com um limite eleitoral de 4%[2][3].

Resultados editar

Os primeiros resultados preliminares publicados em 24 de julho; em 27 de julho a Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste (CNE) publicou os resultados oficiais que foram confirmados pelo Supremo Tribunal 48 horas depois, após analisadas as eventuais objecções[4].

Nas eleições, 283.350 mulheres e 300.606 homens registraram seus votos. A taxa de participação foi 76,74%, ligeiramente superior a das eleições presidenciais, e quase idêntica às parlamentares de 2012[5].

De acordo com o resultado preliminar, a FRETILIN foi o partido que angariou mais votos, com 29,7%, seguido pela CNRT com 29,5%. O PLP veio em seguida, com 10,6% dos votos, acompanhada pelo PD, com 9,8% e por último a KHUNTO, com 6,4%[6]. A Frenti-Mudança (FM), que anteriormente tinha 5 parlamentares, não alcançou 3% dos votos, assim como os outros partidos, ficando sem representação parlamentar[5]. O PD, perdendo um deputado, foi capaz de manter sua representação; os analistas atribuem o sucesso eleitoral do partido novato PLP principalmente ao encampar as propostas políticas do CNRT (que perdeu 8 deputados) e do FM. Atribui-se essa virada aos eleitores jovens que votaram pela primeira vez, respondendo por 20% do eleitorado.

A FRETILIN levou a maioria dos votos no enclave de Oecusse-Ambeno, nos círculos eleitorais da Austrália e Portugal, nos seus redutos históricos Baucau, Lautém e Viqueque, e nas comunidades na porção oriental do país. O CNRT foi mais forte na parte ocidental do território e, principalmente, nos círculos eleitorais da Coreia do Sul e do Reino Unido. O PLP conseguiu ascender á segunda posição na cidade de Baucau nos círculos eleitorais da Austrália e Portugal[5].

A FRETILIN e a CNRT iniciaram, logo após a eleição, as conversas para formação de uma grande coalizão[7]. Taur Matan Ruak, líder do PLP, anunciou que o seu partido iria desempenhar um papel activo de oposição no Parlamento.

Referências

  1. Last elections Inter-Parliamentary Union
  2. [1] 4a. alteração à lei eleitoral para o Parlamento Nacional. Artigo 13.2
  3. Electoral system Inter-Parliamentary Union
  4. Diário de Notícias: Confirmada vitória da Fretilin em Timor-Leste, 27 Julho de 2017.
  5. a b c CNE: Vorläufiges Endergebnis vom 27. Juli 2017.
  6. Timor-Leste/Eleições: Tribunal de Recurso valida resultados, vitória da Fretilin - Diário de Notícias - 1 de agosto de 2017
  7. Jornal Independente: Alkatiri-Xanana Kontaktu Malu Forma Governu, 24. Juli 2017, abgerufen am 24. Juli 2017.