Emílio Campos Coroa

Emílio Campos Coroa (Beja, 2 de Setembro de 1928 - Faro, 25 de Outubro de 1985) foi um médico, escritor e dramaturgo português.

Emílio Campos Coroa
Nascimento 2 de Setembro de 1928
Beja
Morte 25 de Outubro de 1985
Faro
Nacionalidade português
Ocupação Dramaturgo e médico

Biografia editar

Nascimento e educação editar

Emílio Campos Coroa Nasceu na cidade de Beja,[1] em 2 de Setembro[carece de fontes?] de 1928.[1]

Licenciou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde se especializou em oftalmologia, Ciências Pedagógicas, hidrologia, climatologia e tisiologia social.[2]

 
Teatro Lethes, em Faro.

Carreira profissional, política e artística editar

Foi médico escolar do distrito de Faro, ensinou Noções de Higiene, Enfermagem e Puericultura na Escola do Magistério Primário[2], e exerceu como oftalmologista nas cidades de Portimão e em Faro.[1]

Foi candidato pela Oposição Democrática durante as eleições de 1969, e depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 fez parte da Assembleia Municipal de Faro.[1] Fundou as delegações regionais do Partido Socialista e do Partido Renovador Democrático no Algarve.[2]

Ainda durante os seus estudos, colaborou no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra.[1] Continuou as suas actividades teatrais quando se estabeleceu no Algarve, tendo sido um dos principais dinamizadores do teatro naquela região.[1] Colaborou com o Círculo Cultural do Algarve, e criou o Grupo de Teatro Lethes de Faro, onde também foi encenador de várias peças, que depois representou noutros pontos do Algarve, em Lisboa, nos Açores e em França.[1]

Em 1960, o Grupo do Teatro Lethes realizou e interpretou a película O Infante de Sagres.[1] Em 1965, o grupo foi convidado para representar em Lisboa, no âmbito das comemorações nacionais do V centenário do nascimento de Gil Vicente, tendo levado à cena a peça Trilogia das Barcas, no Teatro de São Carlos, onde Emílio Campos Coroa participou como actor.[1]

Emílio Campos Coroa também foi escritor, tendo publciado um grande número de obras em prosa e poesia, destacando-se os livros O Teatro Amador de Faro (1964) e Tunel (1976).[1]

Falecimento e família editar

Faleceu em 25 de Outubro de 1985, na cidade de Faro.[1]

Tinha um irmão, José de Campos Coroa, e estava casado com a actriz Maria Amélia Saraiva Vieira Campos Coroa, que faleceu em 2011[3]

Homenagens editar

Emílio Campos Coroa foi por duas vezes homenageado com o 1.º Prémio de Encenação do Secretariado Nacional de Informação.[1] Foi condecorado com a Medalha de Mérito Grau Ouro pela Câmara Municipal de Faro[1], que também colocou o seu nome numa rua da cidade.[2] O nome de Emílio Campos Coroa também foi dado à nova sede do Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres em Faro.[1] Em 2006, a autarquia de Albufeira também colocou o seu nome numa rua.[4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n MARREIROS, 2015:95-97
  2. a b c d PIRES, Conceição. «R. Emílio Campos Coroa (Dr.)» (PDF). Ruas. União das Freguesias de Faro. p. 24. Consultado em 15 de Novembro de 2018 
  3. LEAL, João (20 de Setembro de 2018). «Grupo de Teatro Lethes, 60 anos de vida!» (PDF). Jornal do Algarve. Ano LXII (3208). Vila Real de Santo António: Viprensa Sociedade Editora do Algarve. p. 2. ISSN 0870-6433. Consultado em 15 de Novembro de 2018 
  4. «Os 152 topónimos atribuídos no último ano, por freguesias» (PDF). Toponímia de Albufeira. Albufeira: Câmara Municipal de Albufeira. 20 de Agosto de 2007. p. 14. Consultado em 15 de Novembro de 2018 

Bibliografia editar

  • MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8 


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