Invasão da Polônia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Reorganizei o texto sem fazer alterações, fiz ligações internas e adicionei quatro imagens..
Linha 1:
{{sem notas|data=outubro de 2010| arte=| Brasil=| ciência=| geografia=| música=| Portugal=| sociedade=|1=Este artigo ou secção|2=|3=|4=|5=|6=}}
[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 146-1979-056-18A, Polen, Schlagbaum, deutsche Soldaten.jpg|thumb|300px|direita|1 de Setembro de 1939: os alemães derrubam a fronteira da Polônia. Tem início a II Guerra Mundial.]]
Em [[2º de [[setembro]] de [[1939]], as [[Wehrmacht|Forças Armadas alemãs]] deram início a '''invasão à Polônia''', também conhecida como '''Operação ''Fall Weiss''''' marcando o início da [[Segunda Guerra Mundial]] (para alguns essa guerra seria a continuação da primeira grande guerra). A invasão culminaria na dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polones a uma estação de rádio, o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a [[União Soviética]], seguindo uma cláusula secreta do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], também declarougrande guerra a [[Polônia]] e deu início a [[Invasão Soviética da Polónia]] na parte leste do país). Em 3 de setembro, em resposta as hostilidades, [[França]] e [[Reino Unido]], seguidos por [[Canadá]], [[Nova Zelândia]] e [[Austrália]], [[aliados|entre outros]], declararam guerra contra a [[Alemanha]] [[nazismo|nazista|Hittler]].
 
A invasão culminaria na dominação completa do país em 6 de outubro do mesmo ano. A operação foi iniciada em resposta a um suposto ataque polonês a uma [[estação de rádio]], o que depois foi comprovado como um ardil dos nazistas para justificar a invasão. Durante a operação, em 17 de setembro, a [[União Soviética]], seguindo uma cláusula secreta do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]], também declarou guerra a [[Polônia]] e deu início a [[Invasão Soviética da Polónia]] na parte leste do país. Em 3 de setembro, em resposta as hostilidades, [[França]] e [[Reino Unido]], seguidos por [[Canadá]], [[Nova Zelândia]] e [[Austrália]], [[aliados|entre outros]], declararam guerra contra a [[Alemanha Nazi]].
 
== ForçasAntecedentes ==
A [[Wehrmacht]] envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de [[infantaria]], uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis [[Panzer]], uma [[brigada]] de [[cavalaria]] e uma variadade de unidades paramilitares. Para a invasão, o [[Grupo de Exércitos]] Norte tinha um efetivo 630 mil [[soldado]]s, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados. Ao todo, as forças alemãs tinham 559 [[batalhão|batalhões]] de infantaria contra 376 da Polônia. Em [[artilharia]], a Wehrmacht tinha 5805 peças contra 2065 polonesas (sem contar a grande diferença de idade e qualidade). Do lado polonês, havia aproximadamente 39 divisões mais 16 brigadas, totalizando, 950 mil soldados. Do lado soviético, a despeito das esparsas fontes, estima-se um total de 800 mil soldados engajados.
 
Antes do conflito alemão com a [[Polônia]], em [[1939]], o [[chanceler da Alemanha]] alemão, [[yuriAdolf Hitler]], já havia feito algumas manobras políticas para aumentar o território alemão:
Em tanques, eram 2511 [[Panzer]] contra 615 tanques poloneses, sem contar, novamente, a qualidade e a metodologia de combate. Dentre esses veículos, os alemães tinham 215 befehlspanzer (veículos de comando, sem torre, equipados com potentes [[rádio]]s para coordenar as unidades).
 
=== Renânia ===
Em [[1939]], uma divisão padrão de infantaria da Wehrmacht tinha:
* 5375 cavalos
* 938 veículos motorizados
* 530 motos
 
{{Ver artigo principal|[[Remilitarização da Renânia]]}}
Já uma divisão de infantaria polonesa tinha:
* 6937 cavalos
* 76 veículos
 
== Antecedentes ==
Antes do conflito alemão com a [[Polônia]], em [[1939]], o [[chanceler]] alemão [[yuri]] já havia feito algumas manobras políticas para aumentar o território alemão:
 
== Renânia ==
Em [[1936]], Hitler ocupou, com forças militares, a zona desmilitarizada da [[Renânia]], anexando-a ao território alemão.
 
=== Áustria ===
Em [[1934]], com ajuda da [[Sturmabteilung|SA]] e do Partido Nazi Austríaco, Hitler depôs o então chanceler austríaco [[Engelbert Dollfuss]], numa tentativa fracassada de pôr um regime nazista na [[Áustria]].
 
{{Ver artigo principal|[[Anschluss]]}}
O chanceler passou a ser Kurt Schuschnigg, da Frente Nacional, do mesmo partido de Dollfuss, até [[1938]], quando Hitler pressionou o presidente Wilhelm Miklas para nomear um chanceler nazista, [[Arthur Seyß-Inquart]], enquanto traçava planos de invasão à Áustria ('''Operação ''Case Otto'''''), cujo objetivo era anexar a Áustria ao [[Reich]] Alemanha Nazi.
 
Em [[1934]], com ajuda da [[Sturmabteilung|SA]] e do Partido Nazi Austríaco, Hitler depôs o então [[chanceler]] austríaco [[Engelbert Dollfuss]], numa tentativa fracassada de pôr um regime nazista na [[Áustria]].
 
O chanceler passou a ser Kurt Schuschnigg, da Frente Nacional, do mesmo partido de Dollfuss, até [[1938]], quando Hitler pressionou o presidente [[Wilhelm Miklas]] para nomear um chanceler nazista, [[Arthur SeyßSeyss-Inquart ]], enquanto traçava planos de invasão à Áustria ('''Operação ''Case Otto'''''), cujo objetivo era anexar a Áustria ao [[Reich]] Alemanha Nazi.
 
=== Acordo de Munique ===
 
Em [[1938]], os líderes das grandes nações da Europa no ínicio do [[século XX]] se reuniram na cidade de [[Munique]], na [[Alemanha]] para discutir o futuro da [[Tchecoslováquia]] em relação às agressões nazistas na região dos [[Sudetos]]. O alemão [[Adolf Hitler]], o italiano [[Benito Mussolini]], o inglês [[Neville Chamberlain]] e o francês [[Edouard Daladier]] assinaram o [[Acordo de Munique]], pelo qual cederam, sem a presença de representantes da Tchecoslováquia, a cessão do território dos Sudetos à Alemanha.
{{Ver artigo principal|[[Ocupação alemã da Checoslováquia]]}}
 
Em [[1938]], os líderes das grandes nações da [[Europa]] no ínicio do [[século XX]] se reuniram na cidade de [[Munique]], na [[Alemanha]] para discutir o futuro da [[Tchecoslováquia]] em relação às agressões nazistas na região dos [[Sudetos]]. O alemão [[Adolf Hitler]], o italiano [[Benito Mussolini]], o inglês [[Neville Chamberlain]] e o francês [[Edouard Daladier]] assinaram o [[Acordo de Munique]], pelo qual cederam, sem a presença de representantes da Tchecoslováquia, a cessão do território dos Sudetos à Alemanha.
 
Chamberlaim e Daladier chegaram como heróis em seu país. Mas, em [[10 de Março]] de [[1939]], Hitler ordenou que suas tropas ocupassem o restante da Tchecoslováquia, incluindo [[Praga]].
 
== Forças ==
== Início das hostilidades ==
 
|[[Ficheiro:Second World War Europe.png|thumb|205px230px|direita|Avanço das forças da [[Alemanha Nazista]] e da [[URSS]] sobre a Polônia.]]
As operações começaram aproximadamente ás 4h45min do dia 1º, com o [[encouraçado]] alemão ''SMS Schleswig-Holstein'' abrindo fogo contra as guarnições polonesas da [[Westerplatte]], penísula localizada em [[Danzig]], hoje [[Gdansk]]. Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram a invasão por terra.
 
A [[Wehrmacht]] envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de [[infantaria]], uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis [[Panzer]], uma [[brigada]] de [[cavalaria]] e uma variadade de unidades [[paramilitar]]es. Para a invasão, o [[Grupo de Exércitos]] Norte tinha um efetivo 630 mil [[soldado]]s, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados.
Empregando a tática da [[Blitzkrieg|Guerra Relâmpago]] com tropas blindadas e mecanizadas, juntamente com inovadoras técnicas de combate e equipamentos modernos, os alemães rapidamente quebraram as linhas defensivas dos poloneses, alcançando o [[Vístula]] já em 3 de setembro, e iniciando o cerco a [[Varsóvia]] no dia 10. Ao sul, com o Grupo de Exércitos Sul, comandado por [[Gerd von Rundstedt]], no dia 3, as tropas de Reichnau já se encontravam na retaguarda de [[Cracóvia]], e cinco dias depois, tendo percorrido 140 milhas em uma semana, se encontravam a 10 km de Varsóvia.
 
A [[Wehrmacht]] envolveu suas melhores unidades, engajando 37 divisões de [[infantaria]], uma de montanha, quatro de infantaria motorizada, quatro divisões blindadas leves, seis [[Panzer]], uma [[brigada]] de [[cavalaria]] e uma variadade de unidades paramilitares. Para a invasão, o [[Grupo de Exércitos]] Norte tinha um efetivo 630 mil [[soldado]]s, enquanto o Grupo de Exércitos Sul tinha 886 mil soldados. Ao todo, as forças alemãs tinham 559 [[batalhão|batalhões]] de infantaria contra 376 da Polônia. Em [[artilharia]], a Wehrmacht tinha 5805 [[Peça de artilharia|peças de artilharia]] contra 2065 polonesas (sem contar a grande diferença de idade e qualidade). Do lado polonês, havia aproximadamente 39 divisões mais 16 brigadas, totalizando, 950 mil soldados. Do lado soviético, a despeito das esparsas fontes, estima-se um total de 800 mil soldados engajados.
A essa altura, todos os planos de defesa poloneses haviam falhado, basicamente pela mobilização das tropas alemães e pela incapacidade do exércitos polones em recuar estrategicamente, muito por causa do nível de obsolência do seu exército e da mentalidade de seus comandantes, principalmente do Chefe das Forças Armadas, General Rydz-Smigly. Os poloneses tinham duas opções de defesa; a primeira era espalhar as forças pela fronteira e recuar aos poucos até o Vístula, e ali estabelecer a última linha defensiva. A segunda era já estabelecer a linha no rio Vístula, sem recuos estratégicos. O General Rydz-Smigly, querendo dar proteção à totalidade do território nacional, optou pela primeira opção e estendeu, ao longo das fronteiras, 7 divisões, denominadas exércitos. Essas forças foram rapidamente cercadas, e a despeito do contra-ataque do rio Bzura, nenhuma delas esboçou reação expressiva ou comprometeu de alguma forma a invasão como um todo.
 
Em [[Carro de combate|tanques]], eram 2511 [[Panzer]] contra 615 tanques poloneses, sem contar, novamente, a qualidade e a metodologia de combate. Dentre esses veículos, os alemães tinham 215 ''befehlspanzer'' (veículos de comando, sem torre, equipados com potentes [[rádio]]s para coordenar as unidades).
===Imagens===
 
Em [[1939]], uma divisão padrão de infantaria da Wehrmacht tinha:
{|"align"=center
 
|[[Ficheiro:Schleswig Holstein firing Gdynia 13.09.1939.jpg|thumb|270px|O [[SMS Schleswig-Holstein]] da [[Kriegsmarine]], bombardeando Gdansk.]]
* 5375 [[cavalo]]s
|[[Ficheiro:Zniszczenia1939 0.jpg|thumb|364px|1.09.1939 [[Wieluń]].]]
* 938 veículos motorizados
|[[Ficheiro:Second World War Europe.png|thumb|205px|Avanço das forças da [[Alemanha Nazista]] e da [[URSS]] sobre a Polônia.]]
* 530 [[moto]]s
 
Já uma divisão de infantaria polonesa tinha:
 
* 53756937 cavalos
* 76 veículos
 
== Início das hostilidades ==
 
As operações começaram aproximadamente ás 4h45min do dia 1º, com o [[encouraçado]] alemão ''SMS Schleswig-Holstein'' abrindo fogo contra as guarnições polonesas da [[Westerplatte]], penísulapenínsula localizada em [[Danzig]], hoje [[Gdansk]]. Horas depois, o Grupo de Exércitos Norte e Sul iniciaram a invasão por terra.
 
Empregando a tática da [[Blitzkrieg|Guerra Relâmpago]] com tropas blindadas e mecanizadas, juntamente com inovadoras técnicas de combate e equipamentos modernos, os alemães rapidamente quebraram as linhas defensivas dos poloneses, alcançando o [[Vístula]] já em 3 de setembro, e iniciando o cerco a [[Varsóvia]] no dia 10. Ao sul, com o Grupo de Exércitos Sul, comandado por [[Gerd von Rundstedt]], no dia 3, as tropas de Reichnau[[Walter von Reichenau]] já se encontravam na retaguarda de [[Cracóvia]], e cinco dias depois, tendo percorrido 140 milhas em uma semana, se encontravam a 10 km de Varsóvia.
 
A essa altura, todos os planos de defesa poloneses haviam falhado, basicamente pela mobilização das tropas alemães e pela incapacidade do exércitos polones em recuar estrategicamente, muito por causa do nível de obsolência do seu exército e da mentalidade de seus comandantes, principalmente do Chefe das Forças Armadas, General [[Edward Rydz-SmiglyŚmigły]]. Os poloneses tinham duas opções de defesa; a primeira era espalhar as forças pela fronteira e recuar aos poucos até o Vístula, e ali estabelecer a última linha defensiva. A segunda era já estabelecer a linha no [[rio Vístula]], sem recuos estratégicos. O General Rydz-SmiglyŚmigły, querendo dar proteção à totalidade do território nacional, optou pela primeira opção e estendeu, ao longo das fronteiras, 7 divisões, denominadas exércitos. Essas forças foram rapidamente cercadas, e a despeito do contra-ataque do rio Bzura ([[Batalha de Bzura]]), nenhuma delas esboçou reação expressiva ou comprometeu de alguma forma a invasão como um todo.
 
{|"align"="center"
|[[Ficheiro:Schleswig Holstein firing Gdynia 13.09.1939.jpg|thumb|270px248px|O [[SMS Schleswig-Holstein]] da [[Kriegsmarine]], bombardeando Gdansk.]]
|[[Ficheiro:Zniszczenia1939 0.jpg|thumb|364px268px|A cidade de [[Wieluń]], em 1.09. de setembro de 1939, após bombardeio da [[WieluńLuftwaffe]].]]
|[[Ficheiro:Polish infantry marching -2 1939.jpg|thumb|138px|Infantaria polonesa em marcha.]]
|}
 
== Resultado ==
 
Ainda que algum plano defensivo lograsse sucesso, ele falharia em se proteger da inesperada invasão russa pelo leste. No cômputo geral, a invasão foi um teste e uma importante lição para os alemães, que ali testaram suas forças, assimilaram os resultados e corrigiram os erros. Entre outubro de [[1939]] e maio de [[1940]], as [[Wehrmacht|Forças Armadas Alemãs]] passaram por uma reformulação completa, que tornaria ainda mais eficiente a ''[[Blitzkrieg]]''. Aos poloneses, restou resistir nos cercos nas cidades, até a capitulação. O governo Polônes, juntamente com a sua Marinha, se exilou na [[Inglaterra]]. Muitas tropas fugiram para a [[Lituânia]] e [[França]] e a maioria foi para a então [[País neutro|neutra]] [[Romênia]].
 
{|align="center"
|[[Ficheiro:The Royal Castle in Warsaw - burning 17.09.1939.jpg|thumb|245px|[[Castelo Real de Varsóvia]] em chamas no dia 17 de setembro de 1939.]]
|[[Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-H27915, Danzig, Enfernen eines polnischen Hoheitszeichens.jpg|thumb|114px|Soldados alemães removendo a [[insígnia]] do governo polonês.]]
|[[Ficheiro:Warsaw1939parade.jpg|thumb|285px|Adolf Hitler passando em revista às tropas alemãs em Varsóvia (10 de Outubro de 1939).]]
|}
 
=={{Ver também}}==
 
* [[Batalha de Wizna]]
* [[Invasão Soviética da Polónia]]
* [[Batalha de Brest]] (1939)
* [[Batalha de Wizna]]
 
== {{Bibliografia}} ==
 
* ZALOGA, Steven J.. ''Poland 1930 The birth of Blitzkrieg.'' Osprey, 2002.
* MCKSEY, K.J. ''Divisões Panzer - os punhos de aço.'' Rio de Janeiro: Renes.
Linha 63 ⟶ 89:
 
== {{Ligações externas}} ==
 
* {{Link|pt|2=http://www.terra.com.br/noticias/70-anos-segunda-guerra/segunda-guerra.htm |3=70 anos do iníco da segunda guerra}}
 
Linha 68 ⟶ 95:
 
{{Portal3|Polónia}}
 
 
{{DEFAULTSORT:Invasao Polonia}}
 
[[Categoria:Batalhas e operações da Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Polônia na Segunda Guerra Mundial]]