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{{Aviação|imagem=Hinderburg in Rio.jpg|legenda=Dirigível [[LZ 127 Graf Zeppelin]] <br />sobre o [[Rio de Janeiro]].}}
Um '''dirigívelDirigível''' - é umaum [[aeróstato]] ([[aeronave]] mais leve do que o ar ('''[[aeróstatoar]]'''), que pode ser controladacontrolado. Ao contrário de aeronaves mais pesadas do que o ar ([[aerodino]]s), os dirigíveis sustentam-se através do uso de uma grande cavidade que é preenchida com um [[gás]] menos [[Densidade|denso]] do que o ar, como o gás [[hélio]] ou mesmo o inflamável gás [[hidrogênio]].
 
== Tipos ==
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# '''''Dirigível não rígido''''' usam a quantidade de pressão em excesso ao seu redor para manter sua forma.
# '''''Dirigível semi-rígido''''', utilizam-se da pressão interna para manter a forma, mas possuem algumas armações articuladas em torno do fundo do balão para distribuir a suspensão da carga e manter a baixa pressão do balão.
# '''''Dirígiveis metal-clad''''' possuem características dos dirigíveis rígidos e não rígidos, utilizando um balão de [[metal]] muito fino e hermético, em vez do balão de [[borracha]] fechado conforme o habitual. Só há dois exemplos de dirigíveis deste tipo, o balão de alumínio de Schwarz de [[1897]], e o ZMC-2, construído na mesma época.
# '''''Dirigíveis híbridos''''' híbrido é um termo geral para uma aeronave que combina características de ser mais pesada que o ar ([[avião]] ou [[helicóptero]]) e mais leve que a [[tecnologia]] aérea. Exemplos incluem helicópteros/dirigíveis híbridos pretendidos para aplicações de elevações de pesadas cargas e dirigíveis dinâmicos pretendidos para viajar a longas distâncias. Nenhum dirigível híbrido prático que pudesse transportar pessoas foi construído até então. Porém, foram propostos muitos modelos e alguns protótipos foram construídos.
 
== A evolução da “conquista"conquista dos céus”céus" ==
 
{{Principal|Aerostação|História da aviação}}
{{Anexo|Anexo:Cronologia da aviação}}
 
[[Ficheiro:Uss los angeles airship over Manhattan.jpg|left|thumb|250px|USS Los Angeles (1924-1932)]]
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A história dos dirigíveis se confunde com a da aviação. As primeiras experiências para tentar a conquista dos céus foram com balões de ar quente.
 
Um dos pioneiros foi o [[padre]] [[jesuíta]] português, nascido no [[Brasil]], [[Bartolomeu de Gusmão]] que, em [[1709]], conseguiu fazer um [[balão]] de ar quente, o [[Passarola]], subir aos céus, diante de uma corte portuguesa abismada. Teria sido em 5 de agosto de 1709, quando o padre Bartolomeu de Gusmão realizou, no pátio da [[Casa da Índia]], na cidade de [[Lisboa]], a primeira demonstração da Passarola. O balão pegou fogo sem sair do solo, mas, numa segunda demonstração, elevou-se a 4 metros de altura. Tratava-se de um pequeno balão de [[papel]] pardo grosso, cheio de ar quente, produzido pelo "''fogo de material contido numa tigela de barro incrustada na base de um tabuleiro de madeira encerada''". O evento teve como testemunha o [[Núncio Apostólico]] em [[Lisboa]] (o futuro [[papa Inocêncio XIII]]).
 
Os irmãos franceses [[Etiene e Joseph Montgolfier|Jacques e Joseph Montgolfier]] seriam, 74 anos depois, os primeiros a desbravarem os céus. Construíram seu balão utilizando o mesmo princípio de Bartolomeu de Gusmão, sendo o primeiro balão tripulado de sucesso no ano de [[1783]]. O balão que possuía 32 m de circunferência e era feito de [[linho]] foi cheio com fumaça de uma fogueira de palha seca, elevou-se do chão cerca de 300 m, durante cerca de 10 minutos voando uma distância de aproximadamente 3 quilômetros.
 
Porém, tais engenhos satisfaziam apenas parcialmente o desejo de voar, pois não permitiam o vôo controlado. As experiências continuaram ao longo do [[século 19]]. Alguns pioneiros da aviação procuraram adaptar [[Motor a vapor|motores a vapor]] (Giffard, [[1855]]) e [[Motor elétrico|motores elétricos]] movidos a baterias (Renard e Krebs, [[1884]]) para resolver o problema da dirigibilidade. Tais tentativas mostraram-se infrutíferas, pois o peso excessivo de tais motores tornavam os engenhos impraticáveis. Somente o desenvolvimento do [[motor a explosão]], ao final do século XIX, permitiu resolver este problema a contento.
 
[[Ficheiro:Sd num6 rounding tower.jpg|thumb|Alberto Santos Dumont contorna a Torre Eiffel com o Dirigível Nº 6 e vence o prêmio Deutsch (19 out 1901)]]
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== Os grandes dirigíveis ("zeppelins") ==
 
{{Principal|Zeppelin}}
 
[[Ficheiro:Graf Zeppelin boven Nederland.ogv|thumb|right|200px|Vídeo: [[LZ 127 Graf Zeppelin]] sobre a [[Holanda]] em [[1 de Outubro]] de [[1929]].]]
 
[[Ficheiro:Dirigivel Hindenburgo.jpg|thumb|right|200px|O Dirigível Hindenburg sobre [[Lisboa]] em 1936]]
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Um dos ícones da história da [[aerostação]] e aviação foi o dirigível [[LZ 127 Graf Zeppelin]], construído em 1928. O [[Graf Zeppelin]] possuia 213 m de comprimento, 5 motores, transportava de 20 a 24 passageiros e cerca de 36 tripulantes. O primeiro vôo de longa distância aconteceria em outubro de [[1928]], ligando a cidade alemã de [[Frankfurt]] a [[Nova York]], nos [[Estados Unidos]] da [[América]], e que durou 112 horas. Caberia ao [[Graf Zeppelin]] a primazia de ser o primeiro objeto voador a dar a volta ao mundo. A epopéia, em sete etapas, seria feita em [[1929]], percorrendo 33 mil quilômetros. O [[Graf Zeppelin]] foi construído pela Deutsche Zeppelin-Reederei, empresa fundada por [[Ferdinand Von Zeppelin]], em [[1928]], e percorreu mais de 500 mil quilômetros, transportando pelo menos 17 mil pessoas.
O [[LZ 129 [[Hindenburg]] era o orgulho da engenharia alemã, e considerado o modelo mais espetacular fabricado pela Deutsche Zeppelin-Reederei. O [[Hindenburg]] possuia 245 m de comprimento, 41,5 m de [[diâmetro]], voava a 135&nbsp;km/h com autonomia de 14 mil quilômetros e tinha capacidade para conduzir 50 passageiros e 61 tripulantes. O modelo explodiu em [[New Jersey]], nos [[Estados Unidos]] em [[6 de maio]] de [[1937]], antes de pousar na [[base aérea]] de [[Lakehurst]], perecendo dos 97 ocupantes (36 passageiros e 61 tripulantes), 13 passageiros, 22 tripulantes e um técnico americano em solo, no total de 36 pessoas. O desastre marcou o fim da era dos dirigíveis rígidos.
 
O LZ 127 [[Graf Zeppelin]] foi descomissionado em 1937, ficando em exposição pública até [[1940]], quando então ele e o novo LZ -130 Graf Zeppelin II, foram desmantelados. Assim como o [[hangar]] especificamente construídos para eles no [[aeroporto de Frankfurt]].
 
Depois de 1937, a companhia americana [[Goodyear]] continuou a fabricá-los nos [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]]. Ao contrário dos dirigíveis rígidos alemães, esses outros modelos tinham um balão maleável, feito de derivados de [[borracha]] e inflado com gás [[hélio]]. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], a [[Marinha americanados Estados Unidos]] utilizou-os para acompanhar navios e detectar [[submarino]]s inimigos. Esses "blimps", como passaram a ser chamados, misturavam conceitos dos dirigíveis de Santos Dumont e do conde Zeppelin e foram os que resistiram ao tempo e ressurgiram na [[década de 1980]] como instrumento [[Publicidade|publicitário]].
 
== Novos projetos ==
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A primeira providência que todas as empresas tomam é usar o gás hélio no lugar do explosivo gás hidrogênio. A outra é incorporar os avanços tecnológicos dos aviões, como os modernos instrumentos computadorizados de orientação de vôo.
 
A própria companhia Zeppelin, agora denominada ''[[Luftschiffbau-Zeppelin Luftschifftechnik GmbH]] (ZLT)'' também resolveu investir numa nova linha de dirigíveis no início dos [[década de 1990|anos 90]]. Em setembro do ano de [[1999]], realizou o vôo de seu primeiro [[protótipo]], o LZ N07. Seguindo a tradição da fábrica, o corpo do balão tem estrutura rígida, que combina tubos de [[alumínio]] com [[fibra de carbono]], mas é bem menor que os do passado, com 68 metros de comprimento. A cobertura foi concebida com a ajuda de um [[computador]] e a gôndola de passageiros lembra a cabine de um jatinho, mas com muito mais espaço entre as 12 poltronas de passageiros. Os mecânicos trabalharam intensamente nos motores, projetados para se voltar para frente e, também, para baixo, de modo a estabilizar o dirigível enquanto ele é amarrado em seu [[mastro]] no solo. A importância desse detalhe está no fato de que os antigos zepelins requeriam 200 [[soldado]]s para segurá-los nos pousos e nas decolagens.
 
Também a Hamilton Airship[http://www.myairship.com/database/hamilton.html Hamilton Airship], da [[África do Sul]], está investindo no projeto de um dirigível transoceânico, o Nelson. Ele não tem gôndola: as [[Cabine de pilotagem|cabines de comando]] e de passageiros ficam dentro do próprio balão. A idéia é levar 90 pessoas na rota [[Johannesburgo]]-[[Nova York]].
 
=== Transporte de cargas pesadas ===
 
Duas empresas, a [[Reino Unido|britânica]] ATG [http://www.atg-airships.com/ ATG] e a alemã [http://en.wikipedia.org/wiki/Cargolifter_AG CargoLifter], apostam na ressurreição dos gigantes mais leves do que o ar como forma de se inserir no crescente mercado de transporte intercontinental de cargas pesadas.
 
O Cargolifter CL 160, com 242 metros de comprimento, poderá carregar 160 [[tonelada]]s e peças de até 50 metros de comprimento, numa imensa gôndola de carga. Com isso, resolverá problemas como o transporte de uma [[Turbina hidráulica|turbina]] de [[hidroelétrica]], sem paralisar o tráfego nas rodovias[[rodovia]]s. Impulsionado por cinco [[Motor a diesel|motores diesel]], consome a quarta parte do [[combustível]] de um [[jato]] de carga. É claro que os jatos superam em muito sua velocidade de cruzeiro, que varia de 80 a 135&nbsp;km/h. Mas nenhum transporte termina no [[aeroporto]]. Então, computando-se o tempo de retirada da carga para embarcar num [[caminhão]] ou [[trem]], o CL 160 ganha a corrida.
Este projecto terminou por [[falência]] financeira. Acredita-se que a sua morte súbita teve que ver com lutas internas na [[Alemanha]] Federal, cujo Governo é um dos maiores accionistas da [[Airbus]].
 
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==No Brasil ==
 
{{Principal|Balonismo do Brasil|Hangar do Zeppelin}}
 
[[Ficheiro:Torre do Zeppelin - Jiquia - Recife.JPG|thumb|[[Torre do Zeppelin]], [[Recife]] (PE), Brasil em 2007]]
 
Em [[1930]], o [[LZ- 127 - [[Graf Zeppelin]] fez sua primeira viagem ao [[Brasil]], chegando a cidade do [[Recife]], no [[estado de Pernambuco]], em [[21 de maio]]. O primeiro brasileiro a viajar nele foi o engenheiro e [[escritor]] [[Vicente Licínio Cardoso]]. Este vôo iniciou uma regular e bem sucedida rota comercial entre o [[Brasil]] e [[Alemanha]]. Inicialmente, devida a ausência de instalações adequadas no [[Campo dos Afonsos]], na [[cidade do Rio de Janeiro]], nestes primeiros anos de operação o [[Graf Zeppelin]], atracava na cidade do Recife onde os passageiros eram desembarcados, e seguiam viagem para o Rio de Janeiro em aviões da empresa aérea [[Syndicato Condor]]. Até hoje a estação de atracação de dirigíveis em Recife, o [[Torre do Zeppelin]] foi preservada.
 
Funcionários da empresa alemã ''[[Luftschiffbau -Zeppelin GmbH]]'' viajaram ao [[Brasil]] em [[1933]] para selecionar um local apropriado às operações de [[pouso]], [[decolagem]] e armazenamento dos gigantescos zeppelins. Após realizarem um detalhado estudo [[climatologia|climatológico]], levando em consideração, principalmente, a velocidade e direção dos [[vento]]s, optou-se pelo uso de uma área próxima à [[Baía de Sepetiba]], no [[estado do Rio de Janeiro]]. A área, que media 80.000m², foi cedida pelo Ministério da Agricultura.
 
No período de um ano foi erguido um enorme [[hangar]] para abrigo dos dirigíveis, que mais tarde recebeu o nome de [[Aeródromo]] [[Bartolomeu de Gusmão]]. Foi instalada também no local, uma usina produtora de gás hidrogênio para abastecimento dos dirigíveis, além de um ramal ferroviário que poderia transportar os passageiros do centro da cidade do Rio de Janeiro até o aeródromo.
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===Atualmente===
 
[[Ficheiro:Zeppelin NT im Flug.jpg|thumb|200px|Zeppelin NT, um dirigível moderno.]]
 
Atualmente no Brasil, dirigíveis a base de gás [[hélio]] são utilizados com fins publicitários e para realização de transmissões de [[TV]] em eventos esportivos.
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Esta mesma empresa, que opera o dirigível Ventura, dispõe também, de um novo dirigível da classe "não-tripulado", que é a nova plataforma aérea da Space Airships, que pode ser utilizada tanto como veículo de publicidade, como para monitoramento aéreo.
 
Em [[2002]], o dirigível de [[reconhecimento aéreo]] [[Pax Rio]],<ref> {{pt}} [http://www.spaceairships.com.br/c3i/c3i.asp Spaceairships] - Um Olho no Céu. acessado em [[9 de Março]] de [[2012]].</ref> auxiliou no policiamento da [[cidade do Rio de Janeiro]].<ref> {{pt}} [[Diário de Pernambuco]] - [http://www.pernambuco.com/diario/2002/12/07/brasil14_0.html Rio perde dirigível espião] - acessado em 9 de Março de 2012.</ref>
 
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|[[Ficheiro:Prallluftschiff 01 KMJ.jpg|thumb|180px|<center>[[Dirigível de ar quente]].<center>]]
|[[Ficheiro:Zeppelin NT im Flug.jpg|thumb|200px250px|<center>Zeppelin NT, um dirigível moderno.<center>]]
|}
 
{{referências}}
 
==Bibliografia==
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{{Bom interwiki|es}}
 
{{portal3|aviaçãoAviação|Transporte}}
{{Indice_aviador}}