Qualidade em UTI: diferenças entre revisões

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Diversas medidades de performance de UTI tem sido propostas nos ultimos 30 anos. É intuitivo, e correto, assumir que a taxa de mortalidade pode ser um critério de qualidade. Entretanto, a taxa de mortalidade bruta não leva em consideração as peculiaridades de cada paciente ou população de pacientes tratado em um determinado país, cidade, hospital ou UTI. Desta forma taxas de mortalidade padronizadas que são ajustadas para a gravidade, co-morbidades e outros aspectos individuais são frequentemente utilizadas. A gravidade da doenças agudas são frequentemente avaliadas por scores que integram variáveis clínicas, fisiológicas e demográficas. Escores de gravidade são ferramentas interessantes para descrever populações de UTI e explicar seus diferentes desfechos. Os escores mais frequentemente utilizados são [[APACHE II]], [[SAPS II]] e MPM. Recentemente novos escores como APACHE IV e [[SAPS3]] foram introduzidos na prática médica. Mais do que utilizar escores de gravidade, aqueles que atuam em UTI devem buscar a aderência a intervenções clínicas de qualidade. A aderência a intervenções como profilaxia de trombose venosa profunda, redução de infecções nosocomiais, uso de regimes adequados de sedação, notificação de eventos adversos graves são essenciais e são aceitas como benchmarking de qualidade.
A difícil tarefa de coletar e analisar dados de medidas de performance podem ser facilitadas por sistemas de informações clínicas. Embora diversos sistemas estejam disponíveis estes em geral tem foco em prescrição e prontuário eletrônico além de monitoração individual dos pacientes. Poucos foram concebidos para agregar informações clínicas e gerar relatórios amplos fornecendo um panorama da performance das UTIs. Estes sistemas geram dados detalhados em diversos domínios tais como mortalidade, gravidade de doença, tempo de internação escores clínicos, infecções nosocomiais, eventos adversos graves e aderência a intervenções clínicas. Muito embora a implementação de iniciativas de qualidade melhorando os cuidados a pacientes e sua segurança são objetivos necessários e factíveis. Sistemas disponíveis para uso clínico (ex. [http://www.sistemaquati.com.br Sistema QuaTI] e [http://www.epimedsolutions.com Epimed Monitor]) podem facilitar esse processo no dia a dia e prover análise profunda de dados essenciais à avaliação de performance das UTIs. Sendo este último (Epimed) a maior base de pacientes de UTI da América Latina permitindo benchmarking em tempo real com mais de 600 UTIs.
Em conclusão, toda UTI deve ter programas e sistemas voltados para a melhoria de performance para que a qualidade dos cuidados nessas unidades e os desfechos de pacientes obtenham melhoras significativas.