Cybercondria: diferenças entre revisões

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O fenômeno preocupa os médicos, porque além de causar autodiagnóstico e automedicação, pode evoluir para ansiedade e síndrome do pânico. De acordo com pesquisas internas do [[Google]], 61% dos americanos adultos buscam informações de saúde – ou, como se costuma dizer ironicamente, consultam o Dr. Google. A "Pew Internet & American Life Project" concluiu que 6 milhões de pessoas entram todo o dia na rede atrás de conselhos médicos.<ref>idem ibidem</ref> A grande oferta de sites especializados colabora para a autossugestão. Um exemplo é o site americano de informações de saúde [http://www.webmd.com/ WebMD], que disponibiliza uma animação do corpo humano para o autodiagnóstico. O usuário clica na região onde tem dor e ele abre uma tabela com sintomas que corresponderiam à determinada área e à doença relacionada.<ref>WebMD [[http://www.webmd.com/]]</ref>
 
Também preocupada com o problema, a [[Microsoft]] decidiu fazer um estudo interno com seus funcionários para descobrir quantos eram adeptos da prática. O estudo, publicado no “[[New York Times]]” e na rede, sugere que o autodiagnóstico via internet leva normalmente a pessoa a concluir que está muito pior do que seu real estado de saúde. O coordenador do estudo, Eric Horvitz, percebeu que ao pesquisar dor de cabeça as pessoas recebem praticamente a mesma quantidade de resultados ligando a condição a um [[tumor cerebral]] e à abstinência de [[cafeína]] – mesmo que a primeira seja muito mais rara.<ref>Daily Mail on line [[http://www .dailymail.co.uk/health/article-2449801/Cyberchondria-anxiety-Googling-health-symptoms-rises.htmld]] </ref>
 
A cybercondria não se caracteriza como uma doença por si só, mas pode ser um dos fatores que leva à hipocondria, que é uma desordem somatoforme, ou seja, baseada na constante percepção de sintomas, que persistem, mas que não possuem causa médica identificada ou então por queixa exagerada, que não caracteriza o problema real. A hipocondria se manifesta de diversas formas, mas é normalmente caracterizada pelo medo de que sintomas discretos possam indicar doenças sérias, constante auto-exame e auto-diagnóstico e preocupação contínua com o corpo. Normalmente, esta desordem está associada a algum outro distúrbio de fundo psicológico.<ref> Emilie Sennebogen - What is cyberchondria? [[http://science.howstuffworks.com/life/cyberchondria.htm]]</ref> Estatísticas mostram que de 1 a 5% da população mundial sofre de hipocondria e com a presença constante da Internet na vida diária, a cybercondria poderá agravar os seus sintomas ou até mesmo aumentar o número de hipocondríacos.<ref>Huffpost Health Living [[http://www.huffingtonpost.com/2013/10/11/cyberchondria-fear-the-unknown-uncertainty_n_4064247.html]]</ref> No Brasil, 10% a 15% da população sofre de ansiedade, segundo dados do Instituto de Psiquiatria da [[USP]], enquanto apenas 2% a 4% são hipocondríacos.<ref>Folha de S. Paulo, 19.09.2010[[http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd1909201001.htm]]</ref>