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Os '''omáguas''' constituiamconstituíam uma tribo de [[Povos ameríndios|índios]] que viviamvivia nona zona de [[Alto Amazonasvárzea]], nas proximidades da atual cidade de [[Tefé]], no [[EstadosUnidades federativas do Brasil|estado]] [[brasil]]eiro do [[Amazonas]], na zona deno [[várzeaBrasil]].
== História ==
Na segunda metade do século XVII, de acordo com o [[Tratado de Tordesilhas]], seu território ainda pertencia à coroa espanhola. Pediram à [[Missões jesuíticas na América|Missão Jesuítica]] de [[Quito]] que lhes dessem padre que os [[Catequese|catequizasse]] e defendesse contra as incursões portuguesas em busca de indios[[Escravidão indígena no Brasil|índios escravos]]. Em 1645, tiveram o primeiro contato com os [[jesuítas]] através do padre Cujita, que, após oito anos, reuniu-os em povoações. Foi-lhes, então, enviado o padre franciscano alemão a serviço da Espanha [[Samuel Fritz]], que permaneceu entre eles por décadas e muito por eles fez.
 
Tinham uma sociedade que, segundo os relatos dos navegadores que passaram pela região, era populosa, complexa e hieraquizadahierarquizada. Tinham o costume peculiar de deformar a cabeça dos meninos recém-nascidos por meio de duas talas, prática que durava durante toda a primeira infância. Esta compressão graduada da caixa craneanacraniana dava, à cabeça, uma configuração oblonga e fazia aumentar a arcada superciliar, apresentando os olhos um relevo extraordinário. Tal costume lhes valeu o nome nacional de "omáguas", ou "cabeças chatas" e, na(em [[língua geral]] - [[nhengatusetentrional]] ou [[tupi-guarani]] -, o correspondente "[[cambebas]]" ou [["campevas]]"). O viajante [[Paul Marcoy]], que percorreu o [[Rio Amazonas]] em meados de 1847, não encontrou mais Omaguasomáguas de cabeça mitrada. O último morrera há 68 anos.
Na segunda metade do século XVII, de acordo com o [[Tratado de Tordesilhas]], seu território ainda pertencia à coroa espanhola. Pediram à [[Missão Jesuítica]] de [[Quito]] que lhes dessem padre que os catequizasse e defendesse contra as incursões portuguesas em busca de indios escravos. Em 1645, tiveram o primeiro contato com os [[jesuítas]] através do padre Cujita, que, após oito anos, reuniu-os em povoações. Foi-lhes, então, enviado o padre franciscano alemão a serviço da Espanha [[Samuel Fritz]], que permaneceu entre eles por décadas e muito por eles fez.
 
São conhecidos como tendo sido os primeiros seres humanos a utilizarem a [[borracha]], que retiravam das [[seringueiras]] de forma artesanal.
Tinham uma sociedade que, segundo os relatos dos navegadores que passaram pela região, era populosa, complexa e hieraquizada. Tinham o costume peculiar de deformar a cabeça dos meninos recém-nascidos por meio de duas talas, prática que durava durante toda a primeira infância. Esta compressão graduada da caixa craneana dava à cabeça uma configuração oblonga e fazia aumentar a arcada superciliar, apresentando os olhos um relevo extraordinário. Tal costume lhes valeu o nome nacional de omáguas, ou "cabeças chatas" e, na [[língua geral]] - [[nhengatu]] ou [[tupi-guarani]] -, o correspondente [[cambebas]] ou [[campevas]]. O viajante [[Paul Marcoy]], que percorreu o [[Rio Amazonas]] em meados de 1847, não encontrou mais Omaguas de cabeça mitrada. O último morrera há 68 anos.
 
Durante a disputa das nações européiaseuropeias pelo controle da [[Amazônia]], os omáguas se beneficiaram com o comércio de escravos que faziam com os holandeses. Devido a epidemias[[epidemia]]s, a sociedade omágua se enfraqueceu, sendo invadida por grupos [[ticunas]] da [[terra firme]], a partir da segunda metade do [[século XVII]].
São conhecidos como os primeiros a utilizarem a borracha, que retiravam das [[seringueiras]] de forma artesanal.
 
Durante a disputa das nações européias pelo controle da [[Amazônia]], os omáguas se beneficiaram com o comércio de escravos que faziam com os holandeses. Devido a epidemias a sociedade omágua se enfraqueceu, sendo invadida por grupos [[ticunas]] da [[terra firme]], a partir da segunda metade do [[século XVII]].
 
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