Maria Campina: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 3:
'''Maria de Sousa Pereira Campina Ruivo''' ([[Loulé]], [[1914]] - [[Faro]], [[1984]]), foi uma [[piano|pianista]] portuguesa.
 
Aluna de composição de [[Luís de Freitas Branco]] e de piano dos professores Mestre Joaquim Pires, Umbelina Felgueiras, Aroldo silvaSilva e [[Varela Cid]] com quem acabou o curso superior com a classificação máxima de 20 valores em 7 de Julho de 1933. Foi ainda aluna do Prof. Winfried Wolf, austríaco, num curso de aperfeiçoamento. Foi premiada em diversas competições nacionais e internacionais.
Como queria ser concertista e professora deixou Loulé e foi viver para Lisboa, no Lar das Irmãs Doroteias, onde deu aulas nos colégios desta congregação religiosa.
Depois de acabar o Curso de Piano e Composição, no Conservatório de Lisboa concorreu a quatro concursos de piano: o do Conservatório, o Rey-Colaço, o Beethoven e o Rodrigo da Fonseca tendo-os ganho todos,caso único em Portugal, o que levou o seu diretor, José Viana da Mota, a dizer "se mais houvera mais ganhara..."
Em Loulé, realizou vários concertos de solidariedade, no Cine Teatro Louletano, para ajudar o hospital, quando o seu diretor era o Dr. José Bernardo Lopes.
Tocou regularmente na Emissora Nacional a solo, em conjuntos de câmara e com orquestras nacionais e estrangeiras, percorrendo o país de Norte a Sul, e estrangeiro.
Foi criadora da Pró-Arte juntamente com o Dr. Ivo Cruz,tendo feito parte da Direcção Central desta instituição cultural desde 1961, colaborando com cantores, declamadores e outros instrumentistas. Em Loulé, os primeiros concertos da Pró-Arte realizaram-se no salão nobre da Câmara Municipal.
Integrou vários júris de Concursos de Piano, entre eles o de Viana da Mota a convite do pianista Sequeira Costa.
Em Novembro de 1946 convidaram-na para fundar a Academia de Música da Madeira, onde foi professora e diretora, situação que teve a discordância do seu professor Varela Cid por “na ilha não haver qualquer actividade artística, prejudicando assim a sua carreira pianística”. Altruisticamente respondeu. "se não há, tem que começar a haver". Esteve no Funchal nove anos, onde deu concertos no Posto Emissor do Funchal, no Teatro Municipal Baltazar Dias, tanto a solo como colaborando com músicos portugueses e estrangeiros, fez palestras acompanhadas de música clássica e escreveu para revistas femininas da época, como "A Flama" ", Pais e Filhos" e outras.
Na Madeira conheceu o pianista Winfried Wolf que a proprôs, como sua aluna, a concorrer em Agosto de 1949 ao Festival de Música de Salzburg, concurso para pianistas solistas de orquestra, competindo com pianistas europeus e americanos, tocando a “4ª Fantasia Húngara” de Lizst, o que levou o grande maestro Josef Fritz, que fazia parte do júri a afirmar: "O segundo prémio dêem-no a quem quiserem, mas o primeiro tem que ser para a pianista portuguesa..."; foi galardoada com o primeiro prémio por unanimidade do júri, composto por grandes mestres como Leo Podolsky, Friedrich Wuhrer, Loris Margaritis e maestros como e Dr. Preussner. Dr. Paumgartner, Josef Krips, e.t.c. o que levou um crítico musical austríaco a dizer “ Maria Campina tocou com grande virilidade e virtuosismo a Fantasia Húngara de Lizst”.
 
Fundou em [[1973]], em [[Faro]] o [[Conservatório Regional do Algarve]]<ref>Que funcionou, até 1992, no [[Teatro Lethes]].</ref> (a que mais tarde se acrescentou o seu nome). Após a morte do seu marido, a [[Fundação Pedro Ruivo]] (com o nome deste) instituiu o ''Prémio Internacional de Piano Maria Campina'' a atribuir a alunos com talentos mas fracos recursos económicos.<br/>