Francisca Júlia da Silva: diferenças entre revisões

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|escola = [[Parnasianismo]], [[Simbolismo]]
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'''Francisca Júlia César da Silva MunsterMünster''' ([[Eldorado (São Paulo)|Xiririca]], [[31 de agosto]] de [[1871]] - [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[1 de novembro]] de [[1920]]) foi uma [[poetisa]] [[brasil]]eira.
 
Nasceu em Xiririca, hoje Eldorado Paulista.
Colaborou no [[Correio Paulistano]] e no [[Diário Popular]], que lhe abriu as portas para trabalhar em ''O Álbum'', de [[Artur Azevedo]], e ''A Semana'', de [[Valentim Magalhães]], no [[Rio de Janeiro]]. Foi lá que lhe ocorreu um fato bastante curioso: ninguém acreditava que aqueles versos fossem de mulher e o crítico literário [[João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes|João Ribeiro]], acreditando que [[Raimundo Correia]] usava um [[nome]] [[falso]], passou a ''"atacá-lo"'' sob o pseudônimo de Maria Azevedo. No entanto a [[verdade]] foi esclarecida após carta de [[Júlio César da Silva (escritor)|Júlio César da Silva]] enviada a [[Max Fleiuss]].
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===Casamento e fim===
Casa-se, em 22 de fevereiro de 1909, com FiladelfoPhiladelpho Edmundo MunsterMünster (1865-1920), telegrafista da [[Estrada de Ferro Central do Brasil]]. Foi padrinho de seu casamento o poeta e amigo [[Vicente de Carvalho]]. Nessa época já estava compenetrada em pensamentos místicos. Isola-se e vive para o [[lar]], recebendo visitas esporádicas de jornalistas que publicam ainda poesias suas. Em 1912 sai seu último livro, ''[[Alma Infantil]]'', em parceria com o irmão [[Júlio César da Silva (escritor)|Júlio César da Silva]], que alcança notável repercussão nas [[escola]]s do [[Estado]] quando grande parte da edição é adquirida pelo [[Secretário]] do [[Interior]], na época, [[Altino Arantes]].
 
Passa a explorar [[tema]]s como a [[caridade]], a [[fé]], [[vida]] após a [[morte]], [[reencarnação]] e ideologias orientais diversas ([[budismo]]). Descobre, em [[1916]], a doença do marido ([[tuberculose]]) e mergulha numa [[Depressão nervosa|depressão]] profunda, diz ter visões, que está para morrer e tem alucinações provenientes da [[intoxicação]] do [[ácido]] úrico. Com o passar dos anos a situação se agrava, suas [[poesia]]s - as poucas que ainda escreve - retratam a vontade de uma mulher que almeja a [[paz]] espiritual fora do plano [[terrestre]]. Diz, em entrevista a Correia Junior, que sua ''"vida encurta-se hora a hora"''. Mesmo assim volta a escrever para ''A Cigarra'' e promete um livro de poesias chamado [[Versos Áureos]].
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{{Imagem Dupla|right|Musaimpass.jpg|145|Franciscajuliasantana.JPG|180|Escultura [[Musa Impassível]] ([[Francisca Júlia]]) de [[Victor Brecheret]], exibida na [[Pinacoteca de São Paulo|Pinacoteca do Estado]]. Créditos: Leandro Lanzoni.|[[Rua Francisca Júlia]] no [[Alto de Santana]], na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]].}}
==Homenagem==
Foi homenageada com o nome de uma importante rua no alto do [[bairro]] de [[Santana (bairro de São Paulo)|Santana]], na cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]. Curiosamente outros autores simbolistas foram homenageados também com ruas do [[Alto de Santana]], existindo os cruzamentos [[Rua Francisca Júlia]] x Rua [[Alphonsus de Guimaraens|Alphonsus de Guimarães]] e [[Rua Francisca Júlia]] x Rua [[Paulo Gonçalves]].
 
Em 1933 o [[Senado]] aprovou a implantação da estátua "[[Musa Impassível]]" sobre o seu túmulo no [[Cemitério do Araçá]], esculpida em granito [[carrara]] por [[Victor Brecheret]]. Em dezembro de 2006, após 15 anos de acordo entre a Prefeitura e o Estado para o translado, a estátua foi removida para a [[Pinacoteca de São Paulo]], onde passou por um delicado processo de restauração antes de ser liberada para exposição pública.
 
Criada com o nome de Clínica de Repouso Francisca Júlia em 1972, em [[São José dos Campos]], SP, a instituição foi idealizada pela Diretoria e de Voluntários do Programa [[CVV]] indignados ao tipo de tratamento dispensado aos doentes psiquiátricos àquela época. A idéiaideia se tornou realidade quando se constatou que 10% das pessoas que procuravam ajuda no [[CVV]] com tendências suicidas apresentavam transtornos mentais.[http://www.franciscajulia.org.br]
 
==Referências==