Igreja de São Francisco do Monte: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Pertencia à Ordem dos Capuchos
Linha 4:
 
== História ==
Afirma Alexandre Alves nas suas «Memórias do extinto Mosteiro de S. Francisco do Monte de Orgens», que este terá sido fundado em [[1410]] por Frei [[Pedro de Alemanços]], natural da [[Galiza]]. De referir que Alexandre Alves, certamente bem intencionado, se enganou ao referir-se ao edifício como Mosteiro. SeAssim e se bem que estando localizado fora de uma localidade, a designação correcta é de Convento por ser Franciscano e logo pertencer a uma Ordem Religiosa Mendicante, e ser essa a correcta designação desses edificiosedifícios, tendo sido S. Bento o primeiro a criar a estrutura que levava este nome. Mais se utiliza o termo no sentido religioso do monasticismo, quando para melhor servir e amar a Deus, os homens se retiravam do mundo, primeiro sozinhos, depois em grupos de monges (comunidades religiosas), para edifícios concebidos para este fim, chamados de conventos. Assim sendo, este convento [[franciscano]] teve a sua origem numa pequena ermida dedicada a São Domingos que existia no local onde foi depois levantada a igreja e as dependências. Ao longo das centúrias seguintes foi objecto de múltiplas intervenções arquitectónicas, decorativas e das próprias vivências, com a transferência dos religiosos para a cidade de [[Viseu]], na primeira metade do século [[XVII]]. A década de [[1740]] veio trazer nova vida ao convento, e a igreja que hoje conhecemos é a face ainda visível desta campanha de obras que revalorizou uma casa então bastante arruinada.
 
O templo do extinto Convento de São Francisco do Monte, ou, de Orgens, que era dos capuchos da província da Conceição, era igreja paroquial. Esteve incluída na área da cidade até 1840. Era curato amovível da apresentação do Cabido da Sé de Viseu, no termo desta cidade.
 
Estabelecidos os primeiros religiosos em Orgens, cedo a [[nobreza]] de Viseu beneficiou o convento com donativos, tornando-se a sua igreja num dos espaços preferidos para enterramento destas famílias. Deve-se, no entanto, ao rei D. Afonso V a maior contribuição em esmolas e pedraria, que permitiram edificar a igreja e restantes dependências. Todavia, o relativo afastamento de Viseu, a necessidade de novas obras e a humidade do local, nefasta para os religiosos, veio a ditar a sua transferência para um novo convento, a construir na cidade. O primeiro requerimento a solicitar a mudança data de [[1603]], mas diversos problemas atrasaram a efectivação desta medida, apenas concretizada a 6 de Março de [[1635]], quando foi lançada a primeira pedra na Quinta de Mançorim. Entretanto, todos estes atrasos motivaram novas obras de conservação no antigo convento, tendo-se mesmo refeito a capela-mor. Mas aqui só vieram a ficar oito religiosos e um presidente, funcionando o antigo convento como oratório.