Fidel Castro: diferenças entre revisões

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Durante seu casamento com Mirta, Fidel teve uma amante, Naty Revuelta, que lhe deu uma filha, [[Alina Fernández|Alina Fernández-Revuelta]],<ref name="anderson"/> que deixou Cuba em 1993 fazendo-se passar por uma [[turista]] [[Espanha|espanhola]]<ref>{{citar web | url = http://www.canada.com/topics/news/world/story.html?id=2ef037b4-5f82-4283-b1fb-2cc9e2442977 | título = Cuba's first family not immune to political rift | acessodata = 10-8-2006 | nome = Boadle, Anthony | data = 8 de agosto de 2006 | publicado = [[Reuters]] (in Canada.com) }}</ref> e pediu [[asilo político|asilo]] nos [[Estados Unidos]], onde tem sido uma ferrenha crítica das ações políticas de seu pai.
 
Uma irmã de Fidel, [[Juanita Castro]], vive nos Estados Unidos desde o início da [[década de 1960]], tendo sido retratada num documentário de [[Andy Warhol]] em 1965.<ref>{{Citar web | data = 1965 | url = http://imdb.com/title/tt0249717/ | título = The Internet Movie Database (IMDb) - The Life of Juanita Castro | acessodata = 5-8-2006}}</ref> Juanita disse, em Outubro de 2009, que trabalhou para a [[CIA]] de [[1961]] até sua saída de [[Cuba]].<ref name="Juanita Castro, irmã de Fidel, era agente da CIA">[[Brasil Online]] Notícias - [http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2009/11/02/juanita-castro-irma-de-fidel-era-agente-da-cia.jhtm ''Juanita Castro, irmã de Fidel, era agente da CIA.''] Jean-Michel Caroit, 2 de Novembro de 2009, acessado em 14/01/2014.</ref><ref>[http://www.lepoint.fr/actualites-monde/2009-10-26/la-soeur-de-fidel-castro-collaboratrice-de-la-cia/924/0/389080 Le Point] - ''La soeur de Fidel Castro, collaboratrice de la CIA?'' 26 de Outubro de 2006, {{fr}}, acessado em 14/01/2016.</ref> <ref>''FIDEL E RAUL, MEUS IRMAOS: A HISTORIA SECRETA.'' Autora: Juanita Castro. [[Planeta do Brasil]], 2011. ISBN 9788576656050 Adicionado em 14/01/2016.</ref>
 
No total, pelo menos seis membros de sua família vivem nos EUA, no [[bairro]] de [[Little Havana]] em [[Miami]]: sua irmã,<ref name="Juanita Castro, irmã de Fidel, era agente da CIA"/> duas filhas <ref>[http://www.ocnus.net/artman2/publish/Research_11/The_Life_and_Loves_of_Fidel_Castro.shtml Ocnus] - ''The Life and Loves of Fidel Castro.'' Christine Toomey, 28 de Dezembro de 2008, {{en}}, acessado em 14/01/2016.</ref> e três de seus netos, que levam, em geral, uma vida longe da [[mídia]].
 
=== Patrimônio ===
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Fidel ainda alegou que a revista estaria ligada aos serviços de inteligência dos Estados Unidos, e afirmou que o próprio presidente [[Ronald Reagan]] teria nomeado o editor da revista para o cargo de coordenador das transmissões de [[Rádio (comunicação)|rádio]] da [[Voz da América]] dirigidas à [[União Soviética]] durante a [[Guerra Fria]].<ref name=FORTUNA/> Ainda, segundo Fidel, muitos meios de comunicação, por todo o mundo, estariam buscando, "de maneira suja e baixa, desprestigiar a Revolução, anular Cuba e pintar Castro como um ladrão".
 
== Críticas ==
 
=== Opositores ===
 
{{Mais informações|Alpha 66}}
 
Milhares de cubanos deixaram o país desde a chegada de [[Fidel Castro]] ao poder, por razões políticas e/ou econômicas. Em Agosto de [[1994]], depois de 35 anos da instalação do regime, estima-se que 32 000 cubanos preferiram deixar a ilha em jangadas.<ref>[[Libération]] - [http://www.liberation.fr/planete/2009/08/14/quinze-ans-apres-les-balseros-cubains-rament-toujours_575869 ''Quinze ans après, les «balseros» cubains rament toujours .''] Eric Landal, 14 de Outubro de 2009, {{fr}}, acessado em 14/01/2016.</ref> De acordo com o jornal comunista ''[[L'Humanité]]'', a cada ano, 20.000 cubanos solicitam um visto para os [[Estados Unidos]].<ref>[[ L'Humanité]] - [http://www.humanite.fr/node/216534 ''Tranches de vie de balseros cubains.''] Françoise Escarpit, 30 de Outubro de 1999, {{fr}}, acessado em 14/01/2016.</ref>
 
Milhares deles envolveram-se em menor ou maior grau em organizações apoiadas pelo governo dos EUA, a fim de derrubar ou pelo menos para desafiar o seu governo mas, as ações violentas dos [[anos 1960]] falharam. [[Jacobo Machover]] estima em várias centenas de milhares o número de adversários de Fidel Castro.<ref>[[Jacobo Machover]], "''Cuba : la peur, l’exil et l’entre-deux''", dans Raisons politiques, 3, 2001. Acessado em 14/01/2016.</ref>
 
Em 23 de Abril de 2003, membros do grupo [[Repórteres sem Fronteiras]] (RSF), acompanhados por um [[repórter]] do [[jornal]] ''[[20 minutes]]'', do [[cineasta]] [[Romain Goupil]], da escritora [[Zoé Valdés]] e do [[filósofo]] e [[colunista]] [[Pascal Bruckner]] manifestaram-se em frente da [[embaixada]] de Cuba em [[Paris]] contra a condenação de 78 cubanos acusados ​​de "conspiração". Eles bloquearam as entradas com correntes e cadeados e afirmaram que foram agredidos por funcionários da embaixada, armados com paus e barras de ferro, que saíram à rua deixando quatro feridos. A associação Cuba-Si,<ref>[http://www.cuba-si.ch/?lang=fr Cuba-Si] [http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http%3A%2F%2Fwww.cuba-si.ch%2Findex.php%3Flang%3Dfr Arquivo] Acessado em 14/01/2016.</ref> favorável ao regime, falou de "calúnia". [[Salim Lamrani]] e o embaixador cubano deram uma versão muito diferente dos eventos da preconizada pela RSF.<ref>[http://www.cuba-si.ch/de/ Cuba-Si] ([http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http%3A%2F%2Fwww.cuba-si.ch%2Fdocs%2F68.pdf Arquivo]) Acessado em 14/01/2016.</ref> No entanto, a [[Federação Internacional de Direitos Humanos]] (FIDH) <ref>[https://www.fidh.org/fr/regions/ameriques/cuba/L-Observatoire-pour-la-protection,262 FDIH] [http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http%3A%2F%2Fwww.fidh.org%2FL-Observatoire-pour-la-protection%2C262 (Arquivo)] Acessado em 14/01/2016.</ref> condenou "a violenta reação" dos funcionários da embaixada. O RSF disponibilizou um vídeo em seu site, mostrando que sua manifestação não foi violenta.<ref>[http://www.rsf.org/Un-employe-de-l-ambassade-de-Cuba.html RSF] [http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http%3A%2F%2Fwww.rsf.org%2FUn-employe-de-l-ambassade-de-Cuba.html (Arquivo)] Acessado em 14/01/2016.</ref>
 
[[Dissidente]]s cubanos entraram com uma queixa perante o [[Supremo Tribunal da Espanha]], a mais alta corte da justiça espanhola, em 14 de Outubro de 2005, acusando de Fidel Castro de [[genocídio]], [[crimes contra a humanidade]], [[tortura]] e [[terrorismo]].
 
=== Presos políticos ===
 
Opositores políticos presos morrem em prisões cubanas,<ref>[https://www.amnesty.org/fr/library/asset/AMR25/003/2007/fr/96ad6f8c-d3b6-11dd-a329-2f46302a8cc6/amr250032007fr.pdf/ Amnesty.org] [http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http%3A%2F%2Fwww.amnesty.org%2Ffr%2Flibrary%2Fasset%2FAMR25%2F003%2F2007%2Ffr%2F96ad6f8c-d3b6-11dd-a329-2f46302a8cc6%2Famr250032007fr.pdf (Arquivo)] Acessado em 14/01/2016.</ref> entre os quais o mais famoso é o [[poeta]] [[católico]] [[Pedro Luis Boitel]]. Muitos escritores também foram perseguidos durante suas vidas sem poder sair livremente Cuba como o [[homossexual]] [[Reinaldo Arenas]] (que conseguiu fugir de Cuba, mas [[suicídio|suicidou-se]] nos Estados Unidos), [[José Lezama Lima]] e [[Virgilio Piñera]].
 
Muitos adversários foram presos e um dos mais famosos é [[Armando Valladares]], que relatou suas experiências em "Against All Hope", condenado pelo uso de explosivos em [[Havana]] em [[1960]]. [[Regis Debray]], que foi enviado por [[François Mitterrand]] para a sua libertação, em [[1980]], escreveu mais tarde, que Armando Valladares tinha se passado por [[paralítico]] quando, na realidade, estava com a saúde perfeita.<ref>Régis Debray, ''Les Masques'', Gallimard, 1987, pág. 213. Acessado em 14/01/2016.</ref> Este último também ganhou mais tarde a cidadania americana e tornou-se [[embaixador]] de [[Ronald Reagan]] na [[ONU]].<ref>Ignacio Ramonet, ''Fidel Castro: Biographie à deux voix.'' Éditions Fayard, Paris 2007, págs. 419-421 Acessado em 14/01/2016. Acessado em 14/01/2016.</ref>
 
Quanto à evolução da Revolução, o número de presos políticos tenha diminuído.
 
Após a [[queda do Muro de Berlim]] e a [[dissolução da União Soviética]] e, do fim da [[Guerra Fria]], o governo cubano focou-se em obter dos países ocidentais, incluindo os EUA, ajuda financeira e humanitária para seus problemas econômicos.
 
No entanto, segundo a [[Anistia Internacional]], a repressão continua a ser muito forte: "''Durante 2006, houve um aumento do assédio do público e intimidação dos críticos do regime e dissidentes políticos por grupos semi-oficiais em operações chamado de "repúdio"''.
 
Atos de repúdio ou manifestações de partidários do governo contra de dissidentes políticos ou críticos do regime aumentaram.<ref>[https://www.amnesty.org/fr/library/asset/AMR25/003/2007/fr/96ad6f8c-d3b6-11dd-a329-2f46302a8cc6/amr250032007fr.pdf/ Amnesty.org] Acessado em 14/01/2016.</ref>
 
"''(...) As manifestações de repúdio aos dissidentes, foram incrivelmente violentas, geralmente verbais, mas eu vi pessoas despirem completamente uma mulher e, lá, a polícia está totalmente do lado dos manifestantes. Eu não quero me lembrar disso''" (L'Humanité, de 30 de Outubro de 1999).<ref>[http://www.humanite.fr/1999-10-30_International_Tranches-de-vie-de-balseros-cubains Humanite] Acessado em 14/01/2016.</ref>
 
Muitas prisões são feitas por motivos de "periculosidade social", definida como uma "propensão a cometer um delito". Nestas medidas de prisão preventiva os termos embriaguez, toxicodependência são aplicados aos opositores <ref>[http://thereport.amnesty.org/fra/regions/americas/cuba Relatorio AI] [http://archive.wikiwix.com/cache/?url=http%3A%2F%2Fthereport.amnesty.org%2Ffra%2Fregions%2Famericas%2Fcuba (Arquivo)] Acessado em 14/01/2016.</ref> e podem resultar em até a quatro anos de prisão.
De acordo com um relatório publicado em 10 de janeiro de 2005 por a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, 294 presos políticos que ainda estão presos em Cuba, contra 317 no início de 2004. De acordo com o relatório, em 2004, pelo menos 21 pessoas foram presas por razões políticas. Ele também lembrou que o governo cubano continua a negar o acesso a prisões ao [[Comitê Internacional da Cruz Vermelha]] e a [[Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos]].
 
== Ver também ==