História do vinho: diferenças entre revisões

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Durante o governo de [[Salazar]], foi incentivado o cultivo de uvas mais comerciais, sendo que, após a [[Revolução dos Cravos]] ([[1974]]) se voltou a incentivar o cultivo das variedades regionais.
 
Bruno
== Brasil ==
A história do vinho no [[Brasil]] inicia-se com o descobrimento, em [[1500]], pelo navegador português [[Pedro Álvares Cabral]]. Relatos<ref>[http://www.marinha.pt/extra/revista/ra_jun2001/pag21.html (ligação inválida)]</ref><ref>[http://www.marinha.pt/Conteudos_Externos/RevistaArmada/_FlipVersion/2001/index.html?pagenumber=203 Revista da Armada, junho de 2001, página 21.]</ref> indicam que as treze [[caravela]]s que partiram de Portugal carregavam pelo menos 65 mil litros de vinho, para consumo dos marinheiros.
 
As primeiras videiras foram introduzidas no Brasil por [[Martim Afonso de Sousa]], em [[1532]], na [[capitania de São Vicente]]. As cultivares, que posteriormente se espalhariam por outras regiões do Brasil, eram da qualidade ''Vitis vinifera'' (ou seja, adequadas para a produção de vinho), oriundas de Portugal e da Espanha.
 
No mesmo ano, o fundador da cidade de [[Santos]], [[Brás Cubas]], foi o primeiro a tentar cultivar videiras de forma mais ordenada. No entanto, da mesma forma que a tentativa precedente, não obteve muito êxito. Em parte, o insucesso da produção de vinhos deu-se pelo protecionismo comercial exercido por Portugal, tendo a corte inclusive proibido o cultivo de uvas, em [[1789]].
 
No [[Rio Grande do Sul]], as primeiras videiras foram introduzidas pelos padres [[jesuíta]]s ainda em [[1626]], posto que necessitavam do vinho para os rituais da missa católica. A introdução de cultivares européias no Rio Grande se deu com a chegada dos [[imigrantes alemães]], que obtiveram bons resultados.
 
As videiras americanas, especialmente das espécies ''Vitis labrusca'' e ''Vitis bourquina'' (variedades Isabel, Concord e outras) foram importadas em [[1840]] pelo comerciante [[Thomas Master]], que as plantou na [[Ilha dos Marinheiros]]. Estas uvas serviam basicamente para o consumo ''in natura'', na forma da fruta fresca ou passas, mas se adaptaram tão bem ao clima local que logo começaram a ser utilizadas para a produção de vinho.
 
A viniviticultura gaúcha teve um grande impulso a partir de [[1875]], com a chegada de [[imigrantes italianos]], que aportaram com videiras trazidas principalmente da região do [[Vêneto]] - e uma forte cultura de produção e consumo de vinhos. Apesar do sucesso inicial, as videiras finas não se adaptaram ao clima úmido tropical e foram dizimadas por doenças fúngicas. Porém, com a adoção da variedade Isabel, então cultivada pelos colonos alemães no [[Vale do Rio dos Sinos]] e no Vale do Caí, deu-se continuidade à produção de vinhos que, embora de qualidade duvidosa, espalhou-se para outras regiões do país, tornando-se base do desenvolvimento da vitivinicultura no Rio Grande do Sul e em São Paulo.
 
Mas foi somente a partir da década de [[1990]] que vinhos de maior qualidade passaram a ser produzidos, com crescente profissionalização e a adaptação de uvas finas (''Vitis vinifera'') ao clima peculiar da Serra Gaúcha. A região produz hoje vinhos de qualidade bastante satisfatória e crescente.
 
Outra região que está a crescer e a firmar-se como produtora de vinhos é o [[Vale do São Francisco]], situado nos estados de [[Pernambuco]] e [[Bahia]]. Como em todas as regiões, a viticultura é fundamental desempenhando aqui um factor primordial pois devido às características climáticas, esta região é a única do mundo a produzir vinhos de qualidade oriundos de duas colheitas por ano.
 
Destaca-se no Brasil a produção de [[espumante]]s, que se beneficiam de um clima bastante favorável. Os espumantes brasileiros são hoje classificados como vinhos de boa qualidade, mas ainda carentes de distribuição mundial e reconhecimento.
 
O consumo vinho no Brasil ainda é muito pequeno e restrito apesar do forte impulso que o mercado recebeu nos últimos 30 anos. O hábito de beber vinho, sempre presente nas mesas mais abastadas e também dos imigrantes europeus, chegou ao brasileiro médio com o início da importação de vinhos europeus entre os anos 70 e 80 dos famosos [[riesling]]s de garrafa azul, de baixo custo e, diga-se, de péssima qualidade, mas que caiu no gosto popular. O tempo e a apuração do paladar fez com que o brasileiro passasse a exigir produtos melhores provocando a importação de novos rótulos e maiores cuidados com a produção nacional levando o vinho, de fato, a fazer parte da mesa brasileira.
 
== Estados Unidos da América ==