Cinema direto: diferenças entre revisões
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'''Cinema directo''' é uma designação que se confunde com '''cinema-verdade''', teorizado por [[Dziga Vertov]] ([[Kino-Pravda]]) e batizado por [[Jean Rouch]] como ''cinéma vérité''.
O conceito surge no final dos anos cinquenta e refere-se, na [[teoria]] e [[prática]], a um género de [[documentário]] que se empenha em captar, sem fins didácticos ou de ilustração histórica, a [[realidade]] ''tal e qual ela é'', isto é, que procura "reproduzir" aquilo que na realidade acontece. É um ''cinema do real'' que, admitindo um certo grau de [[subjectividade]] enquanto forma de [[expressão]],
A designação refere-se em geral ao uso da câmara (incluindo, numa fase mais tardia à suas primeiras aplicações, o uso do som directo, sincronizado com a imagem) como um meio de registo estritamente mecânico e automático de uma realidade em curso, de modo a que ela possa ser vista como «a própria natureza, apreendida no facto». Sendo um meio mecânico de reprodução do visível, altamente aperfeiçoado, um «cine-olho» capaz de filtrar as interferências subjectivas, pode ser mais perfeito que o próprio olho humano e nessa condição ser usado para fazer descobertas. A máquina de filmar é vista como capaz de captar algo categoricamente diferente do olho que ela imita. Quem pela primeira vez teorizou estes conceitos foi o russo [[Dziga Vertov]] ([[1896]]-[[1954]]), fundador da teoria do «Kino-Pravda», do «cinema verdade», sinónimo corrente de «cinema directo». A sinonímia acabará por ser relativa, na medida em que, nas discussões teóricas sobre a noção de verdade, começam a surgir divergências subtis que indiciam existir diferentes práticas de cinema directo. Isso implica poder ser o «cinema-verdade» considerado como um ramo do cinema directo.
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