Desconstrução: diferenças entre revisões
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A noção de desconstrução surge pela primeira vez na introdução à tradução de [[1962]] da "Origem da Geometria" de [[Husserl|E. Husserl]]. A desconstrução não significa destruição completa, mas sim desmontagem, decomposição dos elementos da escrita. A desconstrução serve nomeadamente para descobrir partes do texto que estão dissimuladas e que interditam certas condutas. Esta metodologia de análise centra-se apenas nos textos.
Falar de desconstrução dentro da teoria do conhecimento é falar de Jacques Derrida. Nascido na Argélia em 1930 e falecido em Paris em 2004, está associado ao pós-estruturalismo, ainda que alguns discordem disso. Por ser judeu e sofrer com o antissemitismo, Derrida postula que as formações culturais e intelectuais humanas deveriam sofrer uma reinterpretação como elemento
Para Derrida, a desconstrução não quer dizer a destruição, mas sim desmontagem, decomposição dos elementos da escrita conforme indica o texto abaixo:
O 'método' da 'desconstrução' suscitou amigos e admiradores nos departamentos das Letras, mas revolta e polêmica no mundo da filosofia canônica, visto como uma ameaça à Metafísica clássica. A aplicação da Desconstrução a um texto filosófico ameaça a leitura verdadeira da verdade da filosofia, tornando-a uma das leituras possíveis, mas não a leitura correta. A famosa frase 'A linguagem se cria e cria mundos' aponta perigosamente para a contingência dogmática do 'Ser' e do 'Significado'. Isso quer dizer que os textos corrompem seus significados tradicionais, criam novos contextos e permitem novas leituras, em um processo contínuo e vertiginoso (WKP, 2008).
Os conceitos, segundo Derrida, estão sofrendo profundas transformações, e isso é tanto inevitável quanto necessário. Quando vemos heróis como Batman ou o Super-Homem, podemos dizer: “não são ambos heróis”. Embora a resposta correta seja sim, um tem
O próprio Derrida, acusado de ser obscuro, escreve em 1983: “A desconstrução não é um método e não pode ser transformada num método [...] é verdade que em certos círculos a ‘metáfora’ [...] foi capaz de seduzir ou desencaminhar [...]” (apud Fearn, 2004, p. 174).
Para Derrida, as palavras não têm a capacidade de expressar tudo o que se quer por elas exprimir, de modo que palavras e conceitos não comunicam o que prometem, e é nesse ponto que Derrida entra na TC. Para ele, as lacunas na escrita e na fala são inevitáveis; é a capacidade de serem modificados no pensamento, na expressão e na escrita que torna os conceitos incompletos. Assim, aquilo que dizemos e ouvimos só será de fato verdade quando o virmos como algo incompleto e aceitarmos desconstruí-lo; e se não o fizermos, a evolução sócio-tecnológico-produtiva o fará por nós, como já o fez
Em [[A Gramatologia]], [[Derrida]] apresenta outra tese inovadora e provocante afirmando que a linguagem escrita precede a linguagem oral no ser humano, alicerçada no princípio [[anti-idealismo|anti-idealista]] de que 'a existência precede a essência'. Para o
E o 'Mundo' intelectual da [[Literatura]], da [[Linguística]], da [[Filosofia]], do [[Direito]] e da [[Arquitetura]] vai lembrá-lo sempre como o filósofo das Teorias Desconstrucionistas."
== Ver também ==
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