Teoria da descoberta da Austrália pelos portugueses: diferenças entre revisões

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O primeiro contacto europeu com o continente do Sul teria sido efectuado por navegadores portugueses, embora não haja referências a esta viagem ou viagens nos arquivos históricos de Portugal. A principal evidência para estas visitas não declaradas foi a descoberta de dois [[canhão|canhões]] portugueses afundados ao largo da [[baía de Broome]] na costa noroeste da Austrália. A tipologia dessas peças de [[artilharia]] indica serem de fabricação portuguesa, podendo ser datadas entre os anos de [[1475]] e [[1525]].
 
Tem sido também sugerido<ref>{{cite news | first=Peter| last=Trickett | url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/03/070321_portugalaustralia_ir.shtml | title=Mapas 'revelam' que português descobriu Austrália em 1522| work=BBCBrasil.com | date=21 de Março de [[2007]] | Data de acesso=21 de Março de 2007}}</ref> que duas expedições portuguesas realizadas nos mares da [[Indonésia]] no primeiro quartel do [[século XVI]] teriam atingido o território australiano: a expedição de [[Cristóvão de Mendonça]] a partir de [[Malaca]] para o sul em busca das "ilhas de ouro" ([[1522]]), mas sobretudo a de [[Gomes de Sequeira]] ([[1525]]) que supostamente teria atingido a Península de York. Para reforçar esta tese evoca-se o estabelecimento pelos portugueses em [[1516]] de um entreposto comercial em [[Timor]], que fica a cerca de 500 quilômetros da dasdasAustrália.
 
Segundo o historiador e [[filologia|filólogo]] [[Carl von Brandenstein]], os portugueses teriam naufragado no noroeste da Austrália Ocidental, perto da [[ilha de Depuch]], entre [[1511]] e [[1520]], tendo sido os primeiros europeus a tocar a Austrália, de onde não puderam sair. Estes portugueses acabariam por se integrar com a população local, deixando marcas culturais assimiladas pelos aborígenes. A fundamentação das suas teorias encontra-se na análise das línguas das etnias ''Ngarluma'' e ''Karriera'' (tribos da Austrália Ocidental), que apresentam particularidades que não se detectam nas outras línguas aborígenes, como o uso da [[voz passiva]]. von Brandenstein apresenta também uma lista de palavras destas línguas que alega terem uma origem portuguesa (exemplos: ''thartaruga'' de tartaruga, ''monta/manta'' de monte, ''thatta'' de tecto)<ref>BRANDSTEIN, Carl von. Os primeiros europeus a chegarem à costa Ocidental da Austrália. in: ''Boletim do Museu e Centros de Estudos Marítimos de Macau''. Macau, 1990. p. 177-178.</ref>.