Manuel José Oliveira: diferenças entre revisões

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'A Alma Nova' e 'A Patria', orgão da comissão municipal republicana local.<ref name=lemos>Cf. página 182 de [http://purl.pt/16428 As constituintes de 1911 e os seus deputados], por Eduardo Rodrigues Cardoso de Lemos, Lisboa, Livraria Ferreira, 1911.</ref> Em Fevereiro de 1899 integrou uma comissão para dirigir um manifesto ao país contra a criação do curso de ensino religioso. <ref>Cf. "Aconteceu há 50 anos..." in "O Tripeiro", Fevereiro de 1949.</ref> Em Dezembro de 1903 fez um discurso na inauguração da Universidade Livre do Porto, fundada pelo Comité Académico-Operário do Porto na Travessa da Rua Formosa.<ref>C.f. «Tripeiro», Dez. 1966, p. 374 e p. 253 do «Tripeiro» de 1953.</ref> Havia já feito publicar, na Tipografia Gutenberg, em 1901, o texto da conferência [http://porbase.bnportugal.pt/ipac20/ipac.jsp?session=125848636H8B3.770911&profile=porbase&uri=link=3100027~!8402173~!3100024~!3100022&aspect=basic_search&menu=search&ri=1&source=~!bnp&term=O+perigo+negro&index=ALTITLE O Perigo Negro] proferida na sede da Associação do Livre Pensamento em 18 de Março de 1900. Traduzido no México, este seu texto circulou pela América Latina.<ref name=lemos/>
 
A dissertação inaugural que apresentou à Escola Médico-Cirúrgica do Porto e que defendeu a 16 e 17 de Outubro de 1904 <ref>Cf. "Aconteceu há 50 anos...", p.189 de "O Tripeiro" de Outubro de 1954. A respectiva carta de curso tem a data de 28 de Novembro. Há ainda a notícia de ter anteriormente feito, a 2 de Junho de 1904, exame à 8.ª cadeira do 5.º ano da Escola Médica, cf. p.58 de "O Tripeiro", Junho de 1954.</ref> entitulou-se "O Problema de Lombroso - Estudo Crítico de Bio-Sociologia sobre a Theoria Atavica do Crime", Porto, Outubro de 1904<ref>Dissertação disponível a partir do [http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/17025 Repositório Aberto da UP].</ref>. Dedica-a aos seus familiares mais próximos e ''Aos meus amigos, aos meus companheiros do 'Comité Académico-Operário', a todos os meus condiscípulos e contemporâneos: a todos os que comigo lutaram pelos oprimidos, pelos fracos, pelos pobres, pelos humildes; a todos os que em Portugal combatem pela libertação da consciência humana''. No ano seguinte, em Fevereiro de 1905, Manuel José de Oliveira recebeu o Legado Assis <ref>O "Legado Assis" foi o nome por que ficou conhecido o legado que, em 1877, lente e director conselheiro Dr. Francisco de Assis de Sousa deixou à Faculdade de Medicina do Porto para desenvolvimento do seu ensino médico.'' (Cf. nota 1 em [http://www.spq.pt/magazines/RCPA/480/article/10001224/pdf http://www.spq.pt/magazines/RCPA/480/article/10001224/pdf]).</ref> da Escola Médica do Porto. <ref>Cf. "Aconteceu há 50 anos", p. 317 de "O Tripeiro", Fevereiro de 1955.</ref>
 
Foi médico municipal de Ponte de Lima. Organizou o comité Académico-Operário, por ocasião do caso Calmon. Foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e, depois, senador pelo círculo de Ponte de Lima. <ref>Cf. ''Memória sobre os Deputados do Minho às Constituintes de 1911'' por [[Luís António de Oliveira Ramos]], Braga, 1976. Separata da Revista Bracara Augusta, Tomo XXX, Fasc. 70 (82).</ref> <ref>Ver Parlamentares e ministros da 1ª República - Marques, Oliveira (coord.). Assembleia da República, Lisboa, 2000</ref> Durante o seu mandato enquanto senador pugnou pela defesa dos interesses dessa vila limiana, tendo em particular, no dia 24 de Fevereiro de 1913 alertado o então Sr. Ministro do Fomento, [[António Maria da Silva]], para as necessidades de reconstrução da ponte romana, demolição de um quiosque, dragagem do rio Lima para evitar os prejuízos das cheias e conclusão da estrada da circunvalação.<ref>{{citar web|url=http://luisdantas.skyrock.com/2757854608-MANUEL-JOSE-DE-OLIVEIRA.html|titulo=Diário das Sessões do Senado, 24 de Fevereiro de 1913|data=|acessodata=|obra=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
Em Fevereiro de 1905, Manuel José de Oliveira recebeu o Legado Assis <ref>O "Legado Assis" foi o nome por que ficou conhecido o legado que, em 1877, lente e director conselheiro Dr. Francisco de Assis de Sousa deixou à Faculdade de Medicina do Porto para desenvolvimento do seu ensino médico. (Cf. nota 1 em [http://www.spq.pt/magazines/RCPA/480/article/10001224/pdf http://www.spq.pt/magazines/RCPA/480/article/10001224/pdf]).</ref> da Escola Médica do Porto. <ref>Cf. "Aconteceu há 50 anos", p. 317 de "O Tripeiro", Fevereiro de 1955.</ref>
 
Foi médico municipal de Ponte de Lima e presidente da Comissão Municipal Republicana dedessa Ponte de Limavila, apesar de não ter estado presente no dia da proclamação da República nos Paços do Conselho dessa vila limiana, a 7 de Outubro de 1910.<ref>{{citar web|url=http://limianismo.blogspot.pt/|titulo=Vide: Da minha sebenta, Limianismo, corrente cultural e afectiva sobre Ponte de Lima e o Vale do Lima. por Luís Dantas.|data=7 de Outubro de 2006|acessodata=|obra=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Em a "Autópsia ao Médico Manuel José de Oliveira - Política de Ponte de Lima" (1913), António José Barbosa Perre faz-lhe uma acérrima crítica oriúnda da facção mais radical do Partido Republicano local, na altura em que foi deputado às Constituintes.
Foi médico municipal de Ponte de Lima. Organizou o comité Académico-Operário, por ocasião do caso Calmon. Foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e, depois, senador pelo círculo de Ponte de Lima. <ref>Cf. ''Memória sobre os Deputados do Minho às Constituintes de 1911'' por [[Luís António de Oliveira Ramos]], Braga, 1976. Separata da Revista Bracara Augusta, Tomo XXX, Fasc. 70 (82).</ref> <ref>Ver Parlamentares e ministros da 1ª República - Marques, Oliveira (coord.). Assembleia da República, Lisboa, 2000</ref> Durante o seu mandato enquanto senador pugnou pela defesa dos interesses dessa vila limiana, tendo em particular, no dia 24 de Fevereiro de 1913 alertado o então Sr. Ministro do Fomento, [[António Maria da Silva]], para as necessidades de reconstrução da ponte romana, demolição de um quiosque, dragagem do rio Lima para evitar os prejuízos das cheias e conclusão da estrada da circunvalação.<ref>{{citar web|url=http://luisdantas.skyrock.com/2757854608-MANUEL-JOSE-DE-OLIVEIRA.html|titulo=Diário das Sessões do Senado, 24 de Fevereiro de 1913|data=|acessodata=|obra=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Foi presidente da Comissão Municipal Republicana de Ponte de Lima, apesar de não ter estado presente no dia da proclamação da República nos Paços do Conselho dessa vila limiana, a 7 de Outubro de 1910.<ref>{{citar web|url=http://limianismo.blogspot.pt/|titulo=Vide: Da minha sebenta, Limianismo, corrente cultural e afectiva sobre Ponte de Lima e o Vale do Lima. por Luís Dantas.|data=7 de Outubro de 2006|acessodata=|obra=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref> Em a "Autópsia ao Médico Manuel José de Oliveira - Política de Ponte de Lima" (1913), António José Barbosa Perre faz-lhe uma acérrima crítica oriúnda da facção mais radical do Partido Republicano local, na altura em que foi deputado às Constituintes.
 
Para além da medicina, Manuel José de Oliveira dedicou-se à historiografia local e deixou uma volumosa biblioteca particular. Em "Médicos de Ponte de Lima" <ref>Oficinas de Augusto de Sousa, Rua Formosa - Ponte de Lima. 1950</ref>, Francisco de Magalhães refere que, ''debruçado sobre os códices, as poucas horas que lhe restassem dos seus afazeres profissionais, aplicava-as, na mais amena das distracções, aos estudos históricos e de investigação, sobretudo aos que o ligavam e interessavam a Ponte de Lima. Era rica, na qualidade, a inestimável biblioteca, formada por milhares de volumes, que deixou, e organizou com zelo, carinho e método especial''.