Sociologia: diferenças entre revisões

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Assim como toda ciência, a sociologia pretende explicar a totalidade do seu universo de pesquisa. Ainda que esta tarefa não seja objetivamente alcançável, é tarefa da sociologia transformar as malhas da rede com a qual ela capta a realidade social cada vez mais estreitas. Por essa razão, o conhecimento sociológico, através dos seus conceitos, teorias e métodos, pode constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, consequentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais.
 
A sociologia ocupa-se, ao mesmo tempo, das observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas; e também se interessa por eventos únicos sujeitos à inferência sociológica (como, por exemplo, o surgimento do [[capitalismo]] ou a gênese do [[Estado Moderno]]), procurando explicá-los no seu significado e importância singulares).
 
A sociologia surgiu como uma disciplina a partir de fins do [[século XVIII]], na forma de resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social.
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== História ==
 
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imagem: |image1=Karl Marx.jpg|width1=100|caption1=<br /center>[[Karl Marx]]</center> <center>(1818 - 1883) <center>
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Embora o termo ''Sociologie'' tenha sido adotado por [[Auguste Comte]] com a perspectiva de unificar todos os estudos relativos às relações humanas — inclusive a [[história]], a psicologia e a economia —, [[Montesquieu]] também pode ser encarado como um dos fundadores da sociologia — talvez como o último pensador clássico ou o primeiro pensador moderno.
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Em [[Comte]], seu esquema sociológico era tipicamente [[Positivismo|positivista]], (corrente que teve grande força no [[século XIX]]), e ele acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de ordem social.
 
As transformações econômicas, políticas e culturais ocorridas no [[século XVIII]], como as Revoluçõesrevoluções Industrialindustrial [[Revolução francesa|e Francesafrancesa]], colocaram em destaque mudanças significativas da vida em sociedade com relação a suas formas passadas, baseadas principalmente nas tradições.
 
A sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do [[capitalismo]] moderno.
 
Esta disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social, desvinculando-se das preocupações especulativas e metafísicas[[metafísica]]s e diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e sistemática de compreensão da mesma.
 
Assim é que a [[Revolução Industrial]] significou, para o pensamento social, algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a [[Racionalização (sociologia)|racionalização]] da produção da materialidade da vida social.
 
O triunfo da [[indústria]] capitalista foi pouco a pouco concentrando as máquinas, as terras e as ferramentas sob o controle de um grupo social, convertendo grandes massas camponesas em trabalhadores industriais. Neste momento, se consolida a sociedade capitalista, que divide de modo central a sociedade entre [[Burguesia|burgueses]] (donos dos [[meios de produção]]) e proletários[[proletário]]s (possuidores apenas de sua força de trabalho). Há paralelamente um aumento do funcionalismo do Estado que representa um aumento da burocratização de suas funções e que está ligado majoritariamente aos estratos médios da população.
 
O desaparecimento dos proprietários rurais, dos artesãos[[artesão]]s independentes, a imposição de prolongadas horas de trabalho, etc., tiveram um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas tradicionais de vida.
 
Não demorou para que as manifestações de revolta dos trabalhadores se iniciassem. Máquinas foram destruídas ([[ludismo]]), atos de sabotagem e exploração de algumas oficinas, roubos e crimes[[crime]]s, evoluindo para a criação de associações livres, formação de sindicatos[[sindicato]]s e movimentos revolucionários.
 
Este fato é importante para o surgimento da sociologia, pois colocava a sociedade num plano de análise relevante, como [[objeto]] que deveria ser investigado tanto por seus novos problemas intrínsecos, como por seu novo protagonismo político já que junto a estas transformações de ordem econômica pôde-se perceber o papel ativo da sociedade e seus diversos componentes na produção e reprodução da vida social, o que se distingue da percepção de que este papel seja privilégio de um Estado que se sobrepõe ao seu povo.
 
O surgimento da sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos da [[Revoluçãorevolução Industrialindustrial]], pelas novas condições de existência por ela criada. Mas uma outra circunstância concorreria também para a sua formação. Trata-se das modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento, originadas pelo [[Iluminismo]]. As transformações econômicas, que se achavam em curso no ocidente europeu desde o século [[XVI]], não poderiam deixar de provocar modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura.
 
=== Correntes sociológicas ===
 
A sociologia não é uma [[ciência]] de apenas uma orientação teórico-metodológica dominante. Ela traz diferentes estudos e diferentes caminhos para a [[explicação]] da [[realidade]] social. Assim, pode-se claramente observar que a sociologia tem ao menos três linhas mestras explicativas, fundadas pelos seus autores clássicos, das quais podem se citar, não necessariamente em ordem de importância: (1)
# a [[Positivismo|positivista]]-[[Funcionalismo (ciências sociais)|funcionalista]], tendo como fundador [[Auguste Comte]] e seu principal expoente clássico em [[Émile Durkheim]], de fundamentação analítica; (2)
# a sociologia compreensiva iniciada por [[Max Weber]], de matriz teórico-metodológica hermenêutico-compreensiva; e (3)
# a linha de explicação sociológica [[dialética]], iniciada por [[Karl Marx]], que mesmo não sendo um sociólogo e sequer se pretendendo a tal, deu início a uma profícua linha de explicação sociológica.
 
Estas três matrizes explicativas, originadas pelos seus três principais autores clássicos, originaram quase todos os posteriores desenvolvimentos da sociologia, levando à sua consolidação como [[disciplina acadêmica]] já no início do [[século XX]]. É interessante notar que a sociologia não se desenvolve apenas no contexto europeu. Ainda que seja relativamente mais tardio seu aparecimento nos [[Estados Unidos]], ele se dá, em grande medida, por motivações diferentes que as da velha [[Europa]] (mas certamente influenciada pelos europeus, especialmente pela sociologia britânica e positivista de [[Herbert Spencer]]). Nos Estados Unidos, a Sociologia esteve de certo modo "engajada" na resolução dos "problemas sociais", algo bem diverso da perspectiva acadêmica europeia, especialmente a teuto-francesa. Entre os principais nomes do estágio inicial da sociologia norte-americana, podem ser citados: [[William I. Thomas]], [[Robert E. Park]], [[Martin Bulmer]] e, [[Roscoe C. Hinkle]] e [[Pitirim Sorokin]].
 
A sociologia, assim, vai debruçar-se sobre todos os aspectos da vida social. Desde o funcionamento de estruturas macrossociológicas como o Estado, a classe social ou longos processos históricos de transformação social, até o comportamento dos [[indivíduo]]s num nível microssociológico, sem jamais esquecer-se que o ser humano só pode existir na sociedade e que esta, inevitavelmente, lhe será uma "jaula" que o transcenderá e lhe determinará a identidade.
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Para compreender o surgimento da sociologia como ciência do século XIX, é importante perceber que, nesse contexto histórico social, as ciências teóricas e experimentais desenvolvidas nos séculos XVII, XVIII e XIX inspiraram os pensadores a analisar as questões sociais, econômicas, políticas, educacionais, psicológicas, com enfoque científico.
 
O sociólogo dentro da organização intervem diretamente sobre os resultados da empresa, contribuindo com os lucros[[lucro]]s e resultados da organização. Quando a organização é observada e estudada, podem se verificar as falhas e assim alterar seu sistema de funcionamento e gerar lucro.
 
== A sociologia como ciência da sociedade ==
 
Ainda que a sociologia tenha emergido em grande parte da convicção de [[Augusto Comte|Comte]] de que ela eventualmente suprimiria todas as outras áreas do [[conhecimento]] científico, hoje ela é mais uma entre as ciências[[ciência]]s.
 
Atualmente, ela estuda organizações humanas, instituições sociais e suas interações sociais, aplicando mormente o [[método comparativo]]. Esta disciplina tem se concentrado particularmente em organizações complexas de sociedades industriais assim como nas redes transnacionais e globalizadas que unificam ou associam fenômenos para além das fronteiras nacionais.
 
Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, na observação [[Causalidade|causal]] de alguns fatos. Muitos dos teóricos que almejavam conferir à sociologia o estatuto de ciência buscaram nas [[ciências naturais]] as bases de sua metodologia já mais avançada e as discussões [[Epistemologia|epistemológicas]] já mais desenvolvidas. Dessa forma, foram empregados métodos estatísticos, a observação [[Empirismo|empírica]] e um [[ceticismo]] metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos" recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações. Uma das primeiras e grandes preocupações para com a sociologia foi eliminar juízos de valor feitos em seu nome. Diferentemente da [[ética]], que visa discernir entre [[bem (filosofia)|bem]] e [[mal]], a ciência se presta à explicação e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais.
 
Como ciência, a sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades não só dos fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza, mas também, consequentemente, da abordagem científica da sociedade. Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar as ciências, ora as afastando e, até mesmo, negando às humanas tal estatuto com base na inviabilidade de qualquer controle dos dados tipicamente humanos, considerados — sob esse ponto de vista — imprevisíveis e impassíveis de uma análise objetiva.
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== Comparação com outras ciências sociais ==
 
No começo do [[século XX]], sociólogos e antropólogos que conduziam estudos sobre sociedades não-industrializadas ofereceram contribuições à [[antropologia]]. Deve ser notado, entretanto, que mesmo a antropologia faz pesquisa em sociedades industrializadas; a diferença entre sociologia e antropologia tem mais a ver com os problemas teóricos colocados e os métodos de pesquisa do que com os objetos de estudo.
 
Quanto à [[psicologia social]], além de se interessar mais pelos comportamentos do que pelas estruturas sociais, ela se preocupa também com as motivações exteriores que levam o indivíduo a agir de uma forma ou de outra. Já o enfoque da sociologia é na ação dos grupos, na ação geral.
 
Já a [[economia]] diferencia-se da sociologia por estudar apenas um aspecto das relações sociais, aquele que se refere à produção e troca de mercadorias[[mercadoria]]s. Nesse aspecto, como mostrado por [[Karl Marx]] e outros, a pesquisa em economia é frequentemente influenciada por teorias sociológicas. Marx pode ser melhor caracterizado como sociólogo por ter compreendido o [[capital (economia)|capital]] como uma relação social entre detentores dos meios de produção e aqueles que vendem sua força de trabalho, portanto indo além de uma explicação de cunho econômico.
 
Por fim, a [[filosofia social]] intenta criar uma teoria ou "teorias" da sociedade, objetivando explicar as variâncias no comportamento social em suas ordens [[moral]], [[estética]] e histórica. Esforços nesse sentido são visíveis nas obras de modernos teóricos sociais, reunindo um arcabouço de conhecimento que entrelaça a filosofia [[Hegel|hegeliana]], [[Kant|kantiana]], a [[teoria social]] de Marx e, ao mesmo tempo, Max Weber, utilizando-se dos valores morais e políticos do Iluminismo liberal mesclados com os ideais socialistas. À primeira vista, talvez, seja complexo apreender tal abordagem. Entretanto, as obras de [[Max Horkheimer]], [[Theodor Adorno]], [[Jürgen Habermas]], entre outros, representam uma das mais profícuas vertentes da filosofia social, representada por aquilo que ficou conhecido como [[Teoria Crítica]] ou, como mais popularmente se diz, [[Escola de Frankfurt]].
 
Na [[década de 1950]], na [[Inglaterra]], uma vertente culturalizada do marxismo emerge criando a vertente conhecida como [[Estudos Culturais]]. Sociólogos como Raymond Williams, E. P. Thompson e Richard Hoggart buscam criar conhecimento a partir da experiência das classes populares, o que impulsionaria estudos sobre as classes subalternas ao invés das tradicionais pesquisas sobre os processos econômicos e políticos hegemônicos. Com a ascensão de Stuart Hall à direção do Centro de Estudos da Cultura Contemporânea de Birmingham ganham forca as discussões sobre a experiência da [[colonização]] e de como as culturas europeias, particularmente a britânica, haviam sido construídas a partir da invenção de um Outro, o mundo colonizado não-Ocidental. Desdobramentos nesta perspectiva gerariam clássicos como "''Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente''" <ref>''Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente.'' Autor: Edward W. Said. [[Editora Companhia das Letras]], 2007, ISBN 9788580865462 Adicionado em 09/10/2016.</ref> do pesquisador palestino-americano [[Edward W. Said]] e uma nova linha de pesquisas hoje conhecida como [[Estudos Pós-Coloniais]].
 
A partir da [[década de 1960]], também ganham importância às críticas feministas à teoria social canônica, as quais progressivamente ganham reconhecimento. Desde a [[década de 1980]], o [[feminismo]] tem sido incorporado em muitas teorias e pesquisas sociológicas, ainda que as principais reflexões nesta área pertençam a pesquisadoras com origem na filosofia como [[Judith Butler]]. No presente, questões de gênero e sexualidade têm se tornado cada vez mais presentes e não apenas como uma área de pesquisa, antes como uma necessária parte de qualquer investigação sociológica. Em especial, cabe sublinhar a crescente importância da [[Queer theory|teoria ''queer'']], uma vertente contemporânea do feminismo que conta, além da já citada Butler, com autoras como [[Eve Kosofsky Sedgwick]] e [[Beatriz Preciado]].
 
== Sociologia da Ordem e Sociologia da Crítica da Ordem ==
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A sociologia, em vista do tipo de conhecimento que produz, pode servir a diferentes tipos de interesses.
 
A produção sociológica pode estar voltada para engendrar uma forma de conhecimento comprometida com emancipação humana. Ela pode ser um tipo de conhecimento orientado no sentido de promover um melhor entendimento dos homens acerca de si mesmos, para alcançarem maiores patamares de liberdades políticas e de [[bem-estar social]].
 
Por outro lado, a sociologia pode ser orientada como uma "ciência da ordem" ([[engenharia social (ciência política)|engenharia social]]), isto é, seus resultados podem ser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de dominação por parte do Estado ou de grupos minoritários, sejam eles empresas privadas ou centrais de inteligência, sendo orientada de acordo com o nível de relação sociedade-Estado vigente.
 
As formas como a sociologia pode ser uma "ciência da ordem" são diversas. Ela pode partir desde a perspectiva do sociólogo individual, submetendo a produção do conhecimento não ao progresso da ciência por si mas da sociedade, assim como aos seus interesses materiais imediatos. Há, porém, o meio indireto, no qual o Estado, como principal ente financiador de pesquisas nas áreas da sociologia escolhe financiar aquelas pesquisas que lhe renderam algum tipo de resultado ou orientação estratégicas claras: pode ser tanto como melhor controlar o fluxo de pessoas dentro de um território, como na orientação de políticas públicas. Nesse sentido, o uso do conhecimento sociológico é potencialmente arriscado, podendo estabelecer mecanismos de dominação e informação salutares ou mesmo servir a finalidades antidemocráticas, [[Autoritarismo|autoritárias]] e arbitrárias.
 
== A evolução da sociologia como disciplina ==
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A sociologia no mundo foi-se mostrando presente em várias datas importantes desde as grandes revoluções, desde lá cada vez mais foi de fundamental participação para a sociedade mundial e também brasileira.
 
Desde o início, a sociologia vem-se preocupando com a sociedade no seu interior, isto diz respeito, por exemplo, aos conflitos entre as [[classes sociais]]. Na [[América Latina]], por exemplo, a sociologia sofreu influencias americanas e europeias, na medida em que as suas preocupações passam a ser o subdesenvolvimento, ela vai sofrer influências das teorias marxistas.
 
No [[Brasil]], nas décadas de 1920 e 1930, a sociologia estava num estudo sobre a formação da sociedade brasileira e analisando temas como [[Lei Áurea|abolição da escravatura]], êxodos, e estudos sobre [[Povos indígenas do Brasil|índios]] e [[Afro-brasileiros|negros]].
 
Nas décadas seguintes, de 1940 e 1950, a sociologia voltou-se para as classes trabalhistas, tais como salários e jornadas de trabalho, e também comunidades rurais. Na década de 1960, a sociologia se preocupou com o processo de industrialização do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no campo e, a partir de 1964, o trabalho dos sociólogos se voltou para os problemas sociopolíticos e econômicos originados pela tensão de se viver em um país cuja forma de poder é o regime militar.
 
Na década de 1980, a sociologia finalmente volta a ser disciplina no [[ensino médio]], e também ocorreu a profissionalização da sociologia. Além da preocupação com a economia política e mudanças sociais apropriadas com a instalação da [[nova república]], volta-se também em relação ao estudo da mulher, do trabalhador rural e outros assuntos.
 
== Áreas de estudo em sociologia ==
 
Os sociólogos estudam uma variedade muito grande de assuntos. Para ter uma ideia geral sobre esses assuntos, visite o sítio do [http://www.ucm.es/info/isa/rc.htm Comitê de Pesquisa] da [[Associação Internacional de Sociologia]]. Segue uma pequena lista de áreas e tópicos de estudo na sociologia.
{{dividir em colunas|cols=3}}
* [[Demografia social]]
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== Sociólogos notórios ==
 
* [[:Categoria:Sociólogos|Sociólogos biografados na Wikipédia]]
 
== Ver também ==
 
* [[Associação Internacional de Sociologia]]
* [[Desigualdade social]]
* [[Índice de artigos de sociologia]]
* [[Movimento Integral]]
* [[Posição social]]
* [[Resumo de sociologia]]
 
{{referências}}
 
== Ligações externas ==
 
* [http://www.sbsociologia.com.br/home/home.php SBSociologia] ([[Sociedade Brasileira de Sociologia]]). Acessado em 09/10/2016.
 
{{Portal3|Sociedade|Sociologia|Pensamento}}
 
{{Sociologia}}
 
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