Lemúria (festival): diferenças entre revisões
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De acordo com o poeta [[Ovídio]] ({{AC|43|x}} – {{DC|18|x}}), membro de uma antiga e rica família de equestres, em sua obra [[Fastos (Ovídio)|''Fastos'']] (poema que foi escrito em versos elegíacos), o calendário era dividido nos dias em que as pessoas atuavam com justiça (dias, portanto, abençoados pelos deuses), os ''Fastos,'' e nos outros dias em que os homens não tinham a graça dos deuses para realizar seus empreendimentos e deveriam se resguardar, ou seja, os "dias nefastos".<ref>{{citar periódico|ultimo=|primeiro=|autor=Norma Musco Mendes|coautores=Airan dos Santos Borges|ano=2008|titulo=Os Calendários Romanos como Expressão de Etnicidade|jornal=História: Questões e Debates|editora=UFPR|local=Curitiba|doi=|url=revistas.ufpr.br/historia/article/download/15295/10286|acessadoem=}}</ref>
Ovídio remonta o festival da ''Lemúria'' à fundação de Roma, com a história de [[Rômulo e Remo]]. Na versão escrita por Ovídio, Rômulo é inocentado pelo espectro de Remo, que aparece num sonho aos seus pais adotivos, [[Fáustulo]] e [[Aca Laurência]]: ''Meu irmão não quis isso – igual amor é o dele: o que pode me deu: chorou meu fado. Por vosso pranto e vosso pão, rogai a ele que as honras me consagre este dia''. Ao saber do sonho, Rômulo acata o pedido do falecido irmão e denomina ''Remuria'' o nome do festival que aconteceria no dia da morte de Remo. O autor ainda explica a troca da letra ''‘R’ por ‘L’: Rômulo acata e de Remúria chama o dia em que os avós se levam oferendas. No longo tempo, foi mudada em branda a rude letra que aquele nome começava. Logo, de lêmure chamou a alma dos mortos: esse é o sentido e a força da palavra''.<ref>{{citar livro|titulo=Fastos|ultimo=OVÍDIO|primeiro=|editora=Autêntica|ano=2015|series=Clássica|local=|paginas=|titulotrad=|capitulo=Livro V|acessodata=}}</ref>
== Ritual ==
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