Nérvios: diferenças entre revisões

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César relata ter ouvido dos remos que os belgas geralmente recebiam imigrantes dos povos germânicos para o leste do Reno<ref>[[Júlio César]], ''[[Commentarii de Bello Gallico]]'' [[s:Commentaries_on_the_Gallic_War/Book_2#4|2.4]]</ref>. O grego romanizado [[Estrabão]] escreveu que os nérvios eram de origem germânica<ref>[[Estrabão]], ''[[Geographica]]'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Strabo/4C*.html 4.3]</ref>. [[Tácito]], em seu livro "[[Germânia (livro)|Germânia]]", diz que, na sua época, os nérvios e os [[tréveros]] reivindicavam uma origem germânica, similar à de seus vizinhos mútuos, os [[tungros]], o que tinha por objetivo distanciá-los da fraqueza dos [[gauleses]]<ref>[[Tácito]], ''[[Germânia (livro)|Germânia]]'' [http://www.perseus.tufts.edu/hopper/text.jsp?doc=Perseus%3Atext%3A1999.02.0083%3Abook%3D1%3Achapter%3D28 28] {{en}}</ref>.
[[Ficheiro:Paris - Jardin des Tuileries - Ambrogio Parisi - Jules César - PA00085992 - 001.jpg|thumb|esquerda|upright=1|Estátua de [[Júlio César]] no [[Jardin des Tuileries]], em [[Paris]].]]
Os romanos não eram precisos em sua [[etnografia]] dos [[bárbaros]] setentrionais: por "germânico", César pode simplesmente ter querido dizer ''"originários do leste do Reno"'', sem nenhuma intenção de distinguir a língua que falavam. Nesta época, as línguas germânicas podem a leste do Reno podem só ter sido encontradas perto do [[rio Elba]]<ref name=wightman/>. Já se defendeu, ao invés disso, com base em estudos [[topônimo|toponímicos]] que a língua original desta região, embora aparentenaparentem [[línguas indo-europeias|indo-europeia]], não era celta (veja [[Nordwestblock]]) e que o celta, embora influente entre a elite, pode jamais ter sido a língua principal da porção do território belga ao norte de [[Ardennes]]<ref name="Davidsfonds">{{Citation|last1=Lamarcq|last2=Rogge|first1=Danny|first2=Marc|title=De Taalgrens: Van de oude tot de nieuwe Belgen|publisher=Davidsfonds |year=1996}} page 44. {{en}}</ref><ref name="M. Gysseling 1975 pp. 1-6">M. Gysseling, Enkele Belgische leenwoorden in de toponymie, in Naamkunde 7 (1975), pp. 1-6. {{en}}</ref>. Por outro lado, este estudos, como os de [[Maurits Gysseling]], também revelaram evidências de línguas germânicas entrando na região da Bélgica ao norte de Ardennes, antes da conquista romana, enquanto evidências de antigos topônimos celtas são encontradas em Ardennes e para o sul<ref name="Davidsfonds"/><ref name="M. Gysseling 1975 pp. 1-6"/> Luc van Durme resume as evidências de influências celtas e germânicas na época de César afirmando que ''"é preciso aceitar a incrível conclusão de que César pode ter testemunhado uma situação de oposição entre celtas e germânicos na Bélgica, em um território um pouco mais para o sul que a fronteira linguística da [[Alta Idade Média|medieval]] [[línguas românicas|românica]]-germânica"''<ref>{{citation|title=Genesis and Evolution of the Romance-Germanic Language Border in Europe|url=http://books.google.be/books?id=H7VcdGI20FkC&lpg=PA19&pg=PA9|issue=Language Contact at the Romance-Germanic Language Border|journal=Journal of Multilingual and Multicultural Development| language = inglês}}</ref>.
 
==Cultura==