Maria Schneider: diferenças entre revisões

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Mas a única coisa de que ela se arrepende foi ter participado do filme de Bernardo Bertolucci quando tinha apenas 19 anos, em sua estréia como atriz. “Se eu pudesse voltar no tempo, teria dito não. Teria feito meu trabalho gradualmente, discretamente. Eu teria sido uma atriz, mas de maneira mais tranquila”, ela diz na entrevista.
 
Schneider conta que se sentiu humilhada pela cena na qual ela foi estuprada de verdade (!) por Marlon Brando, pois uma cena que envolvia sexo não estavaestaria no roteiro e foi proposta por Brando. “Quando me falaram da cena, eu tive uma explosão de raiva. Eu joguei tudo que estava à minha volta. Ninguém pode forçar alguém a fazer algo que não está no script. Mas eu não sabia isso. Eu era muito jovem. Então, eu fiz a cena e chorei. Minhas lágrimas em cena eram verdadeiras.”
 
Mas as palavras mais duras da entrevista não foram dirigidas a Brando, mas sim a Bertolucci. “Ele manipulava a todos no set. O próprio Brando disse depois que se sentiu estuprado pelo cineasta. Ele tinha 48 anos. E era Marlon Brando!”, afirma. Porém, Bertolucci contesta essa versão, alegando que ela sabia que haveria uma cena de sexo, pois a mesma constava no script. "O que ela não sabia", contou ele em entrevista de 2013, "é que Brando usaria a manteiga como lubrificante. E isso a deixou incomodada". Na mesma entrevista, Bertolucci alega que sentia-se culpado pelo que fez, mas não arrependido. E que tudo não passou de um mal entendido.
 
Schneider dá a entender que não segurou a onda do sucesso repentino. Apesar dos problemas com drogas, ela fez 48 filmes depois de “Último Tango em Paris”. Mas só chamou atenção por seu trabalho em “O Passageiro – Profissão: Repórter” (1975), de Michelangelo Antonioni, em que contracenava com Jack Nicholson. Na faixa de comentário do DVD recém-lançado, Nicholson conta que teve que segurar Schneider em uma cena para que ela não caísse, dopada que estava por analgésicos.