Haiku: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Kireji: correcção vocabulário
Linha 126:
O próximo estilo famoso de haikai a surgir foi o de [[Yosa Buson]] (1716–1783) e outros como Kitō, chamado de estilo Tenmei após a [[Tenmei|Era Tenmei]] (1781–1789) no qual ele foi criado.
Buson é reconhecido como um dos maiores mestres do [[haiga]] (uma forma de arte na qual a pintura é combinada com o haiku ou a prosa haikai). SeuSua afeitoafeição pela pintura pode ser vistovista no estilo pictórico de seu haikai.<ref>Ross, Bruce. ''Haiku Moment: An Anthology of Contemporary North American Haiku,'' Tuttle Publishing, 1993, ISBN 0-8048-1820-7 p.xv</ref>
===Issa===
Linha 134:
===Shiki===
{{AP|Masaoka Shiki}}
[[Masaoka Shiki]] (1867–1902) foi um reformista e modernizador. Um escritor prolífico, apesar de cronicamente doente durante uma parte significante de sua vida. Shiki não gostava dos escritores de haikai 'estereotipados' do século XIX que RAMeram conhecidos pelo termo depreciativo ''tsukinami'', que significa 'mensal', após as reuniões de ''haikai'' mensais ou quinzenais no final do século XVIII (neste período do ''haikai'', ele passou a ser conhecido como 'banal' e 'vulgar'). Shiki também criticou Bashō. Como o mundo [[intelectual]] japonês na época, Shiki foi fortemente influenciado pela cultura ocidental. Ele era a favor do estilo pictórico de Buson e particularmente do conceito europeu de [[pintura]] ''[[En plein air|plein-air]]'', o qual ele adaptou para criar um estilo de haikai como um tipo de esboço da natureza em palavras, uam abordagem chamada de ''shasei'' (写生), literalmente 'esboço da vida'. Ele popularizou suas opiniões em colunas de verso e [[ensaio]]s em jornais.
O hokku, na época de Shiki, mesmo quando aparecia independentemente, era escrito no contexto do renku.<ref name="sato">Hiroaki Sato. ''One Hundred Frogs'', Weatherhill, 1983, ISBN 0-8348-0176-0 p.113</ref> Shiki formalmente separou seu novo estilo de verso do contexto da poesia colaborativa. Sendo [[agnoticismo|agnóstico]],<ref>Henderson, Harold G. ''An Introduction to Haiku: An Anthology of Poems and Poets from Basho to Shiki,'' Doubleday Anchor Books, 1958, p.163</ref> ele também o separou da influência do budismo. Além disso, ele descartou o termo "hokku" e propôs o termo ''haiku'' como uma abreviação da frase "''haikai no ku''", que significa um verso ''haikai'',<ref>Earl Miner, ''Japanese Linked Poetry''. Princeton University Press, 1980. ISBN 0-691-01368-3 pbk.</ref> embora o termo antecedeanteceda Shiki por cerca de dois séculos, quando ele era usado para significar ''qualquer'' verso do haikai. Desde então, o "haiku" tem sido o termo geralmente utilizado no japonês a todos os haikus independentes, independentementesem dese considerar sua data de composição. O revisionismo de Shiki deu um duro golpe ao renku e as escolas sobreviventes de haikai. O termo "hokku" agora é usado principalmente em seu sentido original de verso de abertura de um renku, e raramente para distinguir o haiku escrito antes da época de Shiki.
===Haibun===
Linha 175:
O [[presidente do Conselho Europeu]], [[Herman Van Rompuy]], é um famoso ''haijin'' e conhecido como “Haiku Herman”. Ele publicou um livro de haiku em abril de 2010.<ref>{{Cite news|title= Herman Van Rompuy publishes haiku poems |url= http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/eu/7595054/Herman-Van-Rompuy-publishes-haiku-poems.html |publisher= Telegraph.co.uk|date= 16 de abril de 2010}}</ref><ref>{{Cite news|title= EU's "Haiku Herman" launches first poetry book |url= http://www.reuters.com/article/idUSTRE63E3RN20100415 |publisher= Reuters |date= 15 de abril de 2010 }}</ref><ref>{{Cite news|title= ‘Haiku Herman’ Van Rompuy: poet, president and fish out of water |url= http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/europe/article7099088.ece#cid=OTC-RSS&attr=797093 |publisher= Times Online|date= 16 de abril de 2010 | location=London | first1=David | last1=Charter}}</ref>
No início do século XX, o vendedorvencedor do Nobel [[Rabindranath Tagore]] compôs haikai em [[língua bengali|Bengali]]. Ele também traduziu alguns do japonês. Em [[língua gujarati|gujarati]], [[Jhinabhai Desai]] 'Sneharashmi' popularizou o haiku<ref>[http://www.gujaratisahityaparishad.com/prakashan/photo-gallery/sahitya-sarjako/SnehaRashmi.html Article on Sneh Rashmi] on website of [[Gujarati Sahitya Parishad]] (Gujarati Literary Council). In it, we read: “જાપાની કાવ્યપ્રકાર હાઈકુને ગુજરાતીમાં સુપ્રતિષ્ઠિત કરી તેમણે ઐતિહાસિક પ્રદાન કર્યું છે” (“By pioneering and popularizing the famous form of Japanese poetry called Haiku in Gujarati, he has gained a place in history”).</ref> e permaneceu como um popular escritor de haikai.<ref>Ramanathan S. & Kothari R. (1998). Modern Gujarati Poetry: A Selection. Sahitya Akedami. ISBN 81-260-0294-8, ISBN 978-81-260-0294-8</ref> Em fevereiro de 2008, o Festival Mundial de Haiku ocorreu em [[Bangalore]], reunindo ''haijin'' (俳人, poetas haiku) de toda a Índia e Bangladesh, bem como Europa e Estados Unidos. No sul da Ásia, alguns outros poetas também escrevem haikai de tempos em tempos, incluindo o poeta paquistanês [[Omer Tarin]], que também é ativo no movimento pelo desarmamento nuclear e alguns de seus ‘Hiroshima Haiku’ foram lidos em várias conferências de paz no Japão e no Reino Unido.
Alguns grupos, como a ''Associação Internacional de Haiku'', tentam promover intercâmbios entre os poetas haiku japoneses e estrangeiros.
Linha 181:
== Haikai no Brasil ==
 
Segundo [[H. Masuda Goga|Goga]] (1988), o primeiro autor brasileiro de HaicaiHaikai foi [[Afrânio Peixoto]], em 1919, através de seu livro ''Trovas Populares Brasileiras'', onde prefaciou suas impressões a respeito do poema japonês:
:“Os japoneses possuem uma forma elementar de arte, mais simples ainda que a nossa trova popular: é o haikai, palavra que nós ocidentais não sabemos traduzir senão com ênfase, é o epigrama lírico. São tercetos breves, versos de cinco, sete e cinco pés, ao todo dezessete sílabas. Nesses moldes vazam, entretanto, emoções, imagens, comparações, sugestões, suspiros, desejos, sonhos... de encanto intraduzível”<ref name="GOGA">GOGA, H. Masuda. ''O haicai no Brasil''. São Paulo: Aliança Cultural Brasil-Japão, 1988.
</ref>.