Centro de Instrução de Guerra na Selva: diferenças entre revisões

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O '''Centro de Instrução de Guerra na Selva''' ('''C I G S'''), tambémcom conhecidoa comodesignação histórica '''Centro Coronel Jorge Teixeira''', é uma organização militar do Exército Brasileiro sediada em Manaus, destinada a qualificar militares líderes de pequenas frações, como guerreiros da selva, combatentes aptos a cumprir missões, de natureza militar, nas áreas mais inóspitas da [[Floresta Amazônica]] brasileira. SeuSua designação nomehistórica é uma homenagem ao precursor do Centro, que se tornaria seu primeiro comandante, mais conhecido como "Teixeirão".
 
São ministrados '''Cursos de Operações na Selva''', em sete categorias diferentes, além de estágios destinados a militares e também para instituições civis. Seu símbolo é a [[onça-pintada]].
 
Para o melhor desenvolvimento dos trabalhos, o CIGS está estruturado em uma Divisão de Ensino, uma Divisão de Doutrina Pesquisa e Avaliação, Divisão de Alunos, uma Divisão de Veterinária, umae Divisão Administrativa e uma Base Administrativa.
 
==Histórico==
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- BI 7 – Jatuarana
A missão de realizar pesquisas e experimentação doutrinária sobre material de emprego militar e outras áreas de interesse é desempenhada pela Divisão de Doutrina, e Pesquisa (DDP) do CIGS. Isso já resultou em diversas modificações no Exército Brasileiro, como a atual camuflagem padrão, que foi desenvolvida pelo CIGS, visando o ambiente de selva. Uma das atribuições da DDP é avaliar e sugerir aperfeiçoamento de armamento para emprego em operações na selva.
 
O lema dos militares do CIGS é o que “a selva não pertence ao mais forte, mas ao sóbrio, habilidoso e resistente”, assim, o CIGS tem sido nos últimos anos um dos mais importantes atores no desenvolvimento da chamada “Estratégia de Resistência” do Exército Brasileiro, para a eventualidade de um confronto militar entre nossas forças e a forças com poderio militar superior.
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No que se refere ao armamento individual do combatente de selva, o EB tem ao mesmo tempo o problema e a solução. Fuzis de assalto de diversos tipos foram e são avaliados, incluindo o fuzil alemão Heckler & Koch HK33 e o norte-americano Colt M16A2, ambos no calibre 5,56mm, e o tradicional FAL do Exército Brasileiro, no calibre 7,62mm. O fuzil padrão das tropas de selva brasileiras é o Pára-FAL, a versão com coronha rebatível, usada também pelas tropas paraquedistas brasileiras e outras unidades. O Pára-FAL tem se mostrado a arma ideal para emprego na selva por suas características de peso, rusticidade e simplicidade de manuseio. Por outro lado, sua substituição no futuro será, certamente, um sério problema para o Exército. O calibre 5,56mm, usado na maior parte dos modernos fuzis de assalto, é considerado inadequado para o combate em selva devido ao pequeno peso do projétil e à sua tendência de assumir uma trajetória instável ao colidir com pequenos obstáculos, como folhas e galhos de árvores. Isso acaba retirando do projétil muita energia e, consequentemente, o poder de parada (''stopping power'').
 
Uma das preocupações do CIGS era resolver a questão do transporte de armas, munição, água, rações e outros equipamentos por frações de tropa empenhadas na guerra de selva. Assim, na busca de um meio de transporte eficiente e de baixo custo para o ressuprimento nas operações na selva, tentou-se a utilização de animais de carga ou que pudessem ser adestrados para esse fim. Durante o Comando do Cel Gélio Fregapani, foi testada a utilização de uma anta, criada desde cedo no zoológico do Centro; a experiência infelizmente não obteve sucesso, já que o animal selvagem, jamais aceitou que fosse transportadatransportar qualquer carga em suas costas.
 
Outra tentativa, também frustrada, mas que começou a demonstrar a validade do conceito da utilização de animais, foi executada a partir de 1983 com a utilização de muares. Estes, apesar de historicamente já haverem sido bastante utilizados, não só pela população civil como em operações militares, infelizmente não se adaptaram à Amazônia, sendo que o principal problema verificado foi de natureza veterinária. O animal teve sérios problemas com apodrecimento de cascos e doenças de natureza epidérmica.
 
Com a continuidade dos estudos chegou-se finalmente ao búfalo, pelo menos quatro raças do animal já criadosão criadas com sucesso na Amazônia em pelo menos quatro espécies, rústico e com diversas características que foram ao encontro das necessidades militares para o emprego de animais.
 
O chamado Projeto Búfalo nasceu em 2000, e tem demonstrado ser uma das soluções para as necessidades das tropas de selva brasileiras, devido à resistência do animal, sua adaptação ao ambiente e, principalmente, à sua capacidade de transportar cerca de 400kg, de carga atrelada ao corpo ou até três vezes esse número quando tracionando carroças.
 
===Símbolos===
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O Estandarte Histórico do CIGS possui a seguinte descrição heráldica: “Forma retangular tipo bandeira universal, franjado de ouro campo de azul-celeste. Em abismo, um escudo peninsular português, filetado de prata, chefe de vermelho, carregado com uma estrela gironada, de prata, símbolo de escola. Abaixo do chefe, uma bordadura de amarelo, carregada com uma coroa de folhas de castanheiras, de verde, abraçando um escudete, também de verde e filetado de prata, tendo em brocante e em abismo, uma cabeça de onça-pintada, de ouro, voltada para destra, com pontas pretas e língua vermelha, caracterizando a imensa selva amazônica e o indômito sentimento de brasilidade em sempre guardá-la e defendê-la. Envolvendo o conjunto, a denominação histórica “Centro Coronel Jorge Teixeira”, em arco e de ouro, laço militar nas cores nacionais, tendo inscrito, em caracteres de ouro, a designação militar da OM”.
 
A denominação histórica de Centro CelCoronell Jorge Teixeira foi estabelecida pela Portaria 693, de 17 de dezembro de 1999, do Comandante do Exército.
 
Ao longo de sua história, o Estandarte do CIGS recebeu quatro condecorações:
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====Chapéu Bandeirante====
O chapéu bandeirante é de uso exclusivo dos militares que servem no CIGS, bem como daqueles que possuem o Curso de Operações na Selva e estão servindo em organizações militares na Amazônia, conforme consta no Regulamento de Uniformes do Exército (RUE). Este acessório foi elaborado no ano de 1980, em projeto da Seção de Doutrina e Pesquisa.
 
Apresenta um formato boleado, reforçado por um inserto de material plástico na parte central, proporcionando maior proteção contra espinhos. As abas, também reforçadas, mesmo molhadas permanecem firmes, sendo que a do lado direito é presa ao corpo do chapéu. Nas laterais há uma pequena janela coberta por uma faixa de tela, com a finalidade de proporcionarpossibilitar o arejamento da cabeça e permitir a utilização como visor improvisado durante operações com helicópteros.
 
====Facão do Guerreiro de Selva====