Dialética: diferenças entre revisões

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== Dialética e totalidade ==
[[Imagem:Engels.jpg|thumb|140px|direita|Engels defendia o caráter materialista da dialética.]]
A visão total é necessária para enxergar, e encaminhar uma solução a um problema. Hegel dizia que a verdade é o todo. Que se não enxergamos o todo, podemos atribuir valores exagerados a verdades limitadas, prejudicando a compreensão de uma verdade geral. Essa visão é sempre provisória, nunca alcança uma etapa definitiva e acabada, caso contrário, a dialética estaria negando a si própria.
 
Logo, é fundamental enxergar o todo. MasTodavia, nunca temos certeza de que estamos trabalhando com a totalidade correta., não Porémobstante a teoria forneceforneça indicações: a teoria dialética alerta nossa atenção para as sínteses, identificando as contradições concretas e as mediações específicas que constituem o "tecido" de cada totalidade., Sendosendo que a contradição é reconhecida pela dialética como o princípio básico do movimento pelo qual os seres existem.
 
Na dialética, fala-se, também, na “fluidificação” dos conceitos. Isso porque a realidade sempre está assumindo novas formas, e, assim, o conhecimento (conceitos) precisamprecisa aprender a ser "fluidosfluido".
 
Junto com [[Karl Marx]], e [[Engels]], sempre defendeu o caráter [[materialismo|materialista]] da dialética. Ele resumiu a dialética em três leis. A primeira lei é sobre a passagem da [[quantidade]] à [[qualidade]], mas que varia no ritmo/período. A segunda é a lei da interpenetração dos contrários, ou seja, a ideia de que tudo tem a ver com tudo, que os lados que se opõem, são, na verdade, uma unidade, na qual um dos lados prevalece. A terceira lei é a negação da negação, na qual a negação e a afirmação são superadas. Porém, essas leis devem ser usadas com precaução, pois a dialética não se deixa reduzir a três leis apenas.
 
Após a morte de Marx, Lênin foi um dos [[revolução|revolucionários]] que lutaram contra a deformação da concepção [[marxismo|marxista]] da [[história]]. A partir dos estudos da obra de Hegel, Lênin aplicou os conhecimentos na prática, como na estratégia que liderou a tomada do poder na [[Rússia]].
 
Com a morte de Lênin, vem uma tendência anti-dialética com [[Stálin]], que desprezava a teoria. Ele chegou a "corrigir" as três leis de Engels, traçando, por cima, quatro itens fundamentais para ele: conexão universal e interdependência dos [[fenómeno|fenômenos]]; movimento, transformação e desenvolvimento; passagem de um estado qualitativo a outro; e luta dos contrários como fonte interna do desenvolvimento.
 
O método dialético nos incita a revermos o passado, à luz do que está acontecendo no presente, ele questiona questionando-o presente em nome do futuro, o que está sendo em nome do que “ainda não é”. É, por isso, que o argentino [[Carlos Astrada]] define a dialética como “semente de dragões”, a qual alimenta dragões que talvez causem tumulto, mas não uma baderna inconsequente.
 
== Ver também ==