Palácio Vila Flor: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Palácio Vila Flor - Costa do Castelo.jpg|miniaturadaimagem|Palácio Vila Flor - Costa do Castelo]]
Era inicialmente conhecido como '''Casas da Costa do Castelo''' e mais tarde '''Palácio da Costa''', sendo que só posteriormente ficou denominado '''Palácio Vila Flor'''. Deve este seu nome ao facto de no final da Monarquia, no início do séc. XX, ter sido comprado e aí terem morado os últimos [[condes de Vila Flor]], a quem actualmente pertence.

É um [[solar (habitação)|solar]] de arquitectura erudita dos séculos XVII e XVIII, onde se salientam os vãos em cantaria trabalhada, na Costa do Castelo n.º 30-42<ref>[http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equi-flor Palácio Vila-Flor, site da C. M. de Lisboa]</ref>, na chamada [[Mouraria]], freguesia de [[Santa Maria Maior (Lisboa)|Santa Maria Maior]], anteriormente na freguesia do [[Socorro (Lisboa)|Socorro]], em plena [[Lisboa]], está classificado como [[Imóvel de Interesse Municipal]].
 
O Palácio teve até ao [[século XX]], na sua fachada, as armas [[Cirne]] ou Cyrne em pleno. Naturalmente por este ter sido inicialmente desta família conforme se pode constatar pela sua história<ref>[http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Olisipo/1960/N89/N89_master/Olisipo_N89_Jan1960.PDF As Antigas Portas de S. Lourenço, da Alfofa e de S.to André, por Ferreira de Andrade, boletim Olisipo, ano III, n.º 89, Janeiro de 1960, Lisboa, pág. 27 e 28]</ref>. Estes Cirnes são os mesmos cuja representação recaiu nos senhores de [[Vila Nova de Lanhezes]], com sede no [[Paço de Lanheses]], e que, por sua vez, segue nos [[Condes de Almada]] que eram igualmente proprietários em Lisboa, nomeadamente, do [[Palácio da Independência]] e da [[Quinta dos Lagares d´El-Rei]] .
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=== Séc. XIX ===
Nos inícios de 1800, o Palácio passou por compra para o Conselheiro [[João António Rodrigues Ferreira]] (do [[Conselho Ultramarino]], um dos que votaram a aclamação de SM o Rei [[D. Miguel]]), e por herança para o seu genro, o Conselheiro [[Diogo Correira de Sequeira Pinto]], Par do Reino. Nele casou a sua filha D. Joana Sequeira Pinto com o 1.º [[conde de Azarujinha]], [[António Augusto Dias de Freitas]]. D. Joana Sequeira Pinto passou posteriormente a viver no Palácio Pombeiro, actual Embaixada de Itália, que pertencia ao Conde de Azarujinha.
 
No Palácio nasceu o célebre Professor [[Tomás de Mello Breyner]], [[Conde de Mafra]], e nele se passou a história do chá, contada nas suas Memórias. O seu pai, tinha arrendado o andar nobre aos Sequeira Pinto.
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=== Séc. XX até à actualidade ===
Posteriormente, em Abril de 1907, estando o Palácio na posse da viúva de [[Diogo Sequeira Pinto]] (também Par do Reino por sucessão e filho do homónimo Conselheiro Diogo Correia de Sequeira Pinto), D. Maria Luciana, foi este comprado pelo 8.º Conde de Vila Flor, D. [[Tomás de Almeida Manoel de Vilhena]]<ref>[http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/Olisipo/1960/N89/N89_master/Olisipo_N89_Jan1960.PDF As Antigas Portas de S. Lourenço, da Alfofa e de S.to André, por Ferreira de Andrade, boletim Olisipo, ano III, n.º 89, Janeiro de 1960, Lisboa, pág. 30 e nota 84]</ref>, [[Governador Civil]] de [[Braga]] e do [[Funchal]], membro do [[Orpheu]], Chefe de Governo do Rei D. [[Manuel II de Portugal|Manuel II]] no [[exílio]], Senador, após a venda do [[Palácio de Arroios]], uma das anteriores moradas dos Vila Flor. Nele foi o 8.º Conde muitas vezes visitado pelo Presidente [[Teófilo de Braga]], apesar de opositores políticos, por terem sido colegas em Coimbra.
 
Na capela foi colocada a imagem de Nossa Senhora do Ameixial, que esteve na célebre Batalha da Restauração de que foi Comandante em Chefe o 1.º Conde de Vila Flor.
 
Anteriormente os Condes de Vila Flor detiveram em Lisboa no séc. XVI Casas ao Rossio (as chamadas Casas do Executor-Mor Severim de Noronha), e mais tarde o Palácio de Arroios, já referido, comprado pelo 1.º Conde de Vila Flor no séc. XVII ao Desembargador André Valente, o Palácio de São João da Praça (conhecido como Antigo Palácio Vila Flor), onde morou o 7.º Conde e 1.º Duque da Terceira e um Palácio na Palhavã, onde funcionou o Tribunal da Inquisição após o terramoto de 1755. Os Condes de Alpedrinha, que se uniram aos Condes de Vila Flor, tinham sido proprietários em Lisboa da Quinta e Palácio do Marquês de Abrantes em Marvilla (unida ao Senhorio de Pancas e que passou ao Morgado do Esporão no séc. XVII) e do Palácio Pancas Palha.
 
A 10.ª Condessa de Vila Flor e Alpedrinha e Duquesa da Terceira, [[Luísa Manoel de Vilhena]], escritora, viveu no andar nobre, onde recebeu muitos intelectuais, políticos, empresários e figuras da sociedade de então e da antiga aristocracia, e veio a casar com o Conde de Azarujinha.