Marco Valério Corvo: diferenças entre revisões

Em 342 a.C., foi nomeado [[ditador romano|ditador]] pela primeira vez e escolheu como [[mestre da cavalaria]] (''magister equitum'') [[Lúcio Emílio Mamercino Privernato]]. Sufocou, com medidas brandas e conciliatórias, uma tentativa de revolta por parte da guarnição de [[Capua]] durante a [[Primeira Guerra Samnita]], evitando que ela se transformasse numa [[guerra civil]]<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe condita libri|Ab Urbe condita]]'' VII, 38-39.</ref>. Durante a crise, Corvo foi nomeado [[ditador romano|ditador]] para lidar com os amotinados<ref>Broughton, pg. 133</ref>. Os revoltosos marcharam contra Roma e encontraram as tropas de Marco Valério a cerca de 130 quilômetros de Roma. Fazendo uso de suas relações com o exército no passado, conseguiu chegar a um acordo com os rebeldes<ref>Oakley, pg. 98; Smith, pg. 862; Arnold, pgs. 120-2</ref>. Concordou e apoiou a aprovação de leis (conhecidas como ''"ne cui militum fraudi secessio fuit"'')<ref>Oakley, pg. 471</ref> que concediam imunidade aos soldados revoltosos, impediam a remoção do nome do soldado do serviço ativo sem seu consentimento e proibia que um [[tribuno militar]] fosse demovido à patente de [[centurião]]<ref>Broughton, pg. 134; Arnold, pg. 123</ref>. Marco Valério se recusou, porém, a concordar com a diminuição dos salários dos cavaleiros e com a execução imediata dos [[decênviros]]<ref>Arnold, pg. 124</ref>. Já se sugeriu também que, durante a crise da aprovação das ''"[[Leges Genuciae]]"'', Corvo a tenha sugerido que o Senado concordasse com as demandas da plebe pela abolição da [[escravidão por dívida]], mas teria sido rejeitado sem maiores discussões<ref>Arnold, pgs. 126-7</ref>. Alguns historiadores, como Gary Forsythe e S. P. Oakley, consideram que os alegados eventos de motim tenham sido invenções literárias, embora as leis aprovadas em seu mandato sejam corretas<ref>Forsythe, pgs. 272-3; Oakley, pgs. 361-5</ref>.