Gambiarra evolutiva: diferenças entre revisões

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Uma característica particular dos [[caracóis]] é que durante sua formação, a concha calcária sofre uma [[distorção helicoidal]], girando para abrigar seu corpo e permitir que a cabeça possa ser puxada para dentro do manto de proteção<ref name=":4">CHAPMAN, Jenny. Biodiversity: the Abundance of Life. Cambrige. Cambridge University Press 1997. ISBN: 0521577942. (1997).
</ref>, evidentemente para se proteger de predadores. Acontece que, conforme gira durante sua fase larval, seu trato digestivo juntamente com o resto do [[Víscera|visceral]] também são submetidos a torção, torção em torno de 180 graus, de modo que o [[ânus]] do animal finda localizado acima da própria cabeça<ref>BARNES, Robert D. Zoologia de Invertebrados. Philadelphia, PA: Holt-Saunders International. pp. 348-364. <nowiki>ISBN 0-03-056747-5</nowiki>. (1982).</ref><ref name=":4" />.
 
=== A bolsa do coala abre-se para baixo ===
A [[coala]] é [[marsupial]] arborícola noturno, com até 85 cm de comprimento, que passa seus dias agarrado a troncos de árvores e que possui o [[marsúpio]] que se abre para baixo, em vez de para cima, como a dos [[Canguru|cangurus]]. A razão isso é um legado da história. Os coalas descendem de um ancestral parecido com o [[vombate]]<ref>DAWKINS, R. The greatest show on Earth: The evidence for Evolution. New York, NY: Free press, 2009.</ref>. Segundo Williams (2006), os coalas evoluíram de marsupiais escavadores como o vombate, que escavavam ninhos subterrâneos, a bolsa de seus ancestrais abrem-se para trás como resultado de proteção dos filhotes durante a escavação<ref>WILLIAMS, Robyn. Unintelligent design: why God isn’t as smart as she thinks she is. National Library of Australia. Ed. Allen & Unwin, <nowiki>ISBN 978 1 74114 923 4</nowiki>. (2006).
</ref>. A medida que os atuais coalas evoluíram, essa característica manteve-se como [[estrutura vestigial]].
 
=== O ferrão das abelhas ficam presos à vítima ===
O sistema de defesa das [[abelhas]] com ferrão ativo, torna sua defesa um ato suicida<ref name=":5">DAWKINS, R. O gene egoista. São Paulo: EDUSP. (1979).</ref>. Quando a abelha ferroa, o ferrão se desloca do abdômen, e, na maioria das vezes parte dos órgãos internos da abelha ficam na vítima e a abelha morre em seguida<ref name=":5" />. Isto acontece devido as estriações do ferrão que acabam fixando o ferrão no tecido picado<ref>WALKER, T. et al. Imaging diagnosis: acute lung injury following massive bee envenomation in a dog. Veterinary Radiology & Ultrasound, v.46, n.4, p.300-303, (2005).</ref>. A resposta evolutiva é que aparelho inoculador de veneno (ferrão) das abelhas e de outros indivíduos dessa [[ordem]] zoológica, foi derivado de um ovopositor modificado, o qual possui glândulas veneníferas anexas<ref>FIGHERA R. A.; SOUZA, T. M.; BARROS, C. S. L.; Acidente provocado por picada de abelhas como causa de morte de cães. Ciência Rural, Santa Maria, v.37, n.2, p.590-593. ISSN 0103-8478 (2007).</ref>.
 
== Referências bibliográficas ==