Observabilidade da evolução: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
HTPF (discussão | contribs)
m
Ricardo L1ma (discussão | contribs)
Ocorrências
Linha 1:
'''Observabilidade da evolução''' é a propriedade da [[evolução das espécies]] de poder ser observada em ação. A observação é uma das condições com que o filósofo [[Karl Popper]] discerne o caráter científico de um estudo ou [[teoria]]<ref>''Popper, Karl (1985) [Originally published 1976]. Unended Quest: An Intellectual Autobiography. La Salle, IL: Open Court. <nowiki>ISBN 0-08-758343-7</nowiki>. LCCN [https://lccn.loc.gov/85011430 85011430]. OCLC [https://www.worldcat.org/oclc/12103887 12103887].''</ref>. Por definição científica, o ato de observação pode ser descrito como a ação de observar, perceber ou notar atentamente ou por dados medidos, coletados, percebidos ou notados, especialmente durante uma experiência. Para confirmar a observabilidade da evolução é necessário que a mesma esteja enquadrada em algum desses métodos de [[observação]] científica. Muitas investigações científicas não envolvem experiências ou observação direta, desta forma, biólogos podem testar suas idéias sobre a história da vida na Terra, fazendo observações no mundo real.
 
O fato de que o processo evolutivo que originou a maioria das espécies atuais tenha ocorrido no passado não afeta a sua observação, pois o [[Fóssil|registro fóssil]] e outras abundantes evidências testemunham que os organismos evoluíram através do tempo. Embora ninguém tenha observado essas transformações diretamente, a evidência indireta é clara, inequívoca e convincente<ref>{{Citar periódico|ultimo=Rennie|primeiro=John|titulo=15 Answers to Creationist Nonsense|jornal=Scientific American|volume=287|numero=1|paginas=78–85|doi=10.1038/scientificamerican0702-78|url=https://www.scientificamerican.com/article/15-answers-to-creationist/|idioma=en}}</ref>. Em organismos com tempos de geração curtos (por exemplo, [[bactérias]] e [[vírus]]), é possível observar a evolução em ação ao longo de experimento[[Vírus|O]]experimentos<nowiki/>s.
 
==== Design Inteligente ====
Em uma ''carta ao editor'', um dos adeptos do movimento [[Design inteligente|Design Inteligente]] do [[Brasil]], abordou que a evolução que acontece em pequena escala, conhecida como [[microevolução]] pode ser observada na natureza e em [[laboratório]]. Na carta, alegou-se que o Design Inteligente não nega certo grau de evolução referente à adaptabilidade das espécies, como, por exemplo, pequenas modificações (microevolução) que geram variações biológicas limitadas dentro da mesma [[espécie]], e que podem ser observadas tanto na natureza quanto em laboratório<ref>{{Citar periódico|ultimo=Alves|primeiro=Everton Fernando|titulo=TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE|jornal=Clinical & Biomedical Research|volume=35|numero=4|paginas=250–251|doi=10.4322/2357-9730.59738|url=http://dx.doi.org/10.4322/2357-9730.59738}}</ref>.
 
== Ocorrências da Evolução observada ==
 
=== Evolução de Bactérias E. coli foi filmada<ref name=":0">{{Citar web|url=http://m.gizmodo.uol.com.br/bacterias-resistencia-antibiotico/|titulo=Timelapse mostra bactérias desenvolvendo resistência a antibióticos - Gizmodo Brasil|acessodata=2017-05-23|obra=m.gizmodo.uol.com.br}}</ref> ===
Pesquisadores da [[Harvard Medical School]] e do [[Technion|Instituto de Tecnologia de Israel‎]] produziram uma [[placa de Petri]] gigante e fizeram um [[Time-lapse|timelapse]] mostrando bactérias sofrendo [[Mutação|mutações]] e desenvolvendo resistência a um antibiótico. Durante duas semanas, eles observaram — e filmaram — como a bactéria morria, sobrevivia e se adaptava às condições adversas localizadas nas bordas dos perímetros da placa. O vídeo em timelapse mostra literalmente o processo evolutivo em curso — algo que normalmente permaneceria invisível aos olhos humanos. No décimo primeiro dia do experimento, as bactérias que migraram para o ponto com a maior concentração de antibióticos foram versões com mutações que conseguiram sobreviver a um antibiótico conhecido como [[Trimetoprim|trimetoprima]] numa dose mil vezes maior do que aquela que matou seus antepassados. E algumas bactérias adquiriram uma resistência 100 mil vezes maior ao [[ciprofloxacina]], outro antibiótico comum<ref name=":0" /><ref>{{Citar periódico|ultimo=Baym|primeiro=Michael|ultimo2=Lieberman|primeiro2=Tami D.|ultimo3=Kelsic|primeiro3=Eric D.|ultimo4=Chait|primeiro4=Remy|ultimo5=Gross|primeiro5=Rotem|ultimo6=Yelin|primeiro6=Idan|ultimo7=Kishony|primeiro7=Roy|data=2016-09-09|titulo=Spatiotemporal microbial evolution on antibiotic landscapes|jornal=Science|volume=353|numero=6304|paginas=1147–1151|issn=0036-8075|pmid=27609891|doi=10.1126/science.aag0822|url=http://science.sciencemag.org/content/353/6304/1147|idioma=en}}</ref>. - [http://m.gizmodo.uol.com.br/bacterias-resistencia-antibiotico/ Giz do Mundo].
 
== Referências Bibliográficas ==