Mário Ferreira dos Santos: diferenças entre revisões

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Mário Ferreira dos Santos nasceu em 3 de janeiro de 1907, na cidade de Tietê, em São Paulo. Seu pai, Francisco Dias Ferreira dos Santos, era dono de uma companhia teatral itinerante. Estabelecido em [[Pelotas]], no [[Rio Grande do Sul]], dedicou-se ao estudo do então nascente cinema e tornou-se um dos pioneiros dessa arte no Brasil. Seu curta-metragem de ficção ''[[Os Óculos do Vovô]]'' é o filme brasileiro mais antigo de que se tem notícia e traz o próprio Mário como ator infantil.<ref>{{citar web|título=OS OCULOS DO VÔVÔ|url=http://www.cinemateca.gov.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=FILMOGRAFIA&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=ID=001395&format=detailed.pft#1|obra=cinemateca brasileira|acessodata=18 de Janeiro de 2015}}</ref>
 
Apesar do [[anticlericalismo]] de seu pai,{{Carece de fontes}} Mário foi matriculado em um colégio jesuíta e em 1925 ingressou na [[Faculdade de Direito de Porto Alegre|Universidade Federal do Rio Grande do Sul]], no curso de [[Direito]], em que se formou em 1930. Passou a escrever em jornais de Pelotas e no [[Diário de Notícias]] e [[Correio do Povo]] de Porto Alegre. Como jornalista participou da [[Revolução de 1930]], e acabou na prisão pelas críticas feitas ao novo regime.<ref name=RevistaFilosofia>{{citar web |url=http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/18/artigo181426-1.asp|titulo=Por que reler Mário Ferreira dos Santos hoje?|acessodata=24 de dezembro de 2016}}</ref>
 
Em 1929 casou-se com Yolanda Duro Lhullier, com quem teve duas filhas, Yolanda e Nadiejda.{{Carece de fontes}}
 
No início dos anos 40 foi contratado como tradutor pela Livraria do Globo, em [[Porto Alegre]].{{Carece de fontes}} Mudando-se para São Paulo em 1945, continuou seu trabalho como tradutor na Editora Flama. Com dificuldades em publicar seus livros, fundou suas próprias editoras, a Logos S.A. e a Matese S.A. Foi pioneiro no sistema de venda de livro a crédito, vendidos de [[Venda porta a porta|porta em porta]].<ref name=teca>{{citar web |url=http://minhateca.com.br/andre.carvalho/Galeria/01.+FILOSOFIA+e+Conjuntura+Moderna+(ESPECIAL)/M*c3*a1rio+Ferreira+dos+Santos/Homens+que+voc*c3*aa+deveria+conhecer+(ART),614206933.pdf|titulo=MarioFerreiraDosSantos|acessodata=24 de dezembro de 2016}}</ref>
 
Como tradutor, Mario efetuou dezenas de traduções diretas do grego, do latim, do alemão e o francês, de obras dos mais variados filósofos clássicos, escolásticos, tomistas, modernos e contemporâneos. Dentre eles: [[Aristóteles]], [[Pitágoras]], [[Nietzsche]], [[Kant]], [[Pascal]], [[Santo Tomás]], [[Duns Scott]], [[Henri-Frédéric Amiel]] e [[Walt Whitman]].<ref name=RevistaFilosofia>{{citar web |url=http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/18/artigo181426-1.asp|titulo=Por que reler Mário Ferreira dos Santos hoje?|acessodata=24 de dezembro de 2016}}</ref>
 
== A filosofia de Mário Ferreira dos Santos ==
A partir de 1947 dedica-se unicamente à filosofia, a qual o manteria ocupado, e muito, por mais de vinte anos, lecionando durante todo esse tempo para alunos particulares e pequenos grupos.{{Carece de fontes}} Mário teve uma vida intelectual livre e independente, e fugiu a vida toda da burocracia acadêmica.{{Carece de fontes}} Viveu exclusivamente de sua advocacia, do magistério particular e como empresário editorial.
 
{{citação2|Nunca ocupei nenhum cargo em nenhuma escola, por princípio. Deliberei, desde os primeiros anos, tomar uma atitude que consiste em nunca disputar cargos que podem ser ocupados por outros. Sempre decidi criar o meu próprio cargo, a minha própria posição sem ter de ocupar o lugar que possa caber a outro. Eis por que não disputo, nunca disputei nem disputarei qualquer posição que possa ser ocupada por quem quer que seja.|Mário Ferreira dos Santos<ref name=RevistaFilosofia/>}}
 
A filosofia de Mário Ferreira é constantemente elogiada por sua forma e rigor de análise.{{Carece de fontes}} Assim como a maior parte dos grandes filósofos, parte de pressupostos aparentemente simples para chegar na resolução de problemas de ordem maior.{{Carece de fontes}}
 
Seu biógrafo, Luís Mauro Sá Martino, conta que "Havia um problema: praticamente não existiam livros sobre os assuntos aos quais ele se referia. Filosofia era um produto importado e caro. As obras filosóficas principais não estavam traduzidas e os textos em circulação, em sua maioria, eram precários." Nessa época, início dos anos 50, Mário Ferreira arquitetou uma obra de larga escala, a Enciclopédia das Ciências Filosóficas, na qual trataria da base filosófica de todas as áreas do conhecimento.
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Ao contrário de outros filósofos, preocupados apenas com a formulação dos pensamentos, Mário Ferreira pretendia ser lido e compreendido por todos. A Enciclopédia tinha uma clara intenção social. O objetivo era levar conhecimento ao povo e estimular a mentalidade filosófica da população. Como não havia sequer livros suficientes com os conceitos principais da filosofia, foi preciso começar do zero, construir as bases de um pensamento filosófico e, em seguida, expor sua filosofia original.
 
Seu trabalho foi voltado a escrever filosofia para o grande público, principalmente o nacional, buscando afirmar nossa independência e capacidade para desenvolvimento de uma inteligência filosófica brasileira. De acordo com o Mário, o brasileiro era um povo apto para uma Filosofia de caráter [[Ecumenismo|ecumênico]], que corresponda ao verdadeiro sentido com que foi criada desde o início.{{Carece de fontes}}
 
Segundo o filósofo, o brasileiro não poderia permanecer na situação de ser um povo que recebia todas as ideias vindas de todas as partes, que não poderia encontrar um caminho para si mesmo. Sendo assim, nós deveríamos criar este caminho. Sem esta visão positiva e concreta da Filosofia não seria possível solucionar os inúmeros problemas vitais brasileiros de sua época, porque a heterogeneidade de ideias e posições facilitavam a de soluções, das quais muitas não eram adequadas às necessidades do país.<ref name=RevistaFilosofia/>