Fragoso (Barcelos): diferenças entre revisões

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* '''Igreja Paroquial''' – Tem como orago S. Pedro em Antioquia, sede que ocupou antes de vir para Roma cuja festa que se celebra a 22 de Fevereiro. É citada pela primeira vez em ‘O Bispo D. Pedro’<ref>Avelino de Jesus da Costa, O Bispo D. Pedro e a Organização da Arquidiocese de Braga, 2ª Ed., Ed. da Irmandade de S. Bento da Porta Aberta, Vol. I, Braga, 1997.</ref> datado de 1080-1085. Encontrava-se no sítio da Currais/Seara, no entroncamento dos lugares da Goiva,Sá e Mámoa. Em finais do séc. XIV foi construída uma nova no lugar do Ruão/Casal de Bouça Má. A fachada e um campanário, três naves com quatro arcos por banda, sem tribuna e uma cobertura com telha sobre ripes constituíam a sua estrutura. Tendo começado a degradar-se, no princípio do séc. XX José Gonçalves Dias Neiva, natural de Fragoso e residente em Torres Vedras, Termas dos Cucos, ele, que já tinha oferecido à paróquia o cemitério em 1906, a expensas suas deu início à construção de uma nova igreja. Levantado o frontispício e a torre e construído o coro, com o advento da República, abandonou a obra com data de 1911. Assim ficou, até que em finais da década de 1920, com o resto da igreja já escorada, o Abade Joaquim Beirão, pároco de Fragoso de 1924 a 1963, e todos os Fragosenses continuaram a construção do corpo da igreja, de uma só nave, e capela-mor. A tribuna, estilo D. João V, foi comprada à Matriz de Caminha, monumento nacional, em virtude do IPAR estar a repor o traçado original. Custou 5 contos que, em dinheiro actual, corresponde a 25 Euros, e foi transportada em carros de bois. Os altares da Senhora do Livramento e da Senhora de Lurdes, estilo barroco, pertenciam à antiga igreja, e os dois laterais, que tinham sido da Igreja de S. Francisco, foram comprados ao Cónego Joaquim Gaiolas, Prior de Barcelos, por 12 contos, ou seja, 60 Euros. Na sua construção colaboraram também benfeitores como a Casa Espregueira e o P.e Joaquim Félix. Viria a ser benzida em 1936 pelo Arcebispo D. António Bento Martins Júnior<ref>De uma lápide que existia na Igreja. Vide também J. J. Saleiro Beirão, Abade Beirão, Biografia, e Obra Poética (e Genealogia), 2006, pág. 28. E sobre José Gonçalves Dias Neiva consultar internet.</ref>.
* '''Cruzeiro Velho'''  –  Em frente da Igreja, junto ao cemitério, encontra-se o cruzeiro paroquial, denominado cruzeiro velho. Está colocado sobre uma base quadrangular composta por quatro degraus, sendo o pedestal feito de uma só pedra. Nela se encaixa a base da coluna que é quadrangular, bem como o capitel. Sobre este está uma cruz latina simples. O ano que se lê no pedestal é de 1652. Trata-se de um dos exemplares mais antigos do Concelho<ref>Sebastião Matos, Cruzeiros e Alminhas de Barcelos, Barcelos, 1994, pág. 132.</ref>.
*'''Capelas''' – Houve várias capelas em Fragoso das quais já só reza a história: Santa Luzia em Guilhufe, e Senhora da Conceição, na Gandra (actual Rua D. Afonso Henriques, direcção Barroselas)<ref>Capela Sta Luzia: Arquivo Distrital de Braga, R. G., liv. 98, pp. 200v-217. Cap. Sra. Conceição: Ibidem, liv. 89, pp. 58-65. Da capela de S. Gonçalo não há registo, a não ser nas M. P. de 1758, e da de Santa Marta além da denominação de Casal de Santa Marta (1493), há testemunhos de José Martins da Cruz e de Henrique Queirós de Sá, relacionados com os alicerces que foram retirados do sítio onde se encontrava para suporte de uma conduta de água</ref>., Santa Marta, na Barrosa, e S. Gonçalo (da primeira só restam ruínas sob o Marco Geodésico. A imagem do Santo, segundo as Memórias Paroquiais de 1758 de Abade de Neiva foi levada para a igreja de Santa Maria de Abade de Neiva por degradação da capela. Encontra-se hoje na capela de Santo Amaro). Actualmente existem quatrocinco: Capela de SºJoão, S. Gonçalo (nova), Senhor do Calvário, Senhora da Conceição e Santo António da Espregueira. Esta capela pertence à Casa da Espregueira que é do género de casa nobre do Minho, de fachada simples e decoração barroca, construída entre 1774 e 1776 por António Martins dos Santos que obteve do Papa Pio VI importantes privilégios pessoais. A Capela foi agregada à Basílica de S. João de Latrão, em Roma, Sé do Papa, que lhe concedeu vários benefícios entre os quais o de altar privilegiado perpétuo quotidiano para todas as missas que nele se dissessem por defuntos. Muitas missas foram mandadas rezar nesta capela por famílias de Fragoso e das freguesias vizinhas, algumas por imposição testamentária. Sob o altar está depositado o corpo de S. Justino, mártir, trazido das catacumbas de Santa Ciríaca<ref>Notícia das Muitas Graças e Indulgências Concedidas pelo Papa Pio VI à Capela de Santo António de Lisboa fundada pelo seu Padroeiro António Martins dos Santos na sua Quinta da Espragueira…, Oficina de F. Luís Ameno, Lisboa, 1785. Vide também António Júlio Trigueiros, S. J., ''A Casa da Espregueira'', in Jornal de Barcelos, Fragoso, Fascículo 39, pág. 14, e mesmo a internet.</ref>.
*'''Ponte sobre o Rio Neiva''' – Embora, na origem, possa tratar-se de uma ponte romana, o restauro da actual remonta aos séculos XVI-XVII. Esta ponte está referida no Tombo da Ermida de S. Vicente de Fragoso de 1493-94<ref>J. J. Saleiro Beirão, Tombos da Igrejas de Fragoso, 2008, pág. 127.</ref>. Por aqui passava uma via romano-medieval que ligava Barca do Lago (Gemeses), a Barco do Porto (Cardielos/Serreleis)<ref>Carlos Alberto Ferreira de Almeida, Arquitectura Romana Entre Douro e Minho, Dissertação de Doutoramento em História da Arte, Porto, 1978, pág. 158.</ref> De notar que em Barca do lago havia uma barca por Deus, ou seja, paga por benfeitores. Aqui fazia escala a Mala-Posta e passavam peregrinos de Santiago de Compostela<ref>Adélio Marinho Macedo e José António Figueirdo, As Barcas de Passagem do Cávado, a Juzante de Prado, Museu Regional de Cerâmica, Barcelos, 1966, pág. 12.</ref>. Seguindo esta via de perto, ou mesmo decalcando-a, foi construída no século XIX a Estrada Real Nº. 305 que passou a ligar Barca do Lago a Âncora, pela ponte de Fragoso e travessia do Rio Lima por barca no sítio da Passagem (Moreira de Geraz do Lima-Lanheses). Era pela ponte de Fragoso que ainda em 1840 passava a estrada de Barcelos a Viana<ref>Acta da Câmara de Barcelos, 1840.10.03, Cota 02-46, fl. 23v.</ref>. Com a construção de uma nova ponte, inaugurada em 1994, a ponte velha, denominada ‘da Espregueira’ passou a ponte pedonal.
 
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==Comércio e serviços==
*Bares, super-mercados, farmácia, centro social e paroquial, clínica, extensão de saúde, posto de bombeiros, centro paroquial, infantário, escola básica, estação de serviço, serviço de mecânica e pintura, entre muitas outras coisas.
 
==Desporto==