Princípio da exclusão competitiva: diferenças entre revisões

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== Histórico ==
[[Ficheiro:Lei de Gause.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|[[c:File:Lei_de_Gause.jpg|Resultados do experimento conduzido por Gause, que marca a evolução dos estudos sobre o princípio da exclusão competitiva. (RICKLEFS, 2010)]] |339x339px]]
Em 1934, o ecólogo russo Georgy Gause, aos 22 anos de idade, fez experimentos que garantiriam embasamento científico ao princípio da exclusão competitiva, inicialmente descrita por Volterra no ano de 1926. Em seu experimento, Gause cultivou duas espécies de protistas - ''Paramecium aurelia'' e ''Paramecium caudatum'' - separadamente e com os mesmos recursos disponíveis. O resultado observado foi o crescimento e estabelecimento de uma população estável de ambas as espécies. Porém, ao cultivá-las juntas, a ''P. caudatum'' foi levada a extinção. A espécie de [[protista]] ''P. aurelia'' possuía um crescimento populacional mais rápido que a ''P. caudatum'', tal característica deu uma vantagem evolutiva para ela no uso dos recursos limitantes. Comprovando que as duas espécies dependentes de um mesmo recurso não podem existir simultaneamente, sendo que o competidor menos adaptado será eliminado.<ref> GAUSE, G. F. ''The Struggle for Existence''. Zoological Institute: Malaia Bronnaia. November 1934. Disponível em: <http://www.ggause.com/Contgau.htm>. Acesso em: 02 jul. 2017.</ref>
 
A denominação "exclusão competitiva" foi dada por Hardin em 1960.
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=== Mecanismos de coexistência ===
Essas modificações são objeto de estudos para pesquisadores que propõem mecanismos de coexistência alternativos. Dois desses pesquisadores foram Haig e Maynard Smith (1972). Eles defendiam que em determinadas condições duas espécies podem coexistir predando uma mesma, se, preferencialmente, os estágios de vida do animal predado forem diferentes. Os estudos sobre esse assunto são complexos pois os sistemas naturais sofrem influências de fatores importantes que culminam na coexistência das espécies. <ref>Peroni, Nivaldo. Ecologia de populações e comunidades / Nivaldo Peroni e Malva Isabel Medina Hernández – Florianópolis : CCB/EAD/UFSC, 2011. 123 p. : il. inclui bibliografia. Licenciatura em Ciências Biológicas na Modalidade a Distância do Centro de Ciências Biológicas da UFSC)</ref>
 
Mecanismos que atuam diminuindo a sobreposição dos nichos ecológicos (aumentam as diferenças nos nichos da espécies) são conhecidos como '''estabilizadores''', enquanto os mecanismos que atuam diminuindo a competitividade entre os competidores são chamados de '''equalizadores.'''
 
Os estudos sobre esse assunto são complexos pois os sistemas naturais sofrem influências de fatores importantes que culminam na coexistência das espécies. boa parte dos modelos clássicos são simplistas, não levando em consideração o espaço nem as mudanças no ambiente, assumindo que os sistemas são contínuos e homogêneos <ref>Peroni, Nivaldo. Ecologia de populações e comunidades / Nivaldo Peroni e Malva Isabel Medina Hernández – Florianópolis : CCB/EAD/UFSC, 2011. 123 p. : il. inclui bibliografia. Licenciatura em Ciências Biológicas na Modalidade a Distância do Centro de Ciências Biológicas da UFSC)</ref>
 
=== Repartição de recursos ===