Guerra Civil Portuguesa (1832-1834): diferenças entre revisões

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Após a morte de D. João VI, a regência foi confiada à [[Isabel Maria de Bragança, regente de Portugal|Infanta Isabel Maria de Bragança]] que nomeou D. Pedro, então Imperador do Brasil, como sucessor. Em [[1826]], D. Pedro aclamou-se [[Lista de monarcas de Portugal|Rei de Portugal]] como [[Pedro IV de Portugal]], mas, como a [[constituição brasileira de 1824]] impedia que governasse ambos os países, e não fazendo caso das fundacionais leis monárquicas do Reino de Portugal, abdicou um direito que não tinha um mês depois na filha [[Maria II de Portugal|D. Maria da Glória]] (indo também aqui contra as regras de sucessão e de abdicação), uma menina de sete anos, até esta cumprir a idade necessária para casar com [[Miguel I de Portugal|D. Miguel]], que, entretanto, com a perda de direitos de D. Pedro, se tinha tornado o legítimo sucessor de D. João VI.
 
Em abril de 1826, D. Pedro "reviu" a [[Constituição de 1822]], e retornou aao PortugalBrasil impondo no trono a D. Maria da Glória e fazendo do seu irmão Miguel [[Regência (sistema de governo)|regente]]. D. Miguel, exilado após ter liderado duas defesas contra o ataque dos liberais, embora contra a vontade de seu pai (que temia novas tentativas dos liberais e mações que havia conseguido impor a constituição) - a [[Vilafrancada]] e a [[Abrilada]] - voltou do dito exílio e assumiu a regência em nome da sobrinha. Em [[23 de Junho]] de [[1828]], depois de preparadas as condições de retirar a opressão que os liberais e maçonaria estavam a fazer, as Cortes aclamaram finalmente como legítimo sucessor D. Miguel, rei de Portugal, deixando clara perante todos a sua legitimidade como herdeiro do trono e ilegítimos todos os actos praticados por D. Pedro em relação a Portugal após a "declaração da independência" no Brasil, e com grande alegria para o Povo em geral. A base para esta decisão foram as [[Leis Fundamentais do Reino]], conhecidas como "Côrtes de Lamego" e o costume secular, que à data se encontravam em vigor por serem as leis fundamentais de Portugal, e à luz das quais D. Pedro e os seus descendentes tinham perdido o direito à Coroa a partir do momento em que, por um lado, aquele príncipe se tornara soberano de um estado estrangeiro ([[Brasil]]) e, por outro, levantara armas contra [[Portugal]].
 
== A nova constituição ==