República: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Spqrstone.jpg|thumb|direita|200px|''[[Senatus Populusque Romanus]]'']]
[[Imagem:Maccari-Cicero.jpg|thumb|300px|[[Senado romano]] reunido na [[Cúria Hostília]].]]
Há vários estados da [[Antiguidade clássica]] que, pelos parâmetros atuais, podemos considerar ''repúblicas'', como é o caso das [[cidades-estados]] deda [[Grécia Antiga]], como [[Atenas]] e [[Esparta]],<ref name=Rahe>{{Citar livro|nome=Paul A |sobrenome=Rahe |título=Republics, Ancient and Modern |idioma=inglês |local=Chapel Hill |editora=University of North Carolina Press |ano=1994 |volumes=3 }}</ref> bem como da própria [[República Romana]]. No entanto, a estrutura e o modo de governo desses estados eram consideravelmente diferentes dos que iríamos encontrar bem mais tarde, na [[Idade Moderna]].<ref>{{citar enciclopédia|último =RENO |primeiro =Jeffrey |enciclopédia=International Encyclopedia of the Social Sciences |título=Republic }}</ref> Há, inclusive, uma controvérsia entre os estudiosos da matéria sobre se há ou não um ''continuum'' histórico entre as repúblicas clássica, medieval e moderna.<ref name=Ideas/> Por um lado, o [[historiador]] J.G.A. Pocock, que tem desempenhado um papel central neste debate,<ref name=Ideas/> argumenta que há uma tradição republicana própria que se estende do mundo clássico até ao presente.<ref name=Pocock>{{Citar livro|nome=J.G.A |sobrenome=Pocock |título=The Machiavellian Moment |subtítulo=Florentine Political Thought and the Atlantic Republican Tradition |idioma=inglês |edição=nova |ano=2003 }}</ref> Paul Rahe, pelo contrário, argumenta que as repúblicas clássicas tinham uma forma de governo com poucas semelhanças com a de qualquer república moderna.<ref name=Rahe/>
 
Seja como for, parece inegável que a [[filosofia política]] das repúblicas clássicas teve uma influência central no pensamento republicano ao longo dos séculos seguintes. Uma série de escritores clássicos discutiram formas de governo alternativas à monarquia em obras que filósofos e políticos posteriores — como [[Maquiavel]], [[Montesquieu]], [[John Adams|Adams]] e [[James Madison|Madison]] — acabaram por considerar fundacionais sobre a natureza das repúblicas.
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Ao longo do século XX, a maioria das repúblicas socialistas e comunistas adotaram [[economias planificadas]]. No entanto, houve algumas exceções: a [[União Soviética]] durante a década de 1920 e a Jugoslávia após a [[Segunda Guerra Mundial]] permitiram um mercado limitado e um grau de [[autogestão]] dos trabalhadores; enquanto a [[China]], o [[Vietname]] e o [[Laos]] introduziram profundas reformas económicas após a [[década de 1980]].
 
No início da década de 1990, a grande maioria estesdestes países fizeram acompanhar o processo de [[Perestroika|abertura económica]] e [[Glasnost|política]] dos seus regimes do abandono destes qualificativos, passando simplesmente a designarem-se por "repúblicas". Há, no entanto, estados na atualidade que, não sendo propriamente marxistas-leninistas, usam termos como "democrática", "popular" e "socialista" nos títulos oficiais dos países. São exemplos disto a [[Argélia]] (República Argelina Democrática e Popular); o [[Bangladesh]] (República Popular do Bangladesh); a [[Líbia]] (Grande República Socialista Popular Árabe da Líbia); [[São Tomé e Príncipe]] (República Democrática de São Tomé e Príncipe) e [[Timor-Leste]] (República Democrática de Timor-Leste).
 
=== Repúblicas islâmicas ===
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Designa-se por [[presidencialismo]] o [[sistema de governo]] no qual o chefe de Estado é também [[chefe de governo]]. Num sistema presidencial completo, o presidente desempenha o papel político central e detém uma autoridade considerável. Os Estados Unidos foram o primeiro exemplo de um tal sistema que serviu de base ao modelo adotado noutros países, como na [[França]] e no [[Brasil]].
 
Noutros estados, a legislatura domina e o papel do presidente é pouco mais do que cerimonial e apolítico, como na [[Alemanha]], e na [[Índia]]. Esses estados são [[república parlamentarista|repúblicas parlamentaristas]] e funcionam de forma semelhante às [[monarquia constitucional|monarquias constitucionais]] com [[parlamentarismo|sistemas parlamentaristas]], onde o poder do monarca é também extremamente circunscrito. Nos sistemas parlamentares, o chefe de governo, na maioria das vezes intitulado ''[[primeiro-ministro]]'', exerce o maior poder político real.
 
Nos [[semipresidencialismo|sistemas semipresidencialistas]] o chefe de governo e o chefe de Estado compartilham em alguma medida o poder executivo, participando, ambos, do quotidiano da administração do Estado. Difere do parlamentarismo por apresentar um chefe de Estado com prerrogativas que o tornam muito mais do que uma simples figura protocolar ou mediador político; difere, também, do presidencialismo por ter um chefe de governo com alguma medida de responsabilidade perante o legislativo. Em [[França]], o presidente define a política externa, em [[Portugal]], o presidente tem menos poder, tendo poder de vetar leis e dissolver a Assembleia.
 
As regras para a nomeação do presidente e do líder do governo, em algumas repúblicas permitem a nomeação de um presidente e de um primeiro-ministro com convicções políticas opostas: emna França, quando os membros do governo e o presidente vêm de fações políticas opostas, esta situação chama-se ''[[coabitação]]''. Em alguns países, como na [[Suíça]] e em [[San Marino]], o chefe de Estado não é uma única pessoa, mas sim um conselho. A [[República Romana]] tinha dois [[Cônsul (Roma Antiga)|cônsules]], nomeados por um ano.
 
=== Eleição ===