Fila-brasileiro: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Fila brasileiro no nordeste do Brasil.jpg|thumb|235x235px|Obra apresentada pelo príncipe Maximilian zu Wied-Neuwied no início do
século XIX. Se trata de cães da raça fila brasileiro auxiliando vaqueiros a capturar um boi bravio.]]
Primeira raça brasileira a ser reconhecida internacionalmente pela [[FCI]], em [[1940]] o fila brasileiro é um personagem anônimo da [[História do Brasil]] desde os tempos do descobrimento, quando ajudou os colonizadores na conquista do território brasileiro, seja protegendo as comitivas dos [[Bandeirantes]] de ataques de [[Povos indígenas do Brasil|nativos]] e de [[Onça-pintada|onças]] ou [[suçuarana]]s, e até mesmo foi usado pelos colonizadores para recapturar [[Escravidão no Brasil|escravos]] fugitivos.<ref name="ReferenceC">do Vale, Procópio & Monte, Enio; "Grande Livro do Fila Brasileiro Quatro Séculos da História do Brasil"; ISBN 852130059X; Editora Ver Curiosidades; 1981</ref>[[Ficheiro:Filas brasileiros de orelhas cortadas, acuando onça..jpg|thumb|234x234px|Gravura. Cães Fila de orelhas cortadas(que podem ser o brasileiro, ou o [[cão de fila de são miguel]]) acuando uma onça-pintada.]]Historicamente, os filas sempre estiveram presentes em todas as regiões do território brasileiro, mas a rota dos [[tropeiro]]s(levando mercadorias do interior do território para o litoral) influenciou entre outras coisas a maior presença desta raça em determinadas regiões. Os tropeiros sempre tinham suas comitivas protegidas por filas, com isto sua incidência sempre foi maior nas regiões [[centro-oeste do Brasil|centro-oeste]] e [[Sudeste do Brasil|sudeste]], principalmente em [[Minas Gerais]]<ref name="ReferenceC">do Vale, Procópio & Monte, Enio; "Grande Livro do Fila Brasileiro Quatro Séculos da História do Brasil"; ISBN 852130059X; Editora Ver Curiosidades; 1981</ref> e em [[Mato Grosso]]. Mas, algumas gravuras do início do [[século XIX]], apresentadas pelo príncipe [[Maximilian zu Wied-Neuwied]], atestam que esta raça já estava presente também no [[nordeste brasileiro]] desde esta época.<ref>sítio eletrônico Portal São Francisco < http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fila-brasileiro/fila-brasileiro.php>. Acessado em 6/11/2010.</ref> Uma destas gravuras mostra vaqueiros vestidos com chapéus e roupas de couro(característicos desta região) perseguindo um boi sendo auxiliados por um fila, que na época eram chamados na época de "cabeçudos", "onceiros" ou "boiadeiros". Em outra gravura, o príncipe relata o fato no sul da [[Bahia]], onde segundo ele, quatro cães de orelhas cortadas, com grande porte e formato corporal retangular(característico do fila) estão acuando uma onça em cima de uma árvore.
 
O fila brasileiro teve seu apogeu nas décadas de [[década de 1970|1970]] e [[década de 1980|1980]], quando era uma das raças com maior número de registros. Nesta mesma época, criadores tentaram mudar o padrão oficial da raça para abrandar o temperamento agressivo contra estranhos que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior. Uma escolha que hoje em dia é polêmica, já que alguns criadores acreditam que o fila é um cão necessariamente com ojeriza a estranhos, mas muito dócil com a família e crianças. Outros também concordam que ele é muito dócil com a família e crianças, mas preferem um temperamento de guarda mas brando, onde o cão não aceitaria uma invasão territorial, mas aceitaria uma visita acompanhada de seu dono. O fato é que nesta época a palavra "ojeriza" foi substituída por "aversão", mantendo o mesmo significado na expressão "possui aversão a estranhos" em seu padrão oficial.