Disforia de gênero: diferenças entre revisões

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Ross ''et al.''<ref>Ross MW, Walinder J, Lundstrom B, Thowe I. Cross-cultural approaches to transsexualism. A comparison between Sweden and Australia. ''Acta Psychiatr Scand''. 1981;63:75-82.</ref> encontraram na [[Austrália]] uma prevalência total de 1:42.000, sendo 1:24.000 de transexuais masculinos, 1:150.000 de transexuais femininos e uma proporção de 6,1:1 a favor dos transexuais masculinos. Além disso, referem uma incidência de 0,58:100.000 habitantes e uma proporção de 5:1 entre homens e mulheres.
 
Já em [[CingapuraSingapura]] os números encontrados por Tsoi<ref name="TSOI 1988">Tsoi WF. The prevalence of transsexualism in Singapore. ''Acta Psychiatr Scand''. 1988;78:501-4.</ref> foram de 35,2:100.000 no total, de 1:2.900 de transexuais masculinos e 1:8.300 de transexuais femininos, uma proporção de 3:1 a favor dos transexuais masculinos.
 
Na [[Holanda]], Eklund ''et al.''<ref>Eklund PLE, Gooren LJG, Bezemer PD. Prevalence of transsexualism in the Netherlands. ''Br J Psychiatry''. 1998;152:638-40.</ref> apresentaram valores de 1:18.000 de transexuais masculinos e 1:54.000 de transexuais femininos e uma proporção de 3:1 de transexuais masculinos em relação aos femininos, o que difere em números absolutos de outra pesquisa realizada no mesmo país por Bakker ''et al.'', que revelou 1:11.900 transexuais masculinos, 1:30.4000 transexuais femininos e uma proporção de 2,5:1 de transexuais masculinos em relação aos femininos.
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Alguns autores,<ref name="COHEN-KETTENIS VAN GOOZEN 1997">{{ref-artigo|autor=Cohen-Kettenis PT, Van Goozen SHM |título=Sex reassignment of adolescent transsexuals: a follow-up study |publicação=J Am Acad Child Adolesc Psychiatry |ano= 1997 |número=36 pp.263-271|volume=2|id= ISBN}}</ref><ref name="SMITH 2002">{{ref-artigo|autor=Smith, YLS.; Cohen, L.; Cohen-Kettenis, P.T |título=Postoperative psychological functioning of adolescent transsexuals: a Rorschach study |ano=2002 |publicação=Archives of Sexual Behavior |volume=31 pp.255-261 |número=3 |id=0004-0002 ISSN}}</ref> estudando transexuais masculinos adolescentes após a cirurgia de redesignação sexual, chegam à conclusão de que a disforia diminui consideravelmente e que o funcionamento psíquico e social são adequados após a cirurgia. A utilização do [[teste de Rorschach]] confirma as afirmações de estabilização psíquica e social após a cirurgia.
 
Para os transexuais masculinos, vários autores,<ref name="BLANCHARD 1989">{{ref-artigo|autor=Blanchard R, Steiner BW, Clemmensen LH, Dickey R |título=Prediction of regrets in postoperative transsexuals |publicação=Can J Psychiatry |ano= 1989 |número=34 pp.43-45 |volume= |id= ISBN}}</ref><ref name="SNAITH TARSH REID 1993">{{ref-artigo|autor=Snaith P, Tarsh MJ, Reid R |título=Sex reassignment surgery: a study of 141 dutch transsexuals |publicação=Br J Psychiatry |ano= 1993 |número=162 pp.681-685 |volume= |id= ISBN}}</ref><ref name="TSOI 1993">{{ref-artigo|autor=Tsoi WF |título=Follow-up study of transsexuals after sex-reassignment surgery |publicação=Singapore Med J |ano= 1993 |número=34 pp.515-517 |volume= |id= ISBN}}</ref><ref name="RAKIC 1996">{{ref-artigo|autor=Rakic, Z.; Starcevic, V.; Maric, J.; Kelin, K |título=The outcome of sex reassignment surgery in Belgrade: 32 patients of both sexes |ano=1996 |publicação=Archives of Sexual Behavior |volume=25 pp.515-525 |número=5 |id=0004-0002 ISSN}}</ref><ref name="REHMAN 1999">{{ref-artigo|autor=Rehman, J.; Lazer, S.; Benet, AE.; Schaefer, L.; Melman, A |título=The reported sex and surgery satisfactions of 28 postoperative male-to-female transsexual patients |ano=1999 |publicação=Archives of Sexual Behavior |volume=28 pp.71-84 |número=1 |id=0004-0002 ISSN}}</ref> em vários países ([[Canadá]], [[Holanda]], [[CingapuraSingapura]], [[Iugoslávia]], [[Estados Unidos]]), revelam alto grau de satisfação após a cirurgia. Seja em relação anatômica ou [[estética]], seja social, relacional, afetiva, ou mesmo na adoção de crianças. Um pequeno número se mostra insatisfeito (cerca de 10%), mas geralmente ligado a uma má preparação para a cirurgia, ou mesmo questões de erro diagnóstico.
 
Em relação aos transexuais femininos, McCauley e Ehrhardt<ref name="McCAULEY EHRHARDT 1984">{{ref-artigo |autor=McCauley E, Ehrhardt AA |título=Follow-up of females with gender identity disorders |publicação=J Nerv Ment Dis |ano=1984 |número=172 pp.353-358 |volume=6 |id= ISBN}}</ref> demonstram em um grupo acompanhado por até nove anos após a avaliação inicial que, em seguida a uma triagem diagnóstica bem feita, um processo psicoterapêutico efetivo e cirurgias feitas com sucesso, o índice de satisfação apresentado é alto e se materializa em relacionamento estável, emprego e adoção. Contudo, relembram sempre da necessidade de avaliação psicoterapêutica pós-cirúrgica e da precisão diagnóstica.