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Apaixonado por livros, colecionou-os ao longo de sua vida e montou o terceiro maior acervo sobre o Brasil, perdendo somente para a [[Biblioteca Nacional do Brasil]] e para a biblioteca da [[Universidade de São Paulo]]. A ''Biblioteca Oliveira Lima'', situada na Universidade Católica de [[Washington]], [[Estados Unidos]], tem 58 mil livros além de correspondência trocada com intelectuais, mais de seiscentos quadros e incontáveis álbuns de recortes com notícias de jornais. Faz parte da coleção ainda um dos três bustos de ''dom'' [[Pedro I do Brasil|Pedro I]] esculpido por Marc Ferrez (tio do [[Marc Ferrez|fotógrafo homônimo]]), o único dos três feito em bronze.
==Biografia==
Oliveira Lima começou a
Formou-se
Foi encarregado de negócios da primeira missão diplomática brasileira no [[Japão]]. Em 1901 deu parecer contrário ao projeto brasileiro de recebimento de [[Imigração japonesa no Brasil|imigrantes japoneses]]. Escreveu então ao Ministério das Relações Exteriores alertando sobre o perigo de o brasileiro se misturar com "raças inferiores"<ref name="suzuki">[http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2004200804.htm SUZUKI Jr, Matinas. História da discriminação brasileira contra os japoneses sai do limbo ''in'' Folha de S.Paulo, 20 de abril de 2008(visitada em 17 de agosto de 2008)]</ref>.
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Chegou a ser falado para a embaixada brasileira em [[Londres]] mas o Senado não aprovou sua indicação. Oliveira Lima era mal-visto pelo governo britânico por defender que o ideal de que o Brasil permanecesse neutro na [[Primeira Guerra Mundial]] e por sua proximidade intelectual com a Alemanha.
Também fez inimigos dentro do país, em parte por não aprovar a atitude expansionista da República em situações como a anexação do [[Acre]] realizada pelo [[Barão do Rio Branco]].
Oliveira Lima sempre gostou de ler e escrever. Parte de sua fama de germanófilo vem dos elogios que dedicou a obras de filosofia alemãs quando era crítico literário. Foi autor do terceiro livro brasileiro sobre o Japão, publicado em 1903. A biografia que escreveu sobre o rei [[Dom (título)|D.]] [[João VI de Portugal|João VI]] é tida como uma das principais obras sobre essa figura histórica. Também foi amigo de escritores, sendo que era íntimo de [[Gilberto Freyre]] e trocara cartas
Em
Em 1924 tornou-se professor de Direito Internacional na Universidade Católica da América. No mesmo ano foi apontado professor honorário da [[Faculdade de Direito do Recife]].
Morreu em 1928 e foi enterrado no cemitério Mont Olivet, Washington. Em sua lápide não consta seu nome, mas a frase "''Aqui jaz um amigo dos livros''".
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* Historia diplomatica do Brazil: O Reconhecimento do Imperio {{ebook|29377}}
O
A rainha Carlota Joaquina, Carlota Joaquina de Bourbon, ou neste caso a Carlota Joaquina de Oliveira Lima (utilizo este termo, pois a relato a partir da visão e dos estudos do intelectual Lima), veio morar no Brasil, juntamente com o seu esposo Dom João VI, em 1808. O rei e a rainha que aqui me refiro casaram-se em 1790. A partir da data de chegada no Brasil presenciasse no imaginário brasileiro e já presenciado pelo espanhol e português uma mulher com desejos e vontades inúmeras e também com feitio de causar conflitos em meio a relações políticas diplomáticas. Seria esta rainha, segundo Oliveira Lima, a responsável pela difamação de Dom João VI. Ela foi capaz de aumentar ou gerar novas complicações à monarquia portuguesa. No olhar do autor aqui tratado, Oliveira Lima, o maior desejo ou um dos maiores desejos da rainha Carlota Joaquina era ocupar o lugar do rei, ou seja, de seu marido, Dom João VI. Não seria ela uma mulher que nascera para ser uma princesa consorte. É uma mulher da realeza com traços masculinizados e com atitudes que não cabiam a sua ossada, dotada de uma alma masculina. Carlota Joaquina foi tão terrível que conseguiu implantar no ideário da política diplomática que seu esposo endoidecera como sua mãe, D. Maria I e isso fez com que os conselheiros repensassem a autoridade sobre o trono das terras brasileiras. Era vista como uma mãe “alucinada” e uma mulher “impudica”. Importante ressaltar que D. Carlota tivera filhos e em meio a estes encontrasse o Dom Miguel, considerado por ela o filho predileto e muito dócil. Em muitas cartas de D. Carlota à D. João VI são redigidas de forma irônica o chamando muitas vezes de queridinho do meu coração. Algumas destas cartas podem ser encontradas no arquivo do Museu Imperial no Rio de Janeiro e também no livro “Carlota Joaquina cartas inéditas” escrita pela historiadora e escritora Francisca Azevedo.
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[[Categoria:Patronos da Academia Pernambucana de Letras]]
[[Categoria:Membros da Academia Brasileira de Letras]]
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