Substituição de importações: diferenças entre revisões

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A substituição das importações se refere a um modelo de planejamento a favor da [[industrialização tardia]] de caráter meramente [[capitalista]]. Foi implantado em muitos países da [[América Latina]], como o [[Brasil]], o [[México]], a [[Argentina]] e na [[África]], a [[África do Sul]]. Cabe ressaltar que, em cada país, o modelo apresenta particularidades internas, referentes aos (não muito) diferentes contextos político-sociais. Suas principais idéias são '''"Produzir internamente tudo aquilo que antes era importado ou aquilo que iríamos importar"''', fomentando a indústria nacional.
 
Tais países viram na industrialização por substituição de importações a grande chance para evoluírem tecnológica e socialmente, pois seus políticos apostavam que o Estado poderia investir em obras de [[infraestrutura]], [[saneamento básico]], melhorias paliativas na educação, saúde, segurança, transporte público, ou seja, preparar espaços geográficos - cidades e [[regiões metropolitanas]]- para as futuras empresas que se instalariam na [[Grande São Paulo]], no [[Grande Rio de Janeiro]], na [[Grande Porto Alegre]], [[Zona Franca de Manaus]], [[Baixada Santista]] etc.
 
Aproveitando para explorar uma grande quantidade de mão-de-obra barata e desqualificada, as [[transnacionais]] se instalaram e se beneficiaram de políticas de [[incentivo fiscal|isenções de tributos]], sem a pressão de [[sindicato]]s, leis ambientais ou conflitos étnicos. Tais países, grande territorialmente e ricos em [[recursos minerais]] e [[recursos energéticos|energéticos]], conseguiram avançar tecnologicamente mas ficariam à mercê das decisões externas do [[FMI]] e do [[BIRD]] e das oscilações do [[mercado externo]] que ditavam de fora os passos para o tratamento das [[política social|políticas sociais]].