Rabeca: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Adicionei informações sobre a tradição de rabeca (objeto da página em questão) na Zona da Mata de Pernambuco (Brasil), que não constava no texto.
Etiquetas: Possível conteúdo ofensivo Editor Visual
Linha 19:
O tocador encosta a rabeca no [[braço]] e no [[peito]], friccionando suas cordas com arco de [[crina]], untado no [[Breu (burseráceas)|breu]]. Juntamente com a [[viola]], é um instrumento tradicional dos cantadores [[nordestino]]s. Muitas pessoas confundem a '''rabeca''' com o [[violino]], apesar de não terem o mesmo som e timbre.
 
EmNo litoral de [[São Paulo]], e do Paraná a '''''rabeca caiçara''''' é usada em [[folgança]]s ouno [[fandango]], na [[Festa_do_divino|folia-do-divino]] etc. No interior de São Paulo e em Minas Gerais, a rabeca é tocada no [[moçambique]], nas [[congada]]s, na [[dança-de-são-gonçalo]] e na [[Folia_de_Reis|folia-de-reis]].

No nordesteNordeste foi popularizada por bandas locais, onde também é fabricada por gente simplesartesões do interior de [[Alagoas]], como [[Nelson da Rabeca]]. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, a rabeca foi o primeiro instrumento melódico utilizado no forró. Só posteriormente, com a [[Imigração alemã ao Brasil|imigração dos alemães]], é que a [[sanfona]] foi difundida por todo o Brasil e introduzida na música nordestina. E por ser um instrumento com mais recursos musicais, pois é um instrumento melódico e harmônico (ao contrário da rabeca que é apenas melódico), a sanfona teve maior aceitação.
 
No estado de Pernambuco e em algumas regiões da Paraíba a rabeca também foi muito utilizada em bailes de forró, e ainda o é, ainda que diferentemente de como foi no passado. Na Zona da Mata Norte de Pernambuco, o folguedo do Cavalo-Marinho é o bastião da tradição de rabeca na região, e nesse brinquedo (como os que realizam o Cavalo-Marinho o chamam), circulam ótimos tocadores, ótimos construtores do instrumento (ainda que hoje tal presença tenha diminuído em relação a como foi há poucas décadas atrás) e que não são só de Pernambuco, mas também de outros estados, que visitam a região para aprender com mestres desses saberes que envolvem a rabeca como é feita por lá.
 
A tradição de rabeca em Pernambuco é bastante singular, tanto no que se refere ao fazer do instrumento como do tocar do mesmo. E guarda, pra além das semelhanças, bastante diferenças com as tradições como as do litoral de São Paulo/Paraná (rabeca caiçara) e as da região norte do país, por exemplo. Grandes referências na construção do instrumento na região da zona da mata de Pernambuco, no passado e/ou hoje em dia, são: Mané Pitunga (já falecido), Dinda Salu, Wilfred Amaral, Zé de Nininha, dentre outros. Grandes tocadores formados nessa região, no passado e/ou hoje em dia, são: Siba (do grupo Mestre Ambrósio), Renata Rosa, Totó da Rabeca, Mestre Antônio Teles (já falecido), Mestre Luiz Paixão, Mestre Salustiano (já falecido), Maciel Salú, Zé Aives (já falecido), dentre outros.
 
Na [[Região Norte do Brasil|região Norte]], a rabeca é usada nas festividades de [[São Benedito]]. Na cidade de [[Bragança (Pará)|Bragança]], onde destaca-se como o principal instrumento da festa, é tocada desde [[1978]] pelo mestre Zito no período de 18 a 31 de dezembro. Músicas como retumbão, [[Baiano (dança)|chorado]], [[xote]], [[mazurca]] e contra-dança fazem parte do repertorio da festa, mais conhecida com o nome de [[Marujada]].