Pedro Alexandre: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Ricardo L1ma (discussão | contribs)
→‎2002 - Na trilha da vaquejada: Correção de formatação 2
Ricardo L1ma (discussão | contribs)
Linha 158:
 
=== Coronéis e Cangaceiros ===
Segundo informações extraídas do '''''Seminário Carirí do Cangaço''''' em [[Piranhas]] - Alagoas, desde os testemunhos orais aos relatos dos historiadores, firmou-se o entendimento de que [[Lampião]] sempre gostou de bandear para o sertão sergipano. A verdade é que o Capitão se sentia bem na proximidade de amigos como o '''Coronel João Maria de Carvalho''' (da '''Serra Negra''', município baiano vizinho a Poço Redondo) e Teotônio Alves China, o China do Poço. Certamente não acoitava aos pés dos serrotes baianos por causa de Zé Rufino e seu quartel-general também na Serra Negra. Então permanecia nas terras de Poço Redondo.<ref name=":11">Rangel Alves da Costa, Poço Redondo o Verdadeiro Museu do Cangaço, Seminário Carirí Cangaço, 2015.</ref> A história da morte do cangaceiro Antônio Ferreira faz referência da presença de lampião na Serra Negra. Trecho:<blockquote>
{{cita|''"Em janeiro de '''1927''', os cangaceiros Antônio Ferreira, Jurema e mais outros estavam jogando baralho na fazenda Poço do Ferro, quando um dos indivíduos tentou levantar da rede apoiando a coronha da espingarda no chão, a arma acidentalmente disparou atingindo matando o cangaceiro Antônio. <u>Lampião estava na Serra Negra</u> e quando foi avisado correu pra saber da verdadeira história. O cangaceiro Jararaca queria matar os cangaceiros que estavam no lugar, Lampião não aceitou e por isso discutiram, por fim Jararaca deixou a companhia de Lampião e seguiu outro rumo."''}}<ref name=":11" /blockquote></blockquote>
[[Ficheiro:Serra Negra - Aos ventos que virão.png|miniaturadaimagem|372x372px|Imagem do filme '''Aos ventos que virão''']]
[[Serra Negra]] na Cena do filme '''Aos Ventos que Virão'''.[[Ficheiro:Liberato de Carvalho.jpg|miniaturadaimagem|
Liberato De Carvalho
]]]]
O filme [[Aos ventos que virão]] do diretor [[Hermano Penna]], baseado na história de José Francisco do Nascimento, ou ainda cangaceiro '''Cajazeira''' no bando de Lampião, um moço de Poço Redondo. A partir da grandiosidade da história, o filme propôs refletir sobre as aspirações, perseguições e injustiças envoltas na pessoa do ex-cangaceiro Zé de Julião/Cajazeira, após a chacina da [[Virgulino Ferreira da Silva|Gruta de Angico]] e o seu futuro entrecortado por extremas situações. Em sua história real, o cangaceiro se viu por várias encurralado pela justiça. Quando a ordem de prisão foi prontamente expedida. A polícia procurava-o por todo canto, mas ele manteia-se escondido no município baiano de '''Serra Negra''' e sob a proteção do poderoso '''coronel João Maria'''. Contudo, tempos depois foi cercado pela polícia sergipana e preso.<ref>{{Citar web|url=http://www.jornaldodiase.com.br/noticias_ler.php?id=6905|titulo=O filme e o fato (O Verdadeiro Zé de Julião) - Jornal do Dia|acessodata=2016-12-25|obra=www.jornaldodiase.com.br}}</ref>
 
De sua Serra Negra, João Maria enviava ordens, dava instruções, recebia missivas de governantes. Servindo como também um conselheiro, não era raro que as decisões políticas importantes somente fossem tomadas após o seu parecer ou aval. Protegeu desde Lampião ao desvalido ex-cangaceiro Cajazeira perseguido pela polícia. Em outra ocasião, Lampião buscou refúgio e proteção na Serra Negra: Após o trágico episódio de [[Canindé de São Francisco|Canindé]], quando o cangaceiro Zé Baiano deixou os rostos de três mocinhas marcados com <u>ferro em brasa</u>, Lampião foi buscar sossego numa propriedade de suas propriedades. Diante da repercussão do fato, sabia que a polícia logo estaria no seu encalço e também que não havia lugar melhor para se acoitar senão sob os auspícios do poderoso baiano. E também porque sabia que um dos comandantes da perseguição seria justamente '''Liberato de Carvalho''', irmão de João Maria seu protetor.<ref name=":10" /> Segundo Costa (2008) relata em sua obra '''''O Sertão de Lampião''''', os perseguidos pela polícia epor entidades da justiça como Leandro Maciel, não pensavam duas vezes senão correr para a proteção do coronel.
 
=== Combate de Maranduba ===
Em princípios de janeiro de '''1932''', houve uma grande batalha da '''Fazenda Maranduba''' no povoado '''Cipó de leite''', fazenda de Propiedade do Coronel João Maria. Nesta batalha, Lampião e seus cangaceiros foram vitoriosos ao derrotar uma numerosa força militar, integrada por famosos combatentes contra o cangaço. Sobrando vivos somente Auréliano de Souza Nogueira e Seu Irmão Hercilio de Souza Nogueira, no combate também morreu um terceiro irmão dos Nogueiras com Apenas 16 anos de idade. Na opinião de um destacado militar, o Tenente Manoel Neto, da [[força pernambucana]], em Maranduba “ele nunca tinha visto tanta bala como viu ali”. A intensidade do tiroteio travado entre Lampião e o seu bando e as forças militares foi de tal intensidade que um contemporâneo dos acontecimentos registrou o fato de que<ref name=":12">SouzaSOUZA, Jovenildo Pinheiro de. [https://books.google.com.br/books?id=TMOrngEACAAJ&dq=Sert%C3%A3o+Sangrento:+Luta+e+Resist%C3%AAncia&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj1z8qV16DYAhWBC5AKHd3IBiMQ6AEIKDAA Sertão Sangrento: Luta e Resistência,]. Pernambuco,Editora Nação Cultural,. Pernambuco. 2012
</ref>: <blockquote>''“uma coisa que foi muito comentada e com curiosidade, foi que no local em que aconteceu o fogo de Maranduba, durante vários anos, das árvores e dos matos rasteiros não ficaram folhas. Tudo era preto, como se tivesse passado um grande fogo. As árvores ficaram completamente descascadas de cima abaixo, de balas”.''</blockquote>
Tal como em outras batalhas, Lampião preparou uma emboscada com o objetivo de liquidar, de uma só vez, todo o efetivo militar. Mais uma vez, os chefes da força policial subestimaram a competência de Lampião e acreditaram que a superioridade que detinham em homens e armas seria um fator de desequilíbrio na batalha. Alguns historiadores admitem, apenas, de que, no final das contas, houve “perdas“''perdas humanas tanto entre os cangaceiros como entre as forças volantes, porém com maior prejuízo para estas ...”'' para tentar "minimizar" a vitória obtida por Lampião depois de uma feroz batalha.
[[Ficheiro:Liberato de Carvalho.jpg|miniaturadaimagem|343x343px|Liberato de Carvalho durante a Batalha de Maranduba]]
Tal como em outras batalhas, Lampião preparou uma emboscada com o objetivo de liquidar, de uma só vez, todo o efetivo militar. Mais uma vez, os chefes da força policial subestimaram a competência de Lampião e acreditaram que a superioridade que detinham em homens e armas seria um fator de desequilíbrio na batalha. Alguns historiadores admitem, apenas, de que, no final das contas, houve “perdas humanas tanto entre os cangaceiros como entre as forças volantes, porém com maior prejuízo para estas ...” para tentar "minimizar" a vitória obtida por Lampião depois de uma feroz batalha.
 
== Aparições na Literatura e Mídia ==
Linha 211 ⟶ 214:
 
===== 2002 - Na trilha da vaquejada =====
O álbum ''Na trilha da vaquejada'' é uma obra de Vavá Machado e Léo Costa gravada pela a Gravadora Mega Music em 2002<ref>Vavá Machado e Léo Costa. '''Vaqueiro progressista'''. Álbum: Na trilha da vaquejada. Faixa 15. Gravadora Mega Music. 2002.</ref>. Aparição na faixa "vaqueiro progressista":{{cita|''"[...] No ano de noventa e quatro deixou sua região, parou em '''Pedro Alexandre, na Bahia, no sertão'''. Pedro Alexandre em noventa e seis, honrando o que ele fez deu a ele a eleição, ele é prefeito, é vaqueiro é defensor do sertão [...] Pedro Alexandre é a princesa das campinas do sertão, tem pega de boi no mato, tem corrida de mourão tem a missa do vaqueiro, onde Petrônio é guerreiro na sua reformação, Pedro Alexandre você não sai do meu coração”coração.”'' (VAVÁ & LEO, 2002, faixa 15).
}}
 
=====2005 - Lampião: a medicina e o cangaço : aspectos médicos do cangaceirismo =====
O livro ''[https://books.google.com.br/books/about/Lampi%C3%A3o.html?id=SQosAAAAYAAJ&redir_esc=y Lampião: a medicina e o cangaço: aspectos médicos do cangaceirismo]'' é uma obra de Leandro Cardoso Fernandes e Antônio Amaury Corrêa de Araújo publicada pela Traço Editora em 2005<ref>FERNANDES, Leandro Cardoso; ARAÚJO, Antonio Amaury Corrêa de. [https://books.google.com.br/books/about/Lampi%C3%A3o.html?id=SQosAAAAYAAJ&redir_esc=y Lampião: a medicina e o cangaço: aspectos médicos do cangaceirismo]. 3° Edição. Traço Editora. São Paulo. 2005. Pag.145.
 
</ref>. Trecho:
=====2008 - O Sertão de Lampião =====
{{cita|''"Antes de seguirem viagem rumo ao sul do país, deixando para trás o palco cinzento de tantas lutas, Corisco e Dadá foram ter com o Coronel João Maria, nas proximidades da '''Serra Negra - BA''', que, a pedido do cangaceiro, trouxera um barbeiro para cortar-lhe a loira cabeleira. Os cabelos compridos, marca registrada dos bandoleiros, poderiam, fatalmente, denunciar sua verdadeira identidade durante a fuga. O barbeiro deixou-lhe, então, com a aparência de um cidadão comum."'' (FERNADES & ARAÚJO, 2005, p.145).}}
 
===== 2008 - O Sertão de Lampião =====
O livro O sertão de Lampião é uma obra de Alcino Alves Costa publicada pela Editora Expressão Gráfica em 2008<ref>COSTA, Alcino Alves. '''O Sertão de Lampião'''. Editora Expressão Gráfica. Brasil. 2008. 418 p.</ref>:
{{cita|''"Ali (na '''Serra Negra'''), naquela ocasião, estavam homiziados os homens mais valentes do PSD de Sergipe: Zeca da Barra, Tonho Pequeno, Pititó, Josafá e os ‘Ceará’, destemidos políticos de Ribeirópolis e da Cruz do Cavalcanti. Todos eles escorraçados do vizinho Estado pela polícia e jagunços da UDN de Leandro Maciel."'' (COSTA, 2008).}}
=====2012 - Sertão Sangrento: Luta e Resistência =====
O livro ''[https://books.google.com.br/books?id=TMOrngEACAAJ&dq=Sert%C3%A3o+Sangrento:+Luta+e+Resist%C3%AAncia&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj1z8qV16DYAhWBC5AKHd3IBiMQ6AEIKDAA Sertão Sangrento: Luta e Resistência]'' é uma obra de Jovenildo Pinheiro de Souza publicada pela Editora Nação Cultural em 2012<ref name=":12" />.
 
=====2013 - Guerreiros do Sol: Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil =====
O livro [https://books.google.com.br/books?id=J3EgBQAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=Guerreiros+do+Sol:+Viol%C3%AAncia+e+Banditismo+no+Nordeste+do+Brasil&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjYlfSw1aDYAhWDhpAKHRJuBg8Q6AEIKDAA#v=onepage&q=Guerreiros%20do%20Sol%3A%20Viol%C3%AAncia%20e%20Banditismo%20no%20Nordeste%20do%20Brasil&f=false ''Guerreiros do Sol: Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil''] é uma obra de Frederico Pernambuco de Mello e Gilberto Freyre publicada pela Editora A Girafa em 2013<ref>MELLO, Frederico Pernambuco de; FREYRE, Gilberto. [https://books.google.com.br/books?id=J3EgBQAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=Guerreiros+do+Sol:+Viol%C3%AAncia+e+Banditismo+no+Nordeste+do+Brasil&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjYlfSw1aDYAhWDhpAKHRJuBg8Q6AEIKDAA#v=onepage&q=Guerreiros%20do%20Sol%3A%20Viol%C3%AAncia%20e%20Banditismo%20no%20Nordeste%20do%20Brasil&f=false Guerreiros do Sol: Violência e Banditismo no Nordeste do Brasil]. 5° edição. Editora A Girafa. São Paulo. 2013. Pag.291. ISBN: 9788563610058
 
</ref>. Trecho:
{{cita|''"Liberato de Carvalho, sertanejo baiano que chegaria ao generalato no Exército e que, como vimos, veio a ser elevado, por conta do acordo de 1935, à condição de chefe de comando geral unificado das operações contra o banditismo no Nordeste, figurava entre os amigos secretíssimos de Lampião. Amizade sólida, vale registrar. De seu irmão, fazendeiro João Maria de Carvalho, chefe político de '''Serra Negra, Bahia''', sempre se soube ser amigo e protetor de bandidos, especialmente de Lampião e seus cabras, com uma atividade de coiteiro bastante intensa, como consta deste livro. Quanto a Liberato, seus laços in pectore com o Rei do Cangaço são nada menos que estarrecedores."'' (MELLO & FREYRE, 2013, p.291).}}
 
=====2014 - Aos ventos que virão: Ainda seremos o que sonhamos =====