Evolução como fato e teoria: diferenças entre revisões

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: ''Um fato é uma hipótese que está tão firmemente apoiada por evidências de que assumimos e agimos como se fosse verdade.'' &#x2014;Douglas J. Futuyma<ref name=":0" />
No sentido de que a evolução é esmagadoramente validada pelas evidências, é um fato. É frequentemente dito ser um fato, da mesma forma como a translação da Terra ao redor do Sol é um fato<ref name=":0" /><ref>DAWKINS, Richard; COYNE, Jerry (2005). '''''One side can be wrong'''''. The Guardian. London: Guardian Media Group.</ref>. A seguinte citação do artigo de [[Hermann Muller|Hermann Joseph Muller]], "''Cem Anos Sem o Darwinismo São o Suficiente''", explica o ponto.
: ''Não há nenhuma linha nítida entre a especulação, hipótese, teoria, princípio e fato, mas apenas uma diferença ao longo de uma escala, no grau de probabilidade da ideia. Quando dizemos que uma coisa é um fato, então, só podemos dizer que sua probabilidade é extremamente alta: tão alta que não estamos preocupados com a dúvida e estamos prontos para agir de acordo. Agora, no presente, o uso do termo fato, o único adequado, a evolução é um fato.''<ref name=":3">{{Citar periódico|ultimo=Muller|primeiro=H. J.|data=1959-04-01|titulo=One Hundred Years Without Darwinism Are Enough*|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1949-8594.1959.tb08235.x/abstract|jornal=School Science and Mathematics|lingua=en|volume=59|numero=4|paginas=304–316|doi=10.1111/j.1949-8594.1959.tb08235.x|issn=1949-8594}}</ref>
A [[Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos|Academia Nacional de Ciências]] (EUA), faz uma observação semelhante:
: ''Cientistas costumam usar a palavra "fato" para descrever uma observação. Mas os cientistas também podem usar o fato para significar algo que já foi testado ou observado tantas vezes que não há mais uma razão convincente para continuar testando ou procurando exemplos. A ocorrência de evolução, neste sentido, é um fato. Os cientistas já não se questionam se a descendência com modificação ocorreu porque as evidências que sustentam a ideia são bastante fortes.''<ref name=":4">National Academy of Sciences (1999). '''''Science and Creationism: A View from the National Academy of Sciences''''' (2nd ed.). Washington, D.C.: National Academy Press. <nowiki>ISBN 0-309-06406-6</nowiki>. LCCN 99006259. OCLC 43803228. </ref>
Stephen Jay Gould também ressalta que "Darwin enfatizou continuamente a diferença entre suas duas grandes e separadas realizações: estabelecer o fato da evolução e propor uma teoria - seleção natural - para explicar o mecanismo da evolução<ref>GOULD 1981, citing Darwin, Charles (1871). '''''The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex'''''. [S.l.: s.n.] pp. 152–153 The book is available from The Complete Work of Charles Darwin Online. </ref>." Estes dois aspectos são frequentemente confundidos. Os cientistas continuam a argumentar sobre determinado explicações ou mecanismos de trabalho em instâncias específicas de uma evolução, mas o fato de que a evolução ocorreu, e ainda ocorre, é indiscutível.
 
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A [[Teoria|definição científica]] da palavra "teoria" é diferente da definição da palavra no uso da [[wiktionary:colloquial|linguagem coloquial]]. No vernáculo, "teoria" pode referir-se a adivinhações, simples conjecturas, a uma [[opinião]], ou uma especulação que não precisa se basear em fatos e não precisa fazer predições testáveis para se enquadrar.
 
Em ciência, no entanto, o significado de teoria é mais rigoroso. Uma teoria científica é "''uma explicação bem fundamentada de algum aspecto do mundo natural que pode incorporar fatos, [[Lei (ciência)|leis]], inferências e [[Hipótese|hipóteses]] testadas''.<ref name=":4" (-)/>." Teorias são formadas a partir de hipóteses que foram submetidas repetidamente a testes de evidências que tentam refuta-las ou [[Falseabilidade|falsea]]-las. No caso da evolução através da seleção natural, Darwin concebeu a hipótese em torno de 1839, e fez um primeiro esboço do conceito três anos mais tarde, em 1842. Ele discutiu isso amplamente com muitos de seus companheiros intelectuais e realizou pesquisas adicionais em segundo plano para seus outros escritos e trabalhos. Após anos de desenvolvimento, ele finalmente publicou a sua teoria e suas evidências no ''[[A Origem das Espécies|Origem das Espécies]]'' em 1859.<ref>{{Citar (periódico|ultimo=Wyhe|primeiro=John van|data=2007-05-22|titulo=Mind the gap: did Darwin avoid publishing his theory for many years?|url=http://rsnr.royalsocietypublishing.org/content/61/2/177|jornal=Notes and Records|lingua=en|volume=61|numero=2|paginas=177–205|doi=10.1098/rsnr.2006.0171|issn=0035-)9149}}</ref>
 
A "teoria da evolução" é, na verdade, uma rede de teorias que criou o [[programa de pesquisa]] de biologia. Darwin, por exemplo, propôs cinco diferentes teorias em sua formulação original, que incluiu explicações mecanicistas para:
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# [[Especiação]]
# [[Seleção natural]]
# [[Origem comum]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bock|primeiro=W. J.|data=2007-05-01|titulo=Explanations in evolutionary theory1|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1439-0469.2007.00412.x/abstract|jornal=Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research|lingua=en|volume=45|numero=2|paginas=89–103|doi=10.1111/j.1439-0469.2007.00412.x|issn=1439-0469}}</ref>
# [[Origem comum]] (-)
Desde os tempos de Darwin, a evolução tornou-se um corpo bem suportado de instruções interligadas que explicam as numerosas observações empíricas no mundo natural. As teorias evolucionistas continuam a gerar predições testáveis e explicações sobre organismos vivos e fossilizados.<ref>{{Citar (periódico|ultimo=Fitzhugh|primeiro=Kirk|data=2008-01-01|titulo=Fact, theory, test and evolution|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1463-6409.2007.00308.x/abstract|jornal=Zoologica Scripta|lingua=en|volume=37|numero=1|paginas=109–113|doi=10.1111/j.1463-6409.2007.00308.x|issn=1463-6409}}</ref><ref>WILSON, Edward O. (1998). [[:en:Consilience_(-book)|Consilience: The Unity of Knowledge]]. New York: Knopf. <nowiki>ISBN 0-679-45077-7</nowiki>. LCCN 97002816. OCLC 36528112</ref>
 
A teoria [[Filogenia|filogenética]] é um exemplo da teoria da evolução. Baseia-se na premissa evolutiva de uma sequência descendente de genes, populações ou espécies ancestrais. Os indivíduos que evoluem estão ligados entre si através laços históricos e genealógicos. [[Árvore filogenética|Árvores filogenéticas]] são hipóteses que são inferidas através da prática da teoria filogenética. Elas retratam as relações entre os indivíduos que podem se especiar e divergir uns dos outros. O processo evolutivo de [[especiação]] cria grupos que estão ligados por [[monofilia]]. As espécies herdam características, que são então transmitidas para os descendentes. Biólogos evolucionistas utilizam métodos [[Sistemática|sistemáticos]] e avaliam a teoria filogenética para observar e explicar as mudanças nas espécies ao longo do tempo. Estes métodos incluem a coleta, medição, observação e mapeamento de características para as árvores evolutivas. A teoria filogenética é usada para testar as distribuições independentes de características e suas diferentes formas para fornecer explicações dos padrões observados em relação à sua história evolutiva e biologia<ref>{{Citar livro|url=http://doi.wiley.com/10.1002/9781118017883|título=Phylogenetics: Theory and Practice of Phylogenetic Systematics, Second Edition (-) (Wiley - Wiley Online Library|ultimo=Wiley|primeiro=E. O.|ultimo2=Lieberman|primeiro2=Bruce S.|lingua=en|doi=10.1002/9781118017883}}</ref><ref>SCHUH, Randall T. (2000). '''''Biological Systematics: Principles and Applications'''''. Ithaca, NY: Cornell University Press. <nowiki>ISBN 0-8014-3675-3</nowiki>. LCCN 99042377. OCLC 42027466</ref>. A [[teoria neutralista da evolução]] é usada para estudar a evolução como um modelo nulo contra o qual os testes de seleção natural possam ser aplicados.
 
== A evolução como teoria e fato na literatura ==
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=== A evolução como fato ===
* O zoólogo americano e paleontólogo [[George Gaylord Simpson]] zoólogo americano e paleontólogo, declarou que "''Darwin... finalmente e definitivamente estabelecida a evolução como um fato''."(-)<ref>ROBINSON, Bruce A. '''''Is the theory of evolution merely a 'theory'?.''''' Religioustolerance.org. Kingston, Ontario: Ontario Consultants on Religious Tolerance. Consultado em 18 de outubro de 2007</ref>
* [[Hermann Joseph Muller]] escreveu: "''Tão enorme, ramificante e consistente, a evidência da evolução tornou-se que, se alguém pudesse agora refuta-la, eu deveria ter a minha concepção da ordem do universo tão abalada que levaria a duvidar até mesmo da minha própria existência. Se quiser, então, vou conceder-lhe que, em um sentido absoluto evolução não é um fato, ou melhor, não é mais um fato de que você está ouvindo ou lendo estas palavras.''"<ref name=":3" />
* [[Kenneth Miller|Kenneth R. Miller]] escreve, "''a evolução é tanto um fato como qualquer coisa que conhecemos na ciência''."<ref>MILLER, Kenneth R. (-2007) [Originally published 1999; New York: Cliff Street Books]. '''''Finding Darwin's God: A Scientist's Search for Common Ground Between God and Evolution'''''. New York: Harper Perennial. <nowiki>ISBN 978-0-06-123350-0</nowiki>. LCCN 99016754. OCLC 813854733</ref>
* [[Ernst Mayr]] observou, "''A teoria básica de evolução tem sido confirmada tão completamente que os biólogos modernos consideram a evolução simplesmente um fato. De outra forma, exceto pela palavra evolução, podemos designar a seqüênciasequência de faunas e floras em estratos geológicos precisamente datados? E a mudança evolutiva é simplesmente um fato, devido às alterações no conteúdo genético de geração em geração''."<ref>MAYR, Ernst (-1988). '''''Toward a New Philosophy of Biology: Observations of an Evolutionist.''''' Cambridge, MA: Belknap Press of Harvard University Press. <nowiki>ISBN 0-674-89665-3</nowiki>. LCCN 87031892. OCLC 17108004</ref>
 
=== A evolução como fato ''e'' teoria ===
"Fato" é comumente usado para se referir às mudanças observáveis nos traços dos organismos ao longo de gerações enquanto a palavra "teoria" é reservada para os mecanismos que causam essas mudanças:
* Escrita em 1930, oO biólogo [[Julian Huxley]] escreve em 1930, o direto do terceiro livro da ampla série ''The Science of Life'', que lida com o registro fóssil e a evidência de estruturas de plantas e animais, ''O Fato Incontestável da Evolução''. Ele também diz que a "''Seleção Natural (...) não é uma teoria, mas um fato. Mas não é...é suficiente para dar conta de todo o espetáculo da Evolução?...Aí chegamos à questão especulativa, para as teorias." ''Mas ele conclui que'' "as amplas posições do Darwinismo re-emergem a partir de uma análise das mais exigentes classificações essencialmente inalteradas.''"<ref>WELLS, H. G.; HUXLEY, Julian; WELLS, G. P. (-1931) [Originally published 1929–1930]. '''''The Science of Life'''''. Garden City, NY: Doubleday, Doran & Company, Inc. LCCN 31003561. OCLC 968712.</ref>''.''" Em 1932, foi republicado o livro com uma parte, sob o título ''de '''Evolução, de Fato e Teoria'''''.
* [[Stephen Jay Gould]] escreve, ".''..a evolução é uma teoria. E também um fato. E fatos e teorias são coisas diferentes, não degraus em uma hierarquia crescente de certezas. Os fatos são os dados. As teorias são as estruturas de idéias que explicam e interpretam os fatos. Os fatos não desaparecem quando os cientistas debatem teorias rivais para explicá-los. A teoria da gravitação de [[Albert Einstein|Einstein]] substituiu [[Isaac Newton|Newton]], mas as maçãs não suspender-se no ar, enquanto aguardavam o resultado. E os seres humanos evoluíram a partir de ancestrais símios quer fizessem isso pelo mecanismo proposto por Darwin ou por algum outro, ainda a ser descoberto''."<ref>GOULD, Stephen Jay (-1981). '''''Evolution as Fact and Theory'''''. Discover. Waukesha, WI: Kalmbach Publishing. 2 (5): 34–37.</ref>
* Da mesma forma, o biólogo [[Richard Lenski]] diz, "''o conhecimento científico exige tanto fatos quanto teorias que possam explicar esses fatos de forma coerente. A evolução, neste contexto, é tanto um fato e uma teoria. É um fato incontestável que os organismos mudaram, ou evoluíram, ao longo da história da vida na Terra. E biólogos identificaram e investigaram os mecanismos que podem explicar os principais padrões de mudança''."<ref>LENSKI, Richard E. (-2000). '''''Evolution: Fact and Theory'''''. actionbioscience. Washington, D.C.: American Institute of Biological Sciences.</ref>
* O biólogo [[:en:T._Ryan_Gregory|T. Gregory Ryan]] aponta, "''os biólogos raramente fazem referência 'a teoria da evolução,' referindo-se simplesmente à 'evolução' (isto é, o fato de descendência com modificação) ou 'teoria da evolução' (isto é, o corpo de explicações cada vez mais sofisticado para o fato da evolução). A evolução é uma teoria no sentido científico apropriado significa que há tanto um fato da evolução a ser explicado quanto um quadro mecanicista bem-suportado para explicar isso''."<ref>{{Citar (periódico|ultimo=Gregory|primeiro=T. Ryan|data=2008|titulo=Evolution as Fact, Theory, and Path|url=https://evolution-)outreach.springeropen.com/articles/10.1007/s12052-007-0001-z|jornal=Evolution: Education and Outreach|lingua=En|volume=1|numero=1|paginas=46|doi=10.1007/s12052-007-0001-z|issn=1936-6434|acessodata=}}</ref>
 
=== A evolução como fato e ''não'' teoria ===
Outros comentaristas – com foco nas mudanças, em espécie, ao longo de gerações e, em alguns casos ancestralidade comum – enfatizaram o peso das evidências de apoio, que a evolução é um fato, argumentando que o uso do termo "teoria" não é útil:
* [[Richard Lewontin]], escreveu, "''é hora dos estudantes do processo evolutivo, especialmente aqueles que tenham sido mal interpretado e usado pelos criacionistas, afirmar claramente que a evolução é <span>fato</span>, e não da teoria.''"<ref>{{Citar (periódico|ultimo=Lewontin|primeiro=R. C.|data=1981-09-01|titulo=Evolution/Creation Debate: A Time for Truth|url=https://academic.oup.com/bioscience/article-abstract/31/8/559/376022?redirectedFrom=fulltext|jornal=BioScience|lingua=en|volume=31|numero=8|paginas=559–559|doi=10.1093/bioscience/31.8.559|issn=0006-)3568}}</ref>
* [[Douglas Joel Futuyma|Douglas J. Futuyma]] escreve em ''Biologia Evolutiva'' (1998), "''A afirmação de que os organismos desceram com modificações de antepassados comuns - a realidade histórica da evolução - não é uma teoria. É um fato, tão completo quanto o fato da translação terrestre sobre o sol''"<ref (-)name=":0" />
* [[Richard Dawkins]] diz, "''Uma coisa que todos os verdadeiros cientistas acordam é o fato da própria evolução. É um fato que somos primos de gorilas, cangurus, estrelas do mar, e as bactérias. A evolução é tanto um fato como o calor do sol. Não é uma teoria, e por piedade, vamos parar de confundir ingenuamente e chama-la filosoficamente assim. A evolução é um fato.''"<ref>DAWKINS, Richard (-2005).[http://www.naturalhistorymag.com/htmlsite/master.html?http://www.naturalhistorymag.com/htmlsite/1105/1105_feature1.html The Illusion of Design]. Research Triangle Park, NC: Natural History Magazine, Inc. Natural History. 114 (9): 35–37.
 
* Neil Campbell escreveu em 1990 em seu livro de biologia, "''Hoje, quase todos os biólogos reconhecem que a evolução é um fato. O termo teoria não é mais apropriado, exceto quando se refere aos vários modelos que tentam explicar como a vida evolui... é importante entender que as questões atuais sobre como a vida evolui de modo algum implicam em qualquer desacordo sobre o fato da evolução''." (-)
</ref>
* [[Nell Campbell|Neil Campbell]] escreveu em 1990 em seu livro de biologia, "''Hoje, quase todos os biólogos reconhecem que a evolução é um fato. O termo teoria não é mais apropriado, exceto quando se refere aos vários modelos que tentam explicar como a vida evolui... é importante entender que as questões atuais sobre como a vida evolui de modo algum implicam em qualquer desacordo sobre o fato da evolução''."<ref>CAMPBELL, Neil A. (-1990). '''''Biology''''' 2nd ed. Redwood City, CA: Benjamin Cummings. <nowiki>ISBN 0-8053-1800-3</nowiki>. LCCN 89017952. OCLC 20352649</ref>
 
=== A evolução como conjunto de teorias e ''não fato'' ===
BiólogoO biólogo evolucionista [[Kirk J. Fitzhugh]]<ref>NATURAL (HISTORY MUSEUM. [https://nhm.org/site/research-)collections/polychaetous-annelids/research-studies Recent Research by J. Kirk Fitzhugh, Ph.D]. Polychaetous Annelids Research Studies. Los Angeles, CA: Natural History Museum of Los Angeles County.</ref> escreve que os cientistas deve ser cautelosos para descrever "com cuidado e correção" a natureza da investigação científica em um momento em que a biologia evolutiva está sendo atacada por criacionistas e proponentes de design inteligente. Fitzhugh escreve que, enquanto os fatos são estados de natureza, as teorias representam esforços para conectar esses estados de ser por relações causais:<blockquote>"<span id="cxmwwA" tabindex="0">'</span>''A evolução' não pode ser uma teoria e um fato. As teorias são conceitos que estabelecem relações de causa-efeito. Independentemente da certeza da utilidade de uma teoria para prover a compreensão, seria epistemologicamente incorreto afirmar qualquer teoria como sendo também um fato, dado que as teorias não são objetos a serem discernidos pelo seu estado de existência''."</blockquote>Fitzhugh reconhece que o debate "teoria" versus "fato" é de semântica. No entanto, ele afirma que referir-se à evolução como um "fato" é tecnicamente incorreto e distrai-se do objetivo primário da ciência, que é adquirir continuamente o entendimento causal através da avaliação crítica de nossas teorias e hipóteses ". Fitzhugh conclui que a "certeza" da evolução "não fornece base para elevar qualquer teoria ou hipótese evolutiva ao nível de fato."<ref>{{Citar (periódico|ultimo=Fitzhugh|primeiro=Kirk|data=2008-)01-01|titulo=Fact, theory, test and evolution|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1463-6409.2007.00308.x/abstract|jornal=Zoologica Scripta|lingua=en|volume=37|numero=1|paginas=109–113|doi=10.1111/j.1463-6409.2007.00308.x|issn=1463-6409}}</ref>
 
O dr. [http://www.nsta.org/publications/press/stopfakingit.aspx O dr. William C. Robertson] escrevendo para a ''National Science Teachers Association'' cita: "''Ouvi muitos cientistas afirmarem que a evolução é um fato, muitas vezes em resposta à afirmação de que é apenas uma teoria. A evolução não é um fato. Ao invés de alegar, acho que cientistas seria melhor servido concordar que a evolução é uma teoria e, em seguida, proceder a explicar o que é uma teoria - uma explicação coerente que sofre testes constantes e, muitas vezes, revisão ao longo de um período de tempo.''" <ref>ROBERTSON, William C. (-2009). '''''Answers to Science Questions from the Stop Faking It!''''' Guy (em inglês). [S.l.]: NSTA Press. <nowiki>ISBN 9781936137992</nowiki>
 
</ref>
 
== Relacionados com os conceitos e terminologia ==
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</span><span class="trans-verified-button goog-toolbar-button" id="t-served-community-button" role="button" aria-hidden="true" style="display: none;" unselectable="on"><span class="jfk-button-img" unselectable="on"></span></span></div></div><div id="gt-edit" style="display: none;"><div style="width: 100%;"><textarea name="edit-text" tabindex="0" class="goog-textarea" id="contribute-target" style="height: auto; padding-right: 20px;" dir="ltr" spellcheck="false" rows="1" wrap="SOFT" autocorrect="off" autocomplete="off" autocapitalize="off"></textarea><div class="clear-button goog-toolbar-button" id="gt-clear" role="button" aria-hidden="true" style="right: 0px; display: none;" aria-label="Limpar texto" data-tooltip="Limpar texto" data-tooltip-align="t,c" unselectable="on"><span class="jfk-button-img" unselectable="on"></span></div></div></div><div id="gt-res-tools"><div id="gt-res-tools-l"><div id="gt-pb-star"><div tabindex="0" class="goog-toolbar-button goog-inline-block trans-pb-button" role="button" aria-hidden="false" aria-label="Salvo" data-tooltip="Salvo" data-tooltip-align="t,c" unselectable="on"><span class="jfk-button-img" unselectable="on"></span></div></div></div></div>
| autor = '''''Graham Bell (2008)'''''
| posição = right
| largura = 25%
| citado = 1
}}
* A "prova" de uma teoria tem diferentes significados na ciência. A prova existe nas [[ciências formais]], como uma [[prova matemática]], onde expressões simbólicas podem representar [[Conjunto infinito|conjuntos infinitos]] e leis científicas com definições precisas e resultados dos termos. A prova tem outros significados à medida que desce das suas raízes latinas (''probare, probare'', ''probare'' L.), o que significa ''para testar''<ref>{{Citar periódico|ultimo=Sundholm|primeiro=Göran|ultimo2=Institute|primeiro2=The Hegeler|data=1994-07-01|titulo=Proof-Theoretical Semantics and Fregean Identity Criteria for Propositions|url=https://academic.(oup.com/monist/article-)abstract/77/3/294/1017259?redirectedFrom=fulltext|jornal=Monist|lingua=en|volume=77|numero=3|paginas=294–314|doi=10.5840/monist199477315|issn=0026-9662}}</ref><ref>{{Citar (periódico|ultimo=Bissell|primeiro=Derek|data=1996-)09-01|titulo=Statisticians have a Word for it|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1467-9639.1996.tb00300.x/abstract|jornal=Teaching Statistics|lingua=en|volume=18|numero=3|paginas=87–89|doi=10.1111/j.1467-9639.1996.tb00300.x|issn=1467-9639}}</ref>. nesseNesse sentido, uma prova é uma inferência para a melhor ou a mais parcimoniosa explicação através de uma demonstração publicamente verificável (de teste) das evidências factuais (ou seja, observadas) e das evidências casuais a partir de experimentos cuidadosamente controlados. [[Stephen Jay Gould]] argumentou que a pesquisa de Darwin, por exemplo, apontou para a coordenação de tantas evidências que nenhuma outra configuração além de sua teoria poderia oferecer uma explicação causal concebível dos fatos. Desta forma, a seleção natural e a ancestralidade comum foram comprovadas.<ref>GOULD, Stephen Jay (-2002). The '''''Structure of Evolutionary Theory'''''. Cambridge, MA: Belknap Press of Harvard University Press. <nowiki>ISBN 0-674-00613-5</nowiki>. LCCN 2001043556. OCLC 47869352.</ref>. "''A prova clássica é a melhoria das culturas e do gado através de [[seleção artificial]].''"<ref>BELL, Graham (-2008). '''''Selection: The Mechanism of Evolution''''' 2nd ed. Oxford; New York: Oxford University Press. <nowiki>ISBN 978-0-19-856972-5</nowiki>. LCCN 2007039692. OCLC 170034792</ref>. A seleção natural e outras teorias evolutivas também são representadas em várias provas matemáticas, como a [[Price equation]]. Para permanecer consistente com a filosofia da ciência, no entanto, o avanço da teoria é apenas alcançado através das descontinuidades das hipóteses.<ref>{{Citar (periódico|ultimo=Platt|primeiro=John R.|data=1964-)10-16|titulo=Strong Inference: Certain systematic methods of scientific thinking may produce much more rapid progress than others|url=http://science.sciencemag.org/content/146/3642/347|jornal=Science|lingua=en|volume=146|numero=3642|paginas=347–353|doi=10.1126/science.146.3642.347|issn=0036-8075|pmid=17739513}}</ref>
* "Modelos" Os "modelos" fazem parte do "kit de ferramentas" científico que são construídos a partir da teoria preexistente. A ciência baseada em modelos usa estruturas idealizadas ou expressões matemáticas para criar estrategicamente representações mais simples de sistemas mundiais complexos. Os modelos são projetados para se assemelhar aos aspectos relevantes das relações hipotéticas nos sistemas alvo de investigações.<ref>GORELICK, Root (-2011). ([http://http-)server.carleton.ca/~rgorelic/Publications/Gorelick%20%282011%29%20Ideas%20Ecol%20Evol%204;%201-10.pdf What is theory?]. Kingston, Ontario: Queen's University. Ideas in Ecology and Evolution. 4: 1–10. doi:10.4033/iee.2011.4.1.c.
 
* "''<span>Validação</span> é uma demonstração de que um modelo dentro de seu domínio de aplicabilidade possui um leque de precisão satisfatória consistente com a aplicação pretendida para o modelo.''" (-) Os modelos são usados na pesquisa de simulação. Por exemplo, os filogenéticos evolutivos executam simulações para modelar a árvore como processo de ramificação de Linhas ao longo do tempo. Por sua vez, isso é usado para entender a teoria da filogenética e os métodos utilizados para testar as relações entre genes, espécies ou outras unidades evolutivas. (-)
</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Godfrey-Smith|primeiro=Peter|data=2006-11-01|titulo=The strategy of model-based science|url=https://link.springer.com/article/10.1007/s10539-006-9054-6|jornal=Biology and Philosophy|lingua=en|volume=21|numero=5|paginas=725–740|doi=10.1007/s10539-006-9054-6|issn=0169-3867}}</ref>
* "''<span>Validação</span> é uma demonstração de que um modelo dentro de seu domínio de aplicabilidade possui um leque de precisão satisfatória consistente com a aplicação pretendida para o modelo.''"<ref>{{Citar (periódico|data=1996-11-01|titulo=Testing ecological models: the meaning of validation|url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0304380095001522|jornal=Ecological Modelling|volume=90|numero=3|paginas=229–244|doi=10.1016/0304-3800(95)00152-2|issn=0304-3800}}</ref>''.''" Os modelos são usados na pesquisa de simulação. Por exemplo, os filogenéticos evolutivos executam simulações para modelar a árvore como processo de ramificação de Linhas ao longo do tempo. Por sua vez, isso é usado para entender a teoria da filogenética e os métodos utilizados para testar as relações entre genes, espécies ou outras unidades evolutivas.<ref>{{Citar (-)periódico|ultimo=Rohlf|primeiro=F. James|ultimo2=Chang|primeiro2=W. S.|ultimo3=Sokal|primeiro3=R. R.|ultimo4=Kim|primeiro4=Junhyong|data=1990|titulo=Accuracy of Estimated Phylogenies: Effects of Tree Topology and Evolutionary Model|url=http://www.jstor.org/stable/2409346|jornal=Evolution|volume=44|numero=6|paginas=1671–1684|doi=10.2307/2409346}}</ref>
== Leitura complementar ==
* {{Citar periódico|titulo='Theory' in Theory and Practice|jornal=Evolution: Education and Outreach|volume=1|doi=10.1007/s12052-008-0056-5|issn=1936-6426}}
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* {{Citar web|url=http://www.nas.edu/evolution/TheoryOrFact.html|titulo=Is Evolution a Theory or a Fact?|obra=Evolution Resources from the National Academies}}
* {{Citar web|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2016/feb/05/evolution-british-primary-schools-darwin|titulo=Do whales have nipples? Why discussing evolution in schools can occasionally be tricky|obra=the Guardian}}
 
==Referências==
 
[[Categoria:Biologia evolutiva]]
[[Categoria:Teorias científicas]]