Segunda lei da termodinâmica: diferenças entre revisões

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A ideia de que entropia da termodinâmica é o mesmo que desordem foi primeiro divulgada por [[Duane Tolbert Gish|Duane T.Gish]], do [[Institute for Creation Research]] (Instituto para Pesquisa da Criação).<ref>Duane T. Gish, "''A Consistent Christian-Scientific View of the Origin of Life''"; Creation Research Society Quarterly, Vol. 15, No. 4 (March 1979), pp. 185-203</ref> Outros autores defensores destas ideias são [[Henry Madison Morris|Henry M. Morris]] e Harold L. Armstrong.<ref>Henry M. Morris, ''The Biblical Basis for Modern Science'' (Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1984), pp. 185-215</ref><ref>Henry M. Morris and Gary E. Parker, ''What Is Creation Science?'' (Santee, California: Master Books, 1982), pp. 153-188.</ref><ref>Harold L. Armstrong, "''Evolutionistic Defense Against Thermodynamics Disproved''"; Creation Research Society Quarterly, Vol. 16, No. 4 (March 1980), pp. 226-227, 206, and Vol. 17, No. 1 (June 1980), pp. 72-73, 59.</ref>
 
== BiologiaEntropia e entropiaEvolução das espécies ==
A [[Segunda lei da termodinâmica|Segunda Lei da termodinâmica]] explica que a energia que pode efetivamente ser transformada em trabalho, em um sistema fechado, nunca aumenta. Portanto, com base essa lei da física as formas de vida primitivas que eram mais simples tendo menos capacidades e sistemas menos complexos, nunca poderiam ter evoluído tornando-se organismos melhor ordenados ao longo do tempo. Assim, tanto a teoria evolutiva e a segunda lei da termodinâmica não poderiam ser ambas corretas<ref>{{Citar periódico|ultimo=Gimbel|primeiro=Steven|ultimo2=Schreiber|primeiro2=Alexander|data=2010/03|titulo=Evolution and the Second Law of Thermodynamics: Effectively Communicating to Non-technicians|url=https://evolution-outreach.biomedcentral.com/articles/10.1007/s12052-009-0195-3|jornal=Evolution: Education and Outreach|lingua=En|volume=3|numero=1|paginas=99|doi=10.1007/s12052-009-0195-3|issn=1936-6434}}</ref>.
Os únicos processos necessários para ocorrer evolução são: reprodução, variabilidade hereditária e seleção. Estes processos ocorrem e são vistos o tempo todo, e nenhuma lei física, tal como a tendência do aumento da entropia termodinâmica, impediria a ocorrência deles. Conexões entre evolução e entropia já foram estudadas em profundidade, e a entropia jamais foi um impedimento à evolução.<ref name="Demetrius">Demetrius, Lloyd, 2000. [http://www.idealibrary.com/links/doi/10.1006/jtbi.2000.2106 ''Thermodynamics and evolution'']. Journal of Theoretical Biology 206(1): 1-16.</ref><ref>Atkins, P.W.; ''The Second Law''. New York: Scientific American Books, 1984.</ref><ref>Dickerson, R.E.; ''Molecular Thermodynamics''. Menlo Park, CA: Benjamin, 1969.</ref><ref>Klotz, I.M.; ''Energy Changes in Biochemical Reactions''. New York: Academic Press, 1967.</ref><ref name=Kauffman>Kauffman, Stuart A.; ''The Origins of Order''. New York: Oxford, 1993.</ref>
 
Contudo, o planeta [[Terra]] não é um sistema fechado (a [[luz]] do [[Sol]] penetra a [[atmosfera]], ilumina e esquenta a Terra). Esse fluxo de energia, e as mudanças de [[entropia]] que o acompanha de fato fazem a entropia diminuir localmente na Terra. Porém, todos os três princípios principais da evolução (variação, herdabilidade e seleção) acontecem e a entropia não impede a ocorrência deles. De fato, conexões entre [[evolução]] e entropia já foram estudadas profundamente, e a entropia nunca foi um impedimento à evolução <ref name="Demetrius">Demetrius, Lloyd, 2000. [http://www.idealibrary.com/links/doi/10.1006/jtbi.2000.2106 ''Thermodynamics and evolution'']. Journal of Theoretical Biology 206(1): 1-16.</ref><ref>Atkins, P.W.; ''The Second Law''. New York: Scientific American Books, 1984.</ref><ref>Dickerson, R.E.; ''Molecular Thermodynamics''. Menlo Park, CA: Benjamin, 1969.</ref><ref>Klotz, I.M.; ''Energy Changes in Biochemical Reactions''. New York: Academic Press, 1967.</ref><ref name="Kauffman">Kauffman, Stuart A.; ''The Origins of Order''. New York: Oxford, 1993.</ref>. Alguns físicos se propuseram a calcular o impacto da evolução no aumento de entropia da [[biosfera]] e suas adjacências e compará-lo com o aporte de energia fornecido pelo sol<ref>{{Citar periódico|data=2010-06-19|titulo=Termodinâmica e evolução: O velho argumento da segunda lei|url=https://evolucionismo.org/rodrigovras/termodinamica-e-evolucao-o-velho-argumento-da-segunda-lei/|jornal=Evolucionismo|lingua=pt-BR}}</ref>. Daniel Styler demostrou em seu trabalho que o planeta Terra é banhado por cerca de um trilhão de vezes a quantidade de fluxo de entropia necessária para suportar a evolução da vida complexa<ref>Styer, Daniel F. (13 de outubro de 2008). «Entropy and evolution». ''American Journal of Physics''. '''76''' (11): 1031–1033. [[International Standard Serial Number|ISSN]] 0002-9505. [[Digital object identifier|doi]]:10.1119/1.2973046</ref>. De forma semelhante o físico Emory Bunn mostrou que a evolução da vida complexa existente é perfeitamente compatível com a segunda lei da termodinâmica.<ref>Bunn, Emory F. (16 de setembro de 2009). «Evolution and the second law of thermodynamics». American Journal of Physics. 77 (10): 922–925. ISSN 0002-9505. doi:10.1119/1.3119513</ref>
 
=== Hipóteses relacionadas ===
Diversos cientistas têm apresentado hipóteses que a evolução e a [[origem da vida]] tem como impulso a entropia<ref name="McShea">McShea, Daniel W., 1998. Possible largest-scale trends in organismal evolution: eight live hypotheses. Annual Review of Ecology and Systematics 29: 293-318</ref>. Alguns deles veem a informação dos organismos sujeitos à diversificação de acordo com a segunda lei da termodinâmica, com organismos buscando o preenchimento de nichos vazios como um [[gás]] em expansão em um recipiente vazio.<ref name="Brooks & Wiley">Brooks, D. R. and E. O. Wiley, 1988. Evolution As Entropy, University of Chicago Press.</ref> Outros ainda propõe que sistemas complexos altamente organizados formam-se e modificam-se no tempo (evoluem) para dissipar energia (e aumentar a entropia) de forma mais eficiente.<ref name="Schneider">Schneider, Eric D. and James J. Kay, 1994. [http://www.fes.uwaterloo.ca/u/jjkay/pubs/Life_as/lifeas.pdf ''Life as a manifestation of the second law of thermodynamics'']. Mathematical and Computer Modelling 19(6-8): 25-48.</ref><ref>GARROTE FILHO, M. S., PENHA-SILVA, N. [http://www.leb.esalq.usp.br/aulas/lce5702/termodinamicavida.pdf Uma abordagem termodinâmica da vida.] ''[[Ciência Hoje|Revista Ciência Hoje]]'', vol. 37, n° 221, novembro 2005.</ref>