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==== Cetáceos podem se afogar ====
Tal como todos os [[Mamífero|mamíferos]], os cetáceos respiram ar por [[Pulmão|pulmões]], o que implica que os animais desse grupo necessitam subir até a superfície para respirar, apesar de seu sistema respiratório permitir-lhes suportar muito tempo sem respirar (o [[cachalote]], por exemplo, pode ficar três horas submerso sem respirar)<ref>PORTILHO, Gabriela. [https://super.abril.com.br/mundo-estranho/por-que-as-baleias-ejetam-agua/ Por que as baleias ejetam água?]. '''Superinteressante'''. 2008.</ref>. Como todos os [[Mamífero|mamíferos]], os cetáceos também [[Sono|dormem]], mas não podem ficar completamente inconscientes para poderem respirar. Acontece que se não subirem para realizar as trocas gasosas da respiração, o sangue não recebe oxigênio, resultando na sua morte por asfixia. <ref>BURNETT, D. Graham. '''Trying Leviathan''': The Nineteenth-Century New York Court Case That Put the Whale on Trial and Challenged the Order of Nature. Princeton University Press. 2010. ISBN 9780691146157.</ref>
 
=== Seres vivos sem partes ou órgãos ===
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==== ''Cecidomiídeos'': moscas que devoram a mãe viva ====
As fêmeas dos ''cecidomiídeos,'' que são [[Partenogénese|partenogênicas]], param de se desenvolver quando ainda são larvas e se reproduzem sem colocar ovos. A prole desenvolve-se nos tecidos da mãe e não no útero e, sem abastecimento de nutrientes, começa a devorar a própria progenitora. Ao longo dos dias, para crescer, a pupa lentamente devora a mãe de dentro para fora, acabando por ocupar-lhe o corpo todo até emergir e deixar para trás somente vestígios do mesmo, iniciando um novo ciclo na reprodução assexuada por partenogênese.<ref name=":10" />
 
==== ''Stegodyphus:'' aranhas que devoram a mãe viva ====
Em espécies da aranha ''Stegodyphus'', as fêmeas anexam seus ovos à suas teias e os vigiam até que os filhotes eclodam. Uma vez que eles nascem, a progenitora continua a comer, mas recogita a maior parte de suas refeições como uma sopa nutritiva para sua prole. Quando os filhotes atingem um mês de idade, a aranha mãe permite que sua prole a mate devorando-a lentamente enquanto injeta enzimas digestivas em seu corpo para devora-la. <ref>{{Citar periódico|ultimo=Junghanns|primeiro=Anja|ultimo2=Holm|primeiro2=Christina|ultimo3=Schou|primeiro3=Mads Fristrup|ultimo4=Sørensen|primeiro4=Anna Boje|ultimo5=Uhl|primeiro5=Gabriele|ultimo6=Bilde|primeiro6=Trine|data=2017-10-01|titulo=Extreme allomaternal care and unequal task participation by unmated females in a cooperatively breeding spider|url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0003347217302555|jornal=Animal Behaviour|volume=132|paginas=101–107|doi=10.1016/j.anbehav.2017.08.006|issn=0003-3472}}</ref>
 
==== O percevejo de instinto estuprador e homossexual ====
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GALASTRI, Luciana. [https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/05/filhotes-de-tubaroes-devoram-um-ao-outro-no-utero.html Filhotes de tubarões devoram uns aos outros no útero: Cientistas descobriram que isso acontece por uma disputa entre filhotes de pais diferentes]. Revista Galileu. 2015. Brasil. ISSN: 1415-9856.</ref>
 
==== A fêmea do inseto Louva-a-deus devora o macho na relação sexual ====
O canibalismo ''post coitum'' do [[Louva-a-deus|louva-deus]] não é uma regra geral (cerca de 72% dos machos escapam vivos). Porém, a fêmea desse curioso [[Insetos|inseto]] leva o conceito de “predador sexual” a um outro nível: ela costuma literalmente devorar seu parceiro após o coito para ficar mais fértil: o sacrifício conjugal do macho ajuda a propagar seus genes. Uma pesquisa feita por biólogos americanos demostrou que fêmeas que comem os parceiros botam em média 88 ovos — 50 a mais do que as que não comem, aumentando bastante o número de descendentes.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Brown William D.|primeiro=|ultimo2=Barry Katherine L.|data=2016|titulo=Sexual cannibalism increases male material investment in offspring: quantifying terminal reproductive effort in a praying mantis|url=https://royalsocietypublishing.org/doi/10.1098/rspb.2016.0656|jornal=Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences|volume=283|numero=1833|doi=10.1098/rspb.2016.0656|pmid=27358366|acessodata=}}</ref>
 
=== Problemas com a alimentação ===