Gênero binário: diferenças entre revisões

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A sociedade atual ainda se prende ao discurso biologizante do gênero. Dessa forma, os indivíduos que não se identificam com seu gênero biológico são alvos de discriminações desse discurso que busca sistematizar, metodizar e reduzir os significados de ser homem e ser mulher, bem como as características inerentes ao sexo biológico. Existimos num corpo social que ainda mantém fortes traços de práticas patriarcais que submetem as mulheres a almejar o casamento como o ápice do sucesso e da felicidade, enquanto aos homens é destinada a função de superioridade e dominação. Portanto, é compreensível afirmar que tanto homens e mulheres são vítimas deste sistema. Sendo assim, ser homem e ser mulher nada mais é do que uma construção social ditada por uma sociedade cerceada pela falta de informações e pelo preconceito
 
De acordo com a doutora Guacira Lopes Louro, é na sociedade [...] que se constroem e se reproduzem as relações (desiguais) entre os sujeitos. As justificativas para as desigualdades precisariam ser buscadas não nas diferenças biológicas (se é que mesmo essas podem ser compreendidas fora de sua constituição social), mas sim nos arranjos sociais, na história, nas condições de acesso aos recursos da sociedade, nas formas de representação..<ref>{{citar livro|título=Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista|ultimo=LOURO|primeiro=Guacira Lopes|editora=Vozes|ano=2012|local=Petrópolis|páginas=26|acessodata=13-11-2019}}</ref> São os contextos sociais e históricos que determinam a dinâmica entre homens e mulheres, por isso faz se necessário a desnaturalização desses (pré)conceitos para que possamos assumir a natureza efêmera dos gêneros. Ainda somos regidos por um sistema machista, misógino e desigual, o qual tem base em nossas origens coloniais, fundamentados em teorias religiosas e estudos científicos sem fundamentos. Na idade média, mulheres que se desviavam do padrão imposto pelas regras comuns eram perseguidas, constrangidas e muitas vezes mortas. Daí nasce a importância de movimentos sociais como o feminismo, e o movimento LGBTQQICAPF2K+LGBTl, que buscam a igualdade de gênero e entre os sexos e a garantia dos direitos entre todos os indivíduos, independente dedo seu gênerosexo biológico, socialidentidade de gênero, expressão de gênero e orientação sexual.
 
O preconceito de gênero provoca maiores índices de violência contra mulheres, (e como consequência, altos níveis de feminicídio) menor representação política, menores salários, cargos de submissão, são desvalorizadas e rebaixadas a medida em que envelhecem e são impelidas a seguir um padrão estético. Enquanto os homens devem ser fortes, robustos e não-emotivos. A mídia, como representante da elite, também é responsável por estereotipar o papel das mulheres e dos homens, banalizando um comportamento desrespeitoso com a mulher e exaltando a masculinidade.