Peter Singer: diferenças entre revisões

Ele ocupouOcupou duas vezes a cadeira de Filosofia da [[Universidade Monash]], onde inaugurou um centro de [[Bioética]] humana. Em 1996, Singer candidatou-se candidatou ao [[Senado da Austrália|Senado australiano]] pelo Partido Verde Australiano, mas não conseguiu ser eleito. Em [[1999]] foi nomeado Professor Ira W. DeCamp de Bioética do Centro de Valores Humanos de Princeton e se mudou para os Estados Unidos. Em 2004, ele foi reconhecido como o Humanista Australiano do Ano pelo Conselho das Sociedades Humanistas Australianas. Fora da academia, Singer é mais conhecido por seu livro ''[[Libertação Animal (livro)|Libertação Animal]]'', obra considerada fundadora dos [[Direitos dos animais]]. Suas posições sobre questões bioéticas desenvolvidas em ''Repensando a vida e a morte: o colapso de nossa ética tradicional'' e ''Questões Éticas Práticas'' foram consideradas controversas, particularmente nos Estados Unidos e na Alemanha. Singer é um defensor do [[Altruísmo eficaz]] descrito em sua obra ''[[A Vida Que Podemos Salvar]]''.

NestaNessa obra ele, argumenta-se contra o "[[especismo]]": a [[discriminação]] contra certos seres é baseada apenas no factofato de esteseles pertencerem a uma dada [[espécie]]. EleO pensador considera que todos os seres que são capazes de sofrer devem ter seus interesses considerados de forma igualitária e conclui que o uso de animais - nos moldes atuais - para alimentação é injustificável, já que criacausa sofrimento dos bois.

. Assim sendo, ele considera que o [[vegetarianismo]] é a única dieta aceitável. Singer condena também a [[vivissecção]], apesar de acreditar que algumas experiências com animais poderão ser realizadas se o benefício (por exemplo, avanços em tratamentos médicos, etc.) for maior que o mal causado aos animais em causa. Segundo Singer, "o maior obstáculo é que é conveniente para nós tratarmos animais como se eles não tivessem créditos morais sobre o homem. Nós os utilizamos de diversas maneiras - como entretenimento, como ferramentas para pesquisa e como alimento, podendo ir além desses três. Levar a sério os direitos dos animais ameaçaria nossa habilidade em utilizá-los dessa maneira,; então, encontramos desculpas e racionalizações para continuar com as práticas atuais".<ref>{{citar livro|título=O que pensam os filósofos contemporâneos? Um diálogo com Singer, Dennett, Searle, Putnam e Bauman|ultimo=Peruzzo Júnior|primeiro=Léo|editora=PUCPRESS|ano=2017|local=Curitiba|páginas=28-29|acessodata=}}</ref>

Palavras de Singer: “Este livro é sobre a tirania dos animais humanos sobre os não-humanos. EstaTal tirania provocou e provoca ainda hoje dor e sofrimento só comparáveis àqueles resultantes de séculos de tirania dos humanos brancos sobre os humanos negros. A luta contra estaessa tirania é uma luta tão importante como qualquer das causas morais e sociais que foram defendidas em anos recentes.”<ref>{{Citar web|titulo=Da insaciabilidade humana|url=https://observador.pt/opiniao/da-insaciabilidade-humana/|obra=Observador|acessodata=2019-10-02|lingua=pt-PT|primeiro=Patrícia|ultimo=Fernandes}}</ref>

O seu trabalho mais abrangente, ''[[Practical Ethics]]'' ([[1979]], com segunda edição em [[1993]]), - em português, Ética Prática -, analisa detalhadamente por que e como os interesses dos seres devem ser avaliados. Peter Singer afirma que os interesses de um ser devem sempre ser avaliados de acordo com assuas propriedades concretas desse ser e não de acordo com o factofato de ele pertencer a um grupo abstractoabstrato.<ref>{{citar livro|titulo=Ética Prática|sobrenome=Singer|nome=Peter|ISBN=8533616686|editora=[[Martins Fontes]]}}</ref>{{falta página}}

Em ''[[Famine, Affluence, and Morality]],'' o mais conhecido ensaio filosóficos de Singer, o autor afirma que a injustiça de algumas pessoas viverem em abundância enquanto outras morrem de fome é moralmente indefensável. Singer propõe, então, que todos os trabalhadores sejam obrigados a entregar pelo menos [[dízimo|10&nbsp;% do seu rendimento]] para resolver o problema da pobreza dos outros. Tendo ainda como pano de fundo esse tema publica em 2009 o livro ''[[A Vida Que Podemos Salvar: Agir agora para pôr fim à pobreza no mundo|The Life You Can Save - Actin now to end world poverty]]'', (Edição portuguesa/ Brasil: ''[[A Vida Que Podemos Salvar: Agir agora para pôr fim à pobreza no mundo|Quanto Custa Salvar Uma Vida? - Agindo agora para eliminar a pobreza mundial]]''; edição portuguesa/Portugal: ''[[A Vida Que Podemos Salvar: Agir agora para pôr fim à pobreza no mundo]]'').<ref>{{citar web|sobrenome=Skelton|nome=Anthony|titulo=Nobody can do everything, but everyone can do something|url=https://www.theglobeandmail.com/arts/books-and-media/nobody-can-do-everything-but-everyone-can-do-something/article1149821/|publicado=The Globe and Mail|língua=en}}</ref>

Singer critica os Estados Unidos da América por receberem petróleo de países dirigidos por ditadores (e aponta como um bom exemplo disso a [[Guiné Equatorial]]), que ficamficando com a maior parte dos ganhos financeiros, o que, portanto, mantendomantém as pessoas na pobreza. Singer acredita que a riqueza desses países deveria pertencer aoa seus habitantes e não aoa seu governo. Ao pagar aos ditadores pelo petróleo, "estamosestaremos efetivamente a comprarcomprando bens roubados e a ajudarajudando a manter as pessoas na pobreza". Também, Singer sustenta que a América "deveria estar fazendo mais para ajudar as pessoas em pobreza extrema". Ele está decepcionado com a política de ajuda externa dos EUA, considerando-a "uma proporção muito pequena do nosso PIB, menos de um quarto de outras nações ricas". Além disso, Singer sustenta que pouca filantropia privada dos EUA é "direcionada a ajudar pessoas em extrema pobreza, embora haja algumas exceções, principalmente a Fundação Gates".<ref>{{Citar web|titulo=Interview: How do practical ethics work in the average American's life? Peter Singer explains.|url=http://www.sanfranciscoreviewofbooks.com/2017/09/interview-how-do-practical-ethics-work.html|acessodata=2019-10-02|lingua=en}}</ref>