Pinheiros (distrito de São Paulo): diferenças entre revisões

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Substituição de fonte informando limites do distrito (a fonte anterior não tem mais o mapa com os limites do distrito, sendo assim, substituí-o pelo mapa informado pela Prefeitura de São Paulo)
Reforço da noção de invasão por parte dos povos colonizadores europeus.
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==História==
A região de Pinheiros é considerada pela grande maioria dos historiadores como o primeiro bairro de São Paulo, tanto por suas origens indígenas quanto portuguesas. Após a chegada dosinvasão [[jesuíta]]s aono [[planalto]] que originaria a cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], um grupo [[indígena]] se instalou, por volta de [[1560]], às margens do rio Grande - que posteriormente conhecido como [[rio Pinheiros]] - supostamente no local hoje ocupado pelo largo de Pinheiros.
A área fazia parte de uma enorme [[sesmaria]] doadadoadda por [[Martim Afonso de Sousa]] a [[Pero de Góis]], em 1532, cujas terras se estendiam do [[Butantã]] à cabeceira do riacho [[Água Branca]]. Em [[1584]], essas terras passaram a pertencer a [[Fernão Dias Paes]].
 
Há divergências sobre a origem do nome de 'Pinheiros'. Geralmente aceita-se que seja devido à grande ocorrência de [[araucária]]s nas terras onde o bairro surgiu. Entretanto, [[João Mendes de Almeida]], em seu livro ''Dicionário Geográfico da Província de S.Paulo''<ref>''Diccionario geographico da provincia de S. Paulo: precedido de um estudo sobre a estructura da lingua tupi e trazendo, em appendice, uma memoria sobre o nome "América". Obra posthuma''. São Paulo: Typ. a Vap. Espíndola, Sigueira, 1902.</ref>, discorda dessa versão. Segundo ele, os índios tupi chamavam o rio de ''Pi-iêrê'', que significa "derramado", em alusão ao transbordamento das águas que alagava as margens. Por corruptela, a palavra Pi-iêre teria se transformado em Pinheiros. A existência dos pinheiros, segundo o autor, serviu "só para operar mais facilmente a corruptela".<ref>{{Citar web |url=http://www.almanack.paulistano.nom.br/nome.html |titulo=''Almanack Paulistano''. |acessodata=2011-08-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071211092043/http://www.almanack.paulistano.nom.br/nome.html |arquivodata=2007-12-11 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Parte de sua taba ficava no atual [[Largo da Batata]], um local protegido das habituais inundações das margens do [[rio]]. Essa região habitada pelos indígenas tornou-se uma vila conhecida como Farrapos, e para o controle dos povos nativos através a [[catequese]] dos índios foi erguida uma igreja com o nome de [[Nossa Senhora da Conceição]].
 
A área de Pinheiros naquela época correspondia ao território que se estende desde o [[Butantã]] até parte do [[Pacaembu (bairro de São Paulo)|Pacaembu]]. Pertencia a uma [[sesmaria]] doada por [[Martim Afonso de Sousa]] a Pedro Góes em 1532 e que, a partir de [[1584]] passou a pertencer a [[Fernão Dias Paes Leme|Fernão Dias]]. Este último foi um dos responsáveis pela expulsão provisória dos jesuítas do local, pois como [[bandeirante]] não concordava com a postura jesuíta contra a escravização dos [[índios]].
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[[Ficheiro:Nova 017.jpg|thumb|esquerda|250px|''Vista da região dos [[Jardins]].'']]
 
A [[vila]] indígena, que passou a ser conhecida como Aldeia dos Pinheiros, ficava isolada da vila paulistana devido à [[topografia]] da região. Apesar disso, sempre foi importante por causa do estreitamento das margens do rio Pinheiros, o que facilitava muito sua travessia e acabou tornando-se um trecho obrigatório de diversos caminhos que cruzavam a região, sejam de [[índios|indígenas]] ou invasores bandeirantes. Sua importância acentuou-se com a construção de mais vilas ao sul e de uma ponte que atravessa o rio. Essa ponte foi muito utilizada nos séculos seguintes e, por ser destruída regularmente devido às enchentes, foi substituída por uma de metal em [[1865]].
 
No início do [[século XVII]], o Caminho de Pinheiros (que atualmente corresponde à [[rua da Consolação]], à parte alta da [[Avenida Rebouças|Av. Rebouças]] e à rua Pinheiros) era um dos mais destacados da Vila de São Paulo, por ser o único acesso à aldeia e a outras terras além do rio. O desenvolvimento econômico e populacional do bairro posteriormente foi causado pelo sítio do Capão, uma propriedade altamente produtiva que se localizava nas terras da sesmaria, principalmente quando esta se encontrava sob comando de [[Fernão Dias Paes Leme]], o "Caçador de Esmeraldas" e neto do antigo dono da sesmaria.