Marília: diferenças entre revisões

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O Estado brasileiro apoiava a ocupação do território pelo "homem branco", ignorando a população [[Indígenas|indígena]] pré-existente, oferecendo subsídios para a ocupação, construindo estradas e fazendo vista grossa às chacinas cometidas contra os indígenas pelos chamados "[[Bugreiro|bugreiros]]".
[[Imagem:Marechal_Rondon.jpg|thumb|200px325x325px|Marechal Cândido Rondon em 1930.]]
 
No referido território [[Caingangues|caingangue]], a construção da estrada de ferro [[Estrada de Ferro Noroeste do Brasil|Noroeste do Brasil]], iniciada em 1905, foi extremamente sangrenta e fatal para os [[indígenas]], de modo que, os sobreviventes não mais teriam a oportunidade de viver do modo como viveram seus ancestrais.
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Após insistente pressão de um grupo liderado por intelectuais, políticos e militares, o governo federal, sob presidência de [[Hermes da Fonseca]], criou em 1910] o [[Serviço de Proteção ao Índio|Serviço de Proteção ao Índio (SPI)]], que tinha a missão de evitar mais chacinas confinando e controlando os índios como patrimônio federal; deste modo os indígenas foram induzidos a deixar sua organização social associativa e adotar o modelo de núcleo familiar.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Losnak|primeiro=Sérgio Ricardo|data=2010-07-31|titulo=Re-significação da identidade cultural dos Terêna de Ekeruá: uma abordagem da produção cultural subalterna|url=https://www.revistas.usp.br/extraprensa/article/view/74364|jornal=Revista Extraprensa|lingua=pt|volume=2|numero=1|paginas=1–17|doi=10.11606/extraprensa2008.74364|issn=2236-3467}}</ref> Paralela à política de aldeamento, o SPI também buscou afastar a [[Igreja Católica]] da [[Catecismo|catequese]] e transformar o índio num trabalhador nacional.
 
Sob o comando de [[Cândido Rondon|marechal Cândido Rondon]], o posto do [[Serviço de Proteção ao Índio|SPI]] foi instalado na região da [[Estrada de Ferro Noroeste do Brasil|Noroeste]], nas cercanias dos atuais municípios de [[Promissão]] e [[Avanhandava]], onde encontravam-se acuados pequenos grupos de índios caingangues remanescentes do extermínio promovido pelo e com o aval do Estado.[[Imagem:Índia_Vanuíre.jpg|alt=|thumb|left|200px205x205px|Índia Vanuíre]]Um grupo Caingangue mantinha-se irresoluto nas matas da região; não aceitavam o contato e impediam tanto quanto podiam a colonização, o que levou [[Cândido Rondon|Rondon]] a identificar que, na Fazenda Campos Novos do Paranapanema, na zona da [[Estrada de Ferro Sorocabana|Sorocabana]], próximo da divisa com o estado do [[Paraná]], havia um grupo de caingangues em processo de [[Assimilação cultural|assimilação]], trabalhando em regime de escravidão; tais indígenas poderiam intermediar o contato com o grupo de Iacri.
 
É assim que, em 19 de março de 1912, através do intermédio da índia Vanuire, Rondon consegue a rendição do grupo, após meses de esforços da velha índia, que por estar cansada de ver os conflitos sangrentos, sempre desfavoráveis ao seu povo, preferia aceitar os termos propostos pelos brancos e viver em paz confinada com os seus. Vanuíre faleceu em 1918 na então Fazenda Icatu (atual município de [[Braúna (São Paulo)|Braúna]]), de posse do Governo Federal.<ref>{{Citar web|url=http://www.memorialdosmunicipios.com.br/listaprod/memorial/historico-categoria,241,H.html|titulo=Iacri {{!}} MEMORIAL DOS MUNICIPIOS|acessodata=2018-08-01|obra=www.memorialdosmunicipios.com.br}}</ref> Do contingente estimado de 4 mil índios no estado de São Paulo no início dos contatos, restaram cerca 700 na década de 1910.
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Aberta a estrada, o deputado abolicionista [[Cincinato Braga|Cincinato César da Silva Braga]] (1864-1895), originário de [[Piracicaba]], adquiriu terras que margeavam o espigão divisor das Bacias Peixe e Tibiriçá, e abriu uma fazenda nomeada Cincinatina, em sua homenagem, determinando que nelas fossem plantados 10.000 pés de café. A fazenda era administrada pelo português Antônio Pereira da Silva, que havia chegado à região com seu filho José Pereira da Silva (Pereirinha), no ano de 1919 advindos do Rio de Janeiro, onde vivia Cincinato Braga.
[[Imagem:Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda.jpg|thumb|left|200px206x206px|Rodolfo Nogueira da Rocha Miranda]]
Além da morte, a assimilação via miscigenação foi a maior responsável pela retirada dos indígenas da linha de frente do combate ao avanço da ocupação das terras do Oeste Paulista, de modo que, em 1921, o Estado brasileiro criou dois aldeamentos em fazendas da União, nos atuais municípios de [[Tupã (São Paulo)|Tupã]] e [[Braúna (São Paulo)|Braúna]] (na época áreas do município de [[Penápolis]]), onde os indígenas foram confinados indistintamente. Para suas tradições nômades, essas reservas eram uma afronta. <ref>{{Citar web|url=http://www.marcioabc.com.br/2004/07/16/o-massacre-dos-indios-kaingang-no-oeste-paulista/|titulo=O massacre dos índios [[caingangues]] no oeste paulista {{!}} Márcio ABC|acessodata=2018-07-24|obra=www.marcioabc.com.br|lingua=pt-BR}}</ref>
 
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Sabendo das pretensões da [[Companhia Paulista de Estradas de Ferro|Companhia Paulista]] da expansão dos trilhos dos trens de [[Piratininga]] às barrancas do rio Paraná, passando pela região onde viviam, os Pereiras, funcionários de [[Cincinato Braga]], adquiriram terras da Companhia Pecuária e Agrícola de Campos Novos na região, dando início a plantações de café e fundando em 1923 um patrimônio batizado de Alto Cafezal em parte loteada das terras
 
O patrimônio de Alto Cafezal, pertencente ao município de Campos Novos do Paranapanema, (atual [[Campos Novos Paulista]]), na [[Estrada de Ferro Sorocabana|Sorocabana]], foi a origem primeira do futuro município de Marília. No ano seguinte, a Fazenda Cincinatina, com extensão de 21 km pelo espigão Peixe - Feio, foi vendida ao então deputado estadual [[Bento de Abreu Sampaio Vidal]] (1872-1948), originário de [[São Carlos (São Paulo)|São Carlos]] e [[Araraquara]]. Bento de Abreu além de político, era ligado à aristocracia terratenente; sua esposa Maria Isabel, com quem teve treze filhos, pertencia ao clã Arruda Botelho, família do Conde do Pinhal, com quem Sampaio Vidal firmaria acordos políticos por toda a vida. [[Imagem:Bento de Abreu Sampaio Vidal.jpg|thumb|200px221x221px|Bento de Abreu Sampaio Vidal|alt=|esquerda]]Antes da Cincinatina, Bento de Abreu havia comprado terras onde hoje se encontram os municípios vizinhos de [[Álvaro de Carvalho]] e [[Garça (São Paulo)|Garça]], tornando-se um dos maiores latifundiários da região. Dividindo as terras em diversas fazendas, o político destinou-as aos seus filhos, como vinha fazendo em diversas regiões do estado onde adquiriu terras. No território atualmente compreendido por Marília, Bento de Abreu destinou a fazenda Santa Antonieta à filha Maria Antonieta. Às filhas, Helena e Olga coube a fazenda Cascata. À Bento Filho coube a fazenda São Paulo, localizada no distrito de Padre Nóbrega, e a Palmital ficou com o próprio Bento de Abreu. <ref name=":02" />
[[Imagem:Antiga_sede_da_Fazenda_Bomfim,_Marília-SP.jpg|alt=|thumb|200px256x256px|Casa na rua de entrada da Fazenda Bomfim]]
 
Em 1926, José Vasques Carrión fundou um patrimônio em parte loteada de suas terras, denominando-o de Vila Prado. No mesmo ano, [[Bento de Abreu Sampaio Vidal|Bento de Abreu]] , fundou um terceiro patrimônio próximo aos anteriores. Em 1927 os coronéis Galdino Alfredo de Almeida e José Brás (José da Silva Nogueira) adquiriram terras de Carrión (fazenda Bomfim), e rebatizaram o patrimônio com o nome de Vila Barbosa, sendo esta, também distrito de Campos Novos, na Sorocabana.
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A [[Companhia Paulista de Estradas de Ferro]] vinha desde 1924 avançando seus trilhos de [[Piratininga]] até chegar a Lácio (terras do deputado Sampaio Vidal),<ref>{{Citar web|url=http://www.estacoesferroviarias.com.br/m/marilia.htm|titulo=Marília -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo|acessodata=2017-04-29|obra=www.estacoesferroviarias.com.br}}</ref> sendo que a próxima estação passaria próximo dos patrimônios já existentes, o que causaria disputas entre os fundadores, principalmente entre Antônio Pereira da Silva, já que era o fundador do primeiro patrimônio e [[Bento de Abreu Sampaio Vidal|Sampaio Vidal]].
 
Bento de Abreu ignorou o Alto Cafezal e tudo fez para impulsionar o desenvolvimento de seu próprio patrimônio, estabelecido justamente ao lado do povoado já existente. Investiu em infraestrutura e em recursos humanos, recrutando profissionais liberais em diversas áreas, que para lá se dirigiram. Para demarcar as terras do novo patrimônio contratou o engenheiro Dr. Durval de Menezes e compôs aliança politica com o grupo de Rodolfo Miranda<ref name=":02" />[[Imagem:Marília_de_Dirceu_1967_Brazil_stamp.jpg|alt=Selo postal de 1967 em homenagem à obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga|thumb|200px191x191px|Selo postal de 1967 em homenagem à obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga]]O poder político venceu e a estação foi construída nas terras do deputado, que deveria escolher um nome para a estação com a letra "M", já que, de acordo com o esquema dessa companhia, as estradas que iam sendo inauguradas no ramal, haveriam de ser nomeadas por ordem alfabética. Foram propostos vários nomes, como "Marathona", "Mogúncia" e "Macau", mas [[Bento de Abreu Sampaio Vidal|Bento de Abreu]] não ficou satisfeito com nenhuma das sugestões. Em uma de sua viagens de navio à [[Europa]], leu o livro de [[Tomás Antônio Gonzaga]], "[[Marília de Dirceu]]", de onde teve a ideia de sugerir o nome de "Marília".
 
Antes mesmo da inauguração da estação, a força política de Sampaio Vidal fez surgir na região o distrito de Marília a partir da Lei Estadual 2.161 de 22 de dezembro de 1926, tendo incorporado os patrimônios existentes e sendo subordinado ao município de [[Cafelândia (São Paulo)|Cafelândia]]. Pela Lei Estadual 2.320, de 24 de dezembro de 1928 o distrito foi elevado à categoria de município e em 30 de dezembro do mesmo ano a estação de Marília foi inaugurada. A instalação oficial do município deu-se 4 de abril de 1929, data em que é comemorado seu aniversário.
[[Imagem:População esperando o primeiro trem da Cia.Paulista em Marília no ano de 1928.jpg|thumb|left|200px268x268px|População esperando o primeiro trem da Cia. Paulista em Marília no ano de 1928.]]
O portão principal da estação ferroviária ficou de costas para o antigo patrimônio do Alto Cafezal, de frente para o largo, ao lado da praça da igreja de [[Bento de Núrsia|São Bento]], cuja porta principal também está localizada na face norte, ou seja, de costas para o Alto Cafezal. A disposição em que se encontrava a estação ferroviária e as disputas entre os patrimônios deu à cidade uma feição diferente da maioria das cidades do interior do Estado. Marília não possui uma praça central com igreja, jardim e coreto; o que há são duas igrejas com suas respectivas praças, uma em cada vertente da atual Avenida Sampaio Vidal, aberta exatamente na divisa dos dois antigos patrimônios.
[[Ficheiro:Igreja São Bento - Primeira missa - 1929.jpg|miniaturadaimagem|258x258px|Missa inaugural da Paróquia de São Bento, em 1929]]
 
Bento de Abreu pode não ter sido o primeiro a chegar àquelas terras, mas o núcleo urbano não poderia ter tido melhor "padrinho" pois, sem seu impulso, aquele nascente município certamente não teria se desenvolvido de forma tão rápida. Sob sua tutela, em curto espaço de tempo, Marília apresentou vertiginoso crescimento. Instalado no mesmo ano do [[Crash da bolsa|''crash'' da bolsa de Nova Iorque]], o município de Marília parece ter conseguido viabilizar-se sem maiores entraves políticos ou econômicos.
 
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=== A diversificação da produção e a industrialização ===
[[Imagem:Cartaz Revolucionário.jpg|thumb|200px260x260px|Cartaz convocando jovens paulistas para a revolução de 1932.]]
No início do século XX, a economia de Marília era baseada no cultivo de [[Cafeeiro|café]], que, com o tempo, foi sendo substituído pelo [[algodão]]. Neste aspecto destaca-se o imigrante japonês, haja vista terem sido os primeiros a plantarem o algodão na região (já entre 1928 e 1929).
 
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O primeiro edifício construído em Marília foi o Edifício Ouro Verde, em 1951. Ele foi totalmente comercializado em um único dia, seria o advento de um novo ciclo de desenvolvimento urbano que seria experimentado pelo município.
 
Marília teve sua economia transformada no pós-guerra e rearranjada de forma a se adequar as novas possibilidades que surgiram com a industrialização, iniciada no Governo de [[Getúlio Vargas]], tendo seu ápice no Governo de [[Juscelino Kubitschek]] <ref name=":6">{{citar livro|título=Capital da Alta Paulista: Uma história do município de Marília|ultimo=BALESTRIEIRO|primeiro=Geraldo Elvio|editora=Dissertação de mestrado - UNICAMP|ano=1984|local=Campinas|páginas=|acessodata=}}</ref>. Com o fim da Segunda Guerra, a região passa por mais uma diversificação da produção, com a introdução do cultivo do amendoim. Deste modo, no perímetro urbano de Marília passam a surgir beneficiadoras de amendoim que produziam óleos-base para a indústria alimentícia, o que impulsionaria toda uma cadeia de produção que não mais deixaria de se desenvolver. A indústria beneficiadora de amendoim, diferentemente do setor têxtil ou algodoeiro com base exportadora, atendia a um mercado regional e nacional em formação. Sua produtividade era consideravelmente alta e substituiu a exploração agrícola do algodão de maneira acentuada.<ref name=":6" />[[Imagem:Marília_(SP)_-_2.tif|alt=Marília (década de 1960).|thumb|left|200px319x319px|Marília (década de 1960).]] A partir da segunda metade do século XX, a população brasileira, majoritariamente camponesa, tenderia a urbanizar-se. Marília, que em período anterior havia firmado-se como pólo de apoio às atividades agrícolas da Alta Paulista, passou pela nova fase de urbanização observada em todo o país, recebendo indústrias variadas, com especial vocação para os setores metalúrgicos e alimentícios. Paulo Fernando Cirino Mourão, em sua dissertação de mestrado defendida na Unesp de Presidente Prudente, em 1994, destaca o papel dos imigrantes italianos, japoneses e seus descendentes na industrialização mariliense.<ref name=":5">MOURÃO, Paulo Fernando Cirino. A industrialização do Oeste Paulista: o caso de Marília. Presidente Prudente, 1994. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Ciências e Tecnologia: Unesp.</ref>
 
A urbanização levou muitas a buscarem uma reestruturação a fim de garantirem a inserção familiar no ambiente urbano, sendo assim, garantir o estudo dos filhos, passou a ser um meio para tal. Marília contava com uma boa rede de educação primária e secundária, contudo, aos jovens cujas famílias decidiam investir em uma formação de nível superior, a saída era a busca pelos grandes centros. A formação superior dos estudantes marilienses no estado do Paraná, era comum na época; muitos médicos e engenheiros formaram-se na Universidade Federal do Paraná nos anos 1950.<ref name=":4" />
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|fonte=[http://pt.climate-data.org/location/4223/] Climate Data
}}
<!--Fim da Infobox-->[[Ficheiro:Lago. Preservação de nascente em Marília-SP.jpg|miniaturadaimagem|300x300px268x268px|Lago de preservação de nascente em Marília]]
 
=== Hidrografia ===
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=== Cidadãos ilustres ===
[[Ficheiro:Dias Toffoli em outubro de 2019.jpg|miniaturadaimagem|218x218px|Dias Toffoli como Ministro do STF, em 2019.]]'''Política'''[[Ficheiro:Prefeito de Suzano Marcelo Candido.jpg|miniaturadaimagem|181x181px|Marcelo Cândido como 16º prefeito de Suzano, em 2011.]]
[[Ficheiro:Lucas Lima, meia do Santos (34929155980) (cropped).jpg|miniaturadaimagem|194x194px200x200px|Lucas Lima em 2017 no Santos Futebol Clube.]]'''Política'''
 
[[Alcides Paio]]: agropecuarista, radialista e político radicado no estado de Rondônia.
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[[Marcelo Cândido|Marcelo de Souza Cândido]]: professor, contador, geógrafo e político.
 
[[Ficheiro:Prefeito de Suzano Marcelo Candido.jpg|miniaturadaimagem|181x181px|Marcelo Cândido como 16º prefeito de Suzano, em 2011.]]
[[Nelson dos Santos Gonçalves]]: médico e político brasileiro radicado em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro,
 
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[[Fabiano Pereira da Costa]]: ex-jogador de futebol.
 
[[Ficheiro:Lucas Lima, meia do Santos (34929155980) (cropped).jpg|miniaturadaimagem|194x194px|Lucas Lima em 2017 no Santos Futebol Clube.]]
[[Guilherme de Cássio Alves]]: ex-jogador e atual técnico de futebol.
 
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[[Márcio Rossini]]: ex-treinador e ex-jogador de futebol.
[[Ficheiro:Tetsuo Okamoto 1952.jpg|miniaturadaimagem|217x217px|Tetsuo Okamoto nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952.]]
 
[[Olício Gadia]]: advogado, procurador e campeão brasileiro de xadrez radicado no Rio de Janeiro.
 
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==== Catolicismo ====
'''Apostólico Romano'''[[Imagem:Capela Nossa Senhora de Lourdes (Marília - SP).jpg|thumb|200px218x218px|Capela Nossa Senhora de Lourdes.]]
Marília é sede da diocese da região da Alta Paulista, pesiástica de Botucatu e ao Conselho Episcopal Regional Sul I da [[Conferência Nacional dos Bispos do Brasil]]. No dia 8 de maio de 2013, o então padre Luiz Antônio Cipolini foi nomeado bispo diocesano de Marília pelo [[Papa Francisco]], recebendo automaticamente o título de [[Monsenhor]].
 
A diocese de Marília é responsável por uma população de mais de 600.000 fiéis, compreende 60 paróquias, divididas entre 37 municípios, sendo a sede, a Basílica Menor de São Bento, em Marília e possuindo São Pedro como santo padroeiro.
[[Ficheiro:Brasão Diocese de Marília.jpg|miniaturadaimagem|Brasão da Diocese de Marília|182x182px]]
A diocese subdivide-se entre três regiões pastorais, sendo elas:
 
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== Infraestrutura ==
[[Imagem:Marília (SP).tif|thumb|200px|Marília (década de 1960).|alt=Marília meados do século XX.]]
 
=== Comunicações ===
==== Telefonia ====
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== Educação ==
[[Imagem:Unesp Campus Marília.jpg|alt=Tarde de outono no campus de Marília da Unesp|thumb|200px255x255px|Tarde de outono no ''campus'' da Unesp de Marília.]]
O município conta com uma privilegiada estrutura de ensino, possuindo sistemas de educação desde o ensino básico até o superior e a pós-graduação.
 
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Marília enfrenta algumas dificuldades relacionadas à infraestrutura logística de acesso à cidade; a malha ferroviária encontra-se desativada tanto para passageiros como para cargas, existe uma demanda regional reprimida no setor aéreo, pois o aeroporto de Marília não oferece estrutura para o recebimento de grandes aeronaves, operando com uma única empresa (Azul) e para um único destino (Campinas), não há uma ligação rodoviária rápida oferecida por empresas rodoviárias a grandes centros e especialmente à capital do estado, de modo que, os 438Km que separam Marília de São Paulo, não podem ser vencidos em menos de 6 horas de viagem pela empresa que detém o monopólio do trecho.
 
=== '''Ferroviário ==='''
 
Marília é servida pela [[Companhia Paulista de Estradas de Ferro]], localizando-se na chamada [[Linha Tronco Oeste (Companhia Paulista de Estradas de Ferro)|Linha Tronco Oeste]], também denominada como Alta Paulista, do qual foi reconhecida como a capital. Atualmente tanto o transporte de cargas, como de passageiros encontram-se desativados, estando grande parte do patrimônio ferroviário em estado de sucateamento.
 
Os últimos trens de passageiros de longa distância, inicialmente da antiga [[Ferrovia Paulista S/A|Fepasa]] e posteriormente da antiga [[Ferrovia Bandeirantes S/A|Ferroban]], realizaram suas paradas na Estação Ferroviária de Marília pela última vez no dia 16 de março de 2001, onde por muitos anos atenderam a cidade e seus moradores e sendo desativados em seguida pela extinta concessionária. <ref>{{Citar web |url=http://www.estacoesferroviarias.com.br/m/marilia.htm |titulo=Marília -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo |acessodata=2020-10-02 |website=www.estacoesferroviarias.com.br}}</ref>
 
Atualmente, com a renovação do contrato de concessão da ferrovia à [[Rumo Logística]], pretende-se em breve reativar o transporte ferroviário de cargas na região, logo após o processo de revitalização dos trilhos desta. <ref>{{Citar web |ultimo=Marília |primeiro=Giro |url=https://www.giromarilia.com.br/noticia/giro-marilia/regiao-de-marilia-tera-mapa-de-ocupacao-em-ferrovia-trens-voltam-ate-2024/26623 |titulo=Região de Marília terá mapa de ocupação em ferrovia; trens voltam até 2024 - Notícias sobre giro marília - Giro Marília Notícias |acessodata=2020-10-02 |website=Giro Marília |lingua=pt-br}}</ref>
 
=== '''Aéreo ==='''
 
=== Aéreo ===
O [[Aeroporto de Marília]] (Aeroporto Estadual Frank Miloye Milenkovich) localiza-se a 3&nbsp;km do centro da cidade. Inaugurado em 1938, o aeroporto fez grande história na aviação brasileira. Principalmente por se tratar do berço da companhia aérea [[TAM Linhas Aéreas]]. O atual aeroporto possui uma pista asfaltada, com comprimento de 1.700 m e 35 m de largura, comportando pequenas aeronaves.
 
A única empresa que atua regularmente é a [[Azul Linhas Aéreas Brasileiras]], que anunciou as atividades na cidade em 1 de julho de 2011. A empresa opera voos diretos para o aeroporto de [[Aeroporto Internacional de Campinas|Viracopos]] de segunda a sábado às 5:35am, de domingo à sexta às 15:10pm e aos sábados às 15:15pm. A duração da viagem é de aproximadamente 1 hora.
 
==== '''Rodoviário ===='''
 
O município é servido por duas rodovias estaduais: a Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) e a Dona Leonor Mendes de Barros (SP-333); e por uma federal: a Transbrasiliana (BR-153).
* Rodovia do Contorno
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* [[SP-294]] - Rodovia Comandante [[João Ribeiro de Barros]]
* [[SP-333]] - Rodovia Rachid Rayes
'''Transporte Privado'''
 
A frota de automóveis no município de Marília é de aproximadamente 86.718 mil veículos (Denatran-Maio/2015);<ref>[http://www.denatran.gov.br/frota2015.htm Denatran]</ref> uma média aproximada de um carro para cada 3 moradores.
 
===== '''Transporte Privado =====público'''
 
'''Urbano'''
 
===== Transporte público =====
====== Urbano ======
Transporte Público: Marília conta com transporte urbano servido pelas Empresas Grande Marília e Viação Sorriso de Marília, que operam por linhas regulares levando os usuários aos quatro cantos da cidade.
 
'''Interurbano'''[[Imagem:Terminal Rodoviário de Marília.jpg|thumb|left|200px223x223px|Terminal Rodoviário de Marília]]
====== Interurbano ======
[[Imagem:Terminal Rodoviário de Marília.jpg|thumb|left|200px|Terminal Rodoviário de Marília]]
O Terminal Rodoviário Interestadual de Marília "Comendador José Brambilla" está localizado às margens da Rodovia [[SP-294]], na Avenida Carlos Artêncio, 1001 e foi inaugurado em 2003, com projeto diferenciado e moderno, com áreas temáticas, mirante, guarda volumes, lojas e posto de informação turística e conta com empresas com linhas regulares para todas as regiões do país e também que atendem as linhas interurbanas entre os municípios vizinhos.
[[Imagem:Rodoviária de Marília 1947.JPG|thumb|200px219x219px|Primeira rodoviária de Marília - 1947.]]
As principais empresas rodoviárias que servem o município de Marília são: Guerino Seiscento, Expresso de Prata, Princesa do Norte, Real Expresso, [[Viação Motta]], Viação Kaissara, Viação [[Nacional Expresso]] e Viação Rotas do Triângulo.
 
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=== Habitação ===
==== '''Bairros ===='''
 
==== Bairros ====
{| class="wikitable"
|+Distrito Sede<ref>{{Citar web|url=http://www.mbi.com.br/mbi/biblioteca/cidade/marilia-sp-br/|título=Marília (SP) - Índice de bairros e demais núcleos populacionais - mbi.com.br|acessodata=2017-06-07|obra=www.mbi.com.br|lingua=en}}</ref>
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|Jardim Virgínia
|}
==== '''Condomínios fechados horizontais ===='''
 
==== Condomínios fechados horizontais ====
No Brasil, os primeiros condomínios surgiram na cidade de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], primeiramente com edifícios verticais, no início da década de 1970. Os condomínios horizontais começaram a ser implantados ao final desta mesma década a oeste da [[Região Metropolitana de São Paulo|região metropolitana de São Paulo]]. A partir de então, os empreendimentos destinados à elite, localizados distantes do centro principal da cidade, tornaram-se tendência.
 
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== Economia ==
[[Imagem:Produtos de Exportações de Marília (2016).png|thumb|200px318x318px|Principais produtos de exportação de Marília (2016).]]
Marília foi nas primeiras décadas do século XX uma região de fronteira e expansão de agricultura, tendo despontado na produção e beneficiamento de café e algodão. Posteriormente a produção agrícola foi diversificada com a introdução da [[sericicultura]] e dos cultivos de melancia e amendoim, cujas produções ainda garantem lugar de destaque no estado de São Paulo. Marília também possui o terceiro maior rebanho bovino do Estado de São Paulo com 116,5 mil cabeças, ficando atrás apenas dos municípios de [[Rancharia]] e [[Mirante do Paranapanema]].<ref>{{Citar periódico|data=2017-10-06|titulo=Marília tem 3º maior rebanho de gado de São Paulo • Marília Notícia|url=https://marilianoticia.com.br/marilia-tem-3o-maior-rebanho-de-gado-de-sp/|jornal=Marília Notícia|lingua=pt-BR}}</ref>
 
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O parque industrial mariliense conta com cerca de 1 100 empresas distribuídas nos setores alimentício, metalúrgico, construção, têxtil, gráfico e plástico, entre outras. Além das plantas fabris de empresas multinacionais, como [[Nestlé]] e [[Coca-Cola|Coca Cola]], Marília possui a especificidade de ter sido o berço de diversas empresas que posteriormente ganharam destaque em âmbito nacional e internacional, como Dori, [[Marilan]] e Sasazaki.
 
=== '''Empresas fundadas em Marília ==='''
 
==== '''Sasazaki ===='''
 
A história da Sasazaki no Brasil começou a ser edificada em 1933, quando a família Sasazaki desembarcou em [[Santos]] (SP), vinda do Japão – juntamente com centenas de outros imigrantes – e instalou-se numa [[fazenda]] em [[Guaimbê]] – [[interior de São Paulo]]. Após dez anos de trabalho na [[agricultura]] e para sustentar a família após a morte do pai, em 1943 Yosaku Sasazaki, os irmãos Kosaku e Yusaburo migraram de Guaimbê para Marília, dedicando-se à fabricação artesanal de [[lamparina]]s com folha de flandres recicladas, seria este o embrião da Sasazaki.
 
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Em 1996 a fábrica foi transferida para o Distrito Industrial, com uma área construída de 60 mil m². No ano seguinte foi criada a Divisão de Esquadrias de Alumínio. A empresa adquiriu uma área anexa à principal, e aumentou o seu parque industrial para mais de 70 mil m² de área construída. Em 2009, a Sasazaki passou a ser a primeira empresa brasileira do segmento a utilizar [[nanotecnologia]] em seu processo de fabricação. Em 2011 uma filial da empresa foi inaugurada em [[Jaboatão dos Guararapes]] (PE), o que permitiu reafirmar a eficiência [[logística]] da Sasazaki e a expansão dos negócios para a [[Região Nordeste do Brasil|região Nordeste]]. O complexo industrial, localizado em Marília, foi ampliado, passando de 75 mil m² para 78 mil m², com o aumento da área construída da fábrica de alumínio. Uma nova linha de produção de esquadrias de alumínio foi instalada, com capacidade de produção de mil peças por dia.<ref>{{Citar web|url=http://www.sasazaki.com.br/quem-somos/historia-de-sucesso/|titulo=Seja bem vindo ao novo portal da Sasazaki. Saiba mais sobre a maior fabricante de Portas e Janelas do Brasil.|acessodata=2017-04-16|obra=Portal Sasazaki - Portas e janelas}}</ref> Atualmente a empresa possui cerca de 900 funcionários diretos e é uma das maiores indústrias brasileiras no segmento.<ref>{{Citar web|url=http://www.jornaldamanhamarilia.com.br/exibe.php?id=951|titulo=Sasazaki realiza paradas seletivas e férias coletivas para evitar demissões &#124; Jornal da Manhã|acessodata=2017-04-16|obra=Sasazaki realiza paradas seletivas e férias coletivas para evitar demissões &#124; Jornal da Manhã|ultimo=Manhã|primeiro=Jornal da}}</ref>
 
==== '''Bradesco ===='''
 
Foi em Marília que o ribeirão-pretano [[Amador Aguiar]] fundou o Banco Brasileiro de Descontos S.A., em 10 de março de 1943. O [[Bradesco]] funcionava com a matriz em Marília e mais seis agências, nas cidades paulistas de [[Garça (São Paulo)|Garça]], [[Getulina]], [[Pompeia (São Paulo)|Pompeia]], [[Rancharia]], [[Tupã (São Paulo)|Tupã]] e [[Vera Cruz (São Paulo)|Vera Cruz]]. O contato direto com o Cliente foi o sucesso do negócio, pois enquanto os bancos tradicionais se distanciavam dos [[Colono|colonos]], o [[Bradesco]] via crescer as contas daquela gente numerosa e simples.
 
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O Brasil era um imenso arquipélago com ilhas geoeconômicas incomunicáveis entre si. Além de incipiente, a produção industrial enfrentava graves dificuldades de transporte. O Banco incursionou por esse filão heterodoxo; do [[remédio]] ao [[trigo]], das peças de reposição ao [[combustível]], era possível encomendá-los em suas agências. Ao funcionar como uma espécie de empório, somado ao seu crescente número de clientes [[Agricultura|agricultores]], o banco atraiu comerciantes e prefeituras. O Bradesco conquistou novos clientes e transformou-se em um banco de massas. Em 1946 a matriz foi transferida para a capital do estado e em 1948, o Bradesco adquiriu o Banco Mobilizador de Crédito, do Rio de Janeiro, então Capital Federal. De banco regional o Bradesco passou a banco nacional, anexando dezenas de outros bancos e instituições financeiras durante toda a sua trajetória. 
[[Ficheiro:Imagem Sede - Wikipedia (1).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|300x300px|Prédio sede da empresa]]'''Marilan'''
 
==== Marilan ====
Fundada em 1956 pelo casal de origem italiana Maximiliano e Iracema Garla, ganhou seu primeiro prédio no ano seguinte, onde eram produzidos biscoitos Maria, Água e Sal, Coco e [[Maisena]] em [[Forno a lenha|forno à lenha]]. O nome da empresa foi escolhido pela própria comunidade mariliense através de concurso realizado por uma rádio local.<ref name=":1">{{Citar periódico|titulo=Fundador da Marilan morre em Marília|jornal=jcnet.com.br|url=http://www.jcnet.com.br/Regional/2013/08/fundador-da-marilan-morre-em-marilia.html}}</ref> A produção inicial, essencialmente artesanal, cresceu em qualidade e quantidade, de modo que no fim dos anos 1960 já eram produzidos 600&nbsp;kg de biscoitos por hora. Nos anos 70 a família Garla adquiriu um novo terreno em Marília e construiu seu parque industrial, com 67 mil m² e empregando 250 funcionários. Nos anos 90 a Marilan já produzia 84 mil toneladas de biscoitos por ano e contava com 1300 colaboradores diretos.
 
Em 1995, o senhor Maximiliano recebeu o prêmio de empresário do ano e em 1997, recebeu o título de "Cidadão Mariliense", concedido pela Câmara Municipal de Marília.<ref name=":1" /> Atualmente a Marilan é a segunda maior fabricante de biscoitos do Brasil, gera mais de 3 mil empregos diretos e indiretos, sua planta fabril funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. A empresa possui um catálogo de mais de 100 itens e uma capacidade produtiva de até 200 mil toneladas por ano; seus produtos são exportados para mais de 50 países em todos os continentes.<ref>{{Citar periódico|titulo=A marilan - Marilan|jornal=Marilan|url=http://www.marilan.com/a-marilan.html}}</ref>
 
==== [[LATAM Airlines Brasil|'''TAM''']] ====
 
A TAM Linhas Aéreas S.A., maior empresa aérea do país, foi fundada em Marília. Ela surgiu como TAM (Táxi Aéreo de Marília) em 1961, a partir da união de dez jovens pilotos de [[monomotor]]es. Na época, eles faziam o transporte de cargas e de passageiros entre o Paraná e os estados de São Paulo e [[Mato Grosso]].
 
==== '''Intercoffe/Café América ===='''
 
A Intercoffe foi fundada em Marília em 1962, iniciando suas atividades como produtora, comissária e exportadora de café. Com o crescimento das exportações de café crú para países da Europa, América do Norte e Ásia, a Intercoffe chegou aos anos 1970 como uma das maiores indústrias do segmento no país.
 
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Atualmente a Intercoffe é proprietária das marcas Bevan (''capuccinos'' instantâneos) e América (cafés em pó, solúveis granulados, em grãos, em cápsulas e chocolate em pó). <ref>{{Citar web|url=http://www.intercoffee.com.br|titulo=Intercoffee - Café América, Bevan, Máquina de Café, Cappuccino, Vending|acessodata=2018-01-22|obra=www.intercoffee.com.br|ultimo=Imagem|primeiro=Agência Criativa}}</ref> Os marilienses costumam degustar gratuitamente o Café América, já que a Intercoffe mantém máquinas de café em diversos estabelecimentos da cidade, como restaurantes e supermercados. .
 
==== '''Dori Alimentos ===='''
 
A Dori iniciou suas atividades em 8 de maio de 1967 na cidade de Marília, devendo o nome ao apelido da fundadora, Doraci dos Santos Spila. A produção inicial era de [[pipoca]] e [[amendoim]] com o nome "Guri", fabricados artesanalmente na casa de dona Doraci. Em 1970, o esposo de dona Doraci, Augusto Spila, deixou o emprego como técnico de rádio e juntou-se à empresa, que seis anos depois ganharia sede própria. Em 1986 a Dori ganhou uma filial que dedicava-se à seleção e ao preparo da [[Matéria-prima|matéria prima]] para a produção da empresa matriz, a partir de então, a filial contratou um [[engenheiro agrônomo]] que prestava assessoria aos produtores de amendoim região, orientando-os sobre plantação, manejo e qualidade, resgatando a tradição da produção local de amendoim, que na década de 40 era uma das maiores do país. Esse serviço firmou uma relação de parceria entre os produtores locais e a empresa. Um laboratório de análise de amendoim foi criado e hoje garante a excelência e a qualidade do produto, sendo a única indústria de confeitos do País a oferecer este serviço.
 
A família Barion, de origem italiana, assim como os Spila, assumiu a Dori em 1995 e em 2003 um centro de distribuição foi criado em Marília. Hoje, a Dori Alimentos está presente no mercado de balas, [[caramelo]]s, [[Goma de mascar|gomas de mascar]], pastilhas, confeitos, [[pirulito]]s e [[Amendoim|amendoins]]. A empresa figura entre as gigantes do setor de [[Doce (alimento)|doce]]s e ''[[Salgado (comida)|snacks]]'', liderando o mercado brasileiro, atrás apenas das multinacionais. A Dori possui atualmente 2.300 funcionários e gera entre 900 e 1000 empregos indiretos. A capacidade produtiva é de 9 mil toneladas de produtos/mês. As três unidades fabris hoje existentes - duas em Marília, [[interior de São Paulo]], e outra em [[Rolândia]], no [[Paraná]] - abastecem praticamente todo o país. Além disso, a empresa mantém centros de distribuição que garantem a capilaridade do negócio, são três em [[Pernambuco]] e sete distribuídos entre [[Bahia]], [[Alagoas]], [[Rio Grande do Norte]], [[Paraíba]], [[Ceará]], [[Piauí]] e [[Maranhão]]. A Dori exporta atualmente para mais de 60 países, sendo que, do total faturado pela Dori em 2011, R$ 46 milhões foram provenientes de exportações.<ref>{{Citar web|url=http://www.dori.com.br/a_essencia_da_dori|titulo=Dori Alimentos S.A.|acessodata=2017-04-16|obra=www.dori.com.br|ultimo=Consulting|primeiro=Commit|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170417070853/http://www.dori.com.br/a_essencia_da_dori|arquivodata=2017-04-17|urlmorta=yes}}</ref>
 
==== '''Grupo Kawakami ===='''
 
A origem do Grupo Kawakami remonta ao ano de 1973, com a abertura da Cerealista Brasil por parte do senhor Iwao Kawakami, que chegou ao [[Brasil]] no ano de 1928 com os pais, o senhor Sakumatsu e a senhora Tama. Trabalhando inicialmente na lavoura cafeeira no município de [[Duartina]], os Kawakami em poucos anos arrendaram terras no município de Marília, onde plantaram batata, amendoim, algodão e milho. Ficando órfãos ainda crianças, Iwao e mais dois irmãos trabalham duro para sobreviver e pagar as dívidas contraídas com os arrendamentos.
 
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O Grupo Kawakami chega ao século XXI com uma trajetória de muito trabalho, sucesso, modernização e expansão, contando com mais de 1500 colaboradores. <ref>{{Citar web|url=http://www.kawakami.com.br/sobre-nos|titulo=Sobre Nós|acessodata=2018-02-05|obra=www.kawakami.com.br|lingua=pt-br}}</ref>
 
==== '''Bel Chocolates ===='''
 
A Bel foi fundada em 4 de julho de 1976 pelo também descendente de [[italianos]] Paulo Sérgio Zaparolli Dedemo. O nome da empresa foi uma homenagem à sua esposa "Isabel". Os primeiros produtos, amendoim salgado, pé-de-moleque e pipoca, eram fabricados artesanalmente e com receitas caseiras. Em 1984 a Bel se transferiu para as instalações atuais, no Jardim Santa Antonieta, em Marília, com uma área de 11.000m². Atualmente, com várias linhas de produção e equipamentos de tecnologia avançada, atende a todo o mercado nacional e exporta para diversos países de todo o mundo.
 
==== '''Menin Engenharia ===='''
 
A Menin Engenharia foi fundada pelo engenheiro Gustavo Lorenzetti Menin no ano de 1986. A empresa, fundada em Marília, teve seu campo de atuação expandido em nível estadual, chegando nos últimos anos ao norte do Paraná. Referência na área de construção de conjuntos residenciais, a Menin Engenharia contabiliza mais de 25.000 unidades entregues, além da construção de shoppings e edifícios de alto padrão.
 
Destacam-se entre suas obras, os Shoppings Aquarius e Esmeralda, os edifícios de alto padrão, Royal Garden e Golden Tower, construídos em Marília, diversos loteamentos e unidades habitacionais construídas através dos programas da Caixa Econômica Federal e do CDHU em várias cidades do estado de São Paulo, inclusive na capital e no Paraná.<ref>{{Citar periódico|data=2017-04-07|titulo=Gustavo Menin recebe título de cidadão mariliense • Marília Notícia|url=https://marilianoticia.com.br/gustavo-menin-recebe-titulo-de-cidadao-mariliense/|jornal=Marília Notícia|lingua=pt-BR}}</ref>
 
==== '''Tauste Supermercados ===='''
 
Inaugurado em outubro de 1991, iniciou suas atividades em uma pequena loja de bairro. O nome escolhido remonta à cidade de origem familiar dos fundadores, [[Tauste]], na província de [[Zaragoza]], na [[Espanha]]. No ano de 2000, mudou-se para um novo prédio, que se tornou a matriz da empresa e nele estão localizados os setores administrativos. Em março de 2004, o Tauste abriu sua segunda loja em Marília, expandindo seus negócios e consolidando sua presença na cidade.  Em 2008, o Tauste inaugurou sua terceira loja, na cidade de [[Bauru]], sendo a primeira em outro município. Em 2014 foi inaugurada a quarta loja, desta vez em [[Sorocaba]], que em 2016 recebeu mais uma loja. Ainda em 2016 inaugurou o Centro Administrativo localizado em Marília.. Em 2017 inaugurou uma nova loja em Jundiaí, em 2018 a segunda loja em Bauru e em 2019 o Centro de Distribuição localizado às margens da Rodovia Castelo Branco - km 78 em Itú. Atualmente a rede possui sete lojas, totalizando mais de 3.300 colaboradores, demonstrando o grande crescimento do Tauste ao longo dos seus anos de atividades.<ref>{{Citar web|url=http://www.tauste.com.br/tauste/pt/index.php|titulo=Supermercados Tauste - Faz toda a diferença!|acessodata=2017-04-16|obra=www.tauste.com.br|ultimo=http://www.triata.com.br|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170428063408/http://tauste.com.br/tauste/pt/index.php|arquivodata=2017-04-28|urlmorta=yes}}</ref>
 
==== '''Serve Engenharia ===='''
 
A Serve Engenharia, fundada em Marília em 1999, atua na construção civil em vários segmentos, desde a indústria, bancos, sistema financeiro habitacional, cooperativas habitacionais, entidades de classe, CDHU, além de residenciais e comerciais.
 
Com um corpo técnico composto por profissionais da área de engenharia, arquitetura, recursos humanos e contabilidade, a empresa já entregou mais de 10.000 unidades habitacionais em todo o território nacional. Os residenciais Arezzo e Viareggio, na zona oeste de Marília, com mais de duzentas residencias, foram entregues pela Serve <ref>{{Citar web|titulo=Residencial Viareggio é entregue e valoriza zona Oeste de Marília • Marília Notícia|url=https://marilianoticia.com.br/residencial-viareggio-e-entregue-e-valoriza-zona-oeste-de-marilia/|obra=Marília Notícia|data=2019-07-27|acessodata=2019-07-29|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Serve Engenharia Ltda|url=http://www.100cen.com.br/parceiros/serve-engenharia-ltda-13|obra=100% Assessoria Imobiliaria|acessodata=2019-07-29|lingua=pt-BR|primeiro=100% Assessoria Imobiliária de Marília e região e Grande São|ultimo=Paulo}}</ref>
 
==== '''Master Chicken ===='''
 
A Master Chicken é fruto de uma nova geração de empreendedores em sintonia com tendências internacionais no ramo de ''[[franchising]] em [[fast-food]]''. Até pouco tempo, os restaurantes desta modalidade abertos no Brasil eram todos de capital estrangeiro, contudo uma nova geração de empreendedores estão fazendo sucesso com empreendimentos nacionais.
 
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O sucesso foi tão grande em Marília, que o empreendimento recebeu votos de congratulações da câmara municipal em função da inovação e qualidade. Em 2016 o casal iniciou o processo de expansão através de franquias; o objetivo eram três unidades até o final do ano, contudo, a aceitação foi tamanha, que no final de 2016 a Master Chicken já contava com 15 franquias em cinco estados brasileiros; em 2017 já eram 34. A empresa que segue em acelerada expansão pelo Brasil já planeja a internacionalização da marca. <ref>{{Citar periódico|data=2017-03-07|titulo=Rede de frango no balde cresce além do esperado, apostando num sabor incrível para seu produto - Lucky|url=http://luckyassessoria.com.br/rede-de-frango-no-balde-cresce-alem-do-esperado-apostando-num-sabor-incrivel-para-seu-produto/|jornal=Lucky|lingua=pt-BR}}</ref>
 
=== '''Comércio ==='''
 
No setor comercial, Marília dispõe de um mix de lojas dos mais variados segmentos. O município possui dois shoppings centers, galeria, além de um centro comercial com calçadão híbrido, atraindo consumidores de toda a região, num raio de até 100 quilômetros. O setor agropecuário também tem participação no município; café, amendoim, melancia, borracha, coco, laranja, manga, maracujá, cana-de-açúcar, mandioca, milho, são culturas produzidas na zona rural. Suinocultura, bovinocultura (corte e leite) e avicultura (corte e produção de ovos) também tem seu espaço na economia mariliense.
 
==== '''Centros Comerciais ===='''
 
===== '''Marília Shopping ====='''
 
Inaugurado em dezembro de 2000, o Marília Shopping - Jardim Aquarius transformou-se no maior centro comercial de Marília e Região, abrangendo um raio de 120&nbsp;km e uma população de mais de 1 200 000 pessoas. Com acesso fácil pela Rodovia do Contorno que corta a cidade e liga os municípios da região, conta com moderna infraestrutura instalada em uma área de 60 mil m².
 
Oferece estacionamento rotativo com 5 600 vagas por dia, praça de alimentação diversificada, ampla área de entretenimento com boliche e diversões eletrônicas para crianças, cinco salas de cinema, livraria, brinquedoteca, fraldário, praça de eventos e mais de 170 lojas das mais conceituadas grifes. O empreendimento também conta com uma brigada de incêndio e seguranças 24 horas por dia permanentes no Shopping, garantindo assim que seus visitantes possam desfrutar de momentos de muita descontração com total tranquilidade e conforto.
 
===== '''Esmeralda Shopping ====='''
 
Localizado na Avenida das Esmeraldas, o corredor comercial mais valorizado e concorrido de Marília, o Esmeralda Shopping se consolidou como o mais moderno, seguro e confortável centro de compras de Marília e região, possuindo 3 pisos com cinema, escadas rolantes, praça de alimentação, num ambiente climatizado para maior conforto e comodidade. Oferece um diversificado ''mix'' de lojas e serviços com amplo estacionamento, monitorado por profissionais especialmente treinados.
 
===== '''Shopping Atenas ====='''
 
A Galeria Atenas foi inaugurada no dia 27 de Novembro de 1991, sua construção surgiu da remodelação do antigo prédio da loja Mesbla, constituindo o 1º conglomerado de lojas em Marília, causando mudança de conceito comercial varejista na região. Em 2018 passou a se chamar Shopping Atenas. Desde a sua inauguração, o Shopping Atenas tornou-se um ponto de referência no comércio de Marília e Região, sendo ele um dos mais antigos da cidade, localização privilegiada e de fácil acesso. Suas lojas detêm [[franquia]]s e grifes das mais renomadas no cenário nacional. No ano de 2018 o Grupo Educacional [[FAEF]]/[[FAIT]]/[[FAIP]] assumiu a galeria e com isso passou a se chamar Shopping Atenas, hoje o shopping conta com uma ampla estrutura, contando com mais de 50 lojas, com um ''mix'' variado, estacionamento contando com mais de 100 vagas para clientes e esquema de segurança que dá uma maior confiabilidade para os frequentadores. O grupo que administra o shopping já tem projetos para a ampliação do local no futuro.
 
===== '''Mercado 9 de Julho ====='''
 
Datado de 1928, o Mercadão Municipal, como era conhecido até os anos 2000, quando passou por uma reforma, foi o embrião dos Centros Comerciais de Marília. Em uma época em que não havia supermercados e as vendas não abriam aos domingos, o Mercadão era a salvação das donas de casa. Inicialmente o Mercadão reunia em peso diversos empresários de origem japonesa, que valiam-se do espaço para comercializar flores e hortifrutigranjeiros.
 
Reformulado e readequado às necessidades atuais, o Mercado ganhou um restaurante/[[churrascaria]], um café/bar, floriculturas/cestarias, oficina de costura, loja de produtos orientais, [[laticínios]], sorveteria, doceria, artigos esotéricos, galeria de artes e [[Pet shop|pet-shops]]. A [[coxinha]] de massa de [[batata]] e o tradicional [[Pastel (culinária)|pastel]] de ovo do Hélio e do Hirata, encontrados no Mercado são bem recomendados aos visitantes da cidade.<ref>{{Citar web|url=http://www.mercadao9dejulho.com.br/|titulo=Mercadão 9 de Julho :: Desde 1928|data=|acessodata=2017-04-15|obra=www.mercadao9dejulho.com.br|ultimo=http://www.mercadao9dejulho.com.br|primeiro=Mercado 9 de Julho -}}</ref>
 
===== '''CEAGESP - Entreposto de Marília ====='''
 
Localizado na rua Reverendo Crisanto César, 209, às margens da Rodovia do Contorno, no Jardim Santa Antonieta, o entreposto do CEAGESP em Marília serve a região desde os anos 1980.
* Volume anual: 14,4 mil t – participação de 0,3% do total da rede CEAGESP
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== Esporte ==
[[Ficheiro:Marilia AC.png|miniaturadaimagem|155x155px|Escudo do Marília Atlético Clube]]
=== '''Futebol ==='''
 
O futebol de Marília está intimamente ligado à história de duas equipes que durante boa parte das décadas de 1950 e 1960 disputaram a atenção dos torcedores e o privilégio de representar a cidade nos campeonatos da [[Federação Paulista de Futebol]].
 
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A partir de 2015, o que havia começado com um projeto esportivo para jovens e crianças, torna-se a Associação Atlética Vila Nova. Neste ano, o Vila Nova de Marília passa a competir em competições municipais, regionais, estaduais e no âmbito nacional. Em sua primeira participação da Copa Nacional, a instituição sagrou-se campeã de duas das três categorias da competição, sendo que na outra foi vice-campeã. Diante disso, ocorreu a filiação junto à Liga de Futebol Paulista, em janeiro de 2016. O ano de 2018 marca o inicio da participação da A. A. Vila Nova na cidade de Marília, no bairro Vila Nova, no Estádio do Bairro, o famoso “Mineirão” Nelson Cabrini, com uma vitória de 3 a 0 sobre Corinthians de Presidente Prudente na Categoria Sub-16.
[[Ficheiro:Tetsuo Okamoto 1952.jpg|miniaturadaimagem|Tetsuo Okamoto nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952.]]
Em 2016, mais uma agremiação esportiva profissionalizou-se na cidade com o nome de [[Atlético Marília]]. No mesmo ano a equipe disputou sua primeira competição na Liga de Futebol Nacional, a Taça Paulista sub 18. Seu primeiro jogo oficial foi contra o [[Jaguariúna Futebol Clube]]. Suas cores eram verde e amarelo, porém para a disputa da [[Taça Paulista]] a equipe mudou seu escudo e suas cores para o atual azul e branco.
 
Em 2016, mais uma agremiação esportiva profissionalizou-se na cidade com o nome de [[Atlético Marília]]. No mesmo ano a equipe disputou sua primeira competição na Liga de Futebol Nacional, a Taça Paulista sub 18. Seu primeiro jogo oficial foi contra o [[Jaguariúna Futebol Clube]]. Suas cores eram verde e amarelo, porém para a disputa da [[Taça Paulista]] a equipe mudou seu escudo e suas cores para o atual azul e branco.
=== Olimpíadas ===
Os atletas [[Tetsuo Okamoto]] e [[Thiago Braz]], medalhistas olímpicos, são naturais da cidade.
 
== Cultura ==
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* [[Alta Paulista]]
* [[Diocese de Marília]]
* [[Catedral Basílica de São Bento]]
 
{{Referências}}