Amor: diferenças entre revisões

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Até a Igreja tornar o casamento um [[Sacramentos católicos|sacramento]], bastavam os votos dos noivos; o adultério era frequente entre nobres que, tendo seduzido uma serva sem o consentimento desta, estaria livre do erro após pagamento de pequena multa; [[Thomas Wright (escritor)|Thomas Wright]] chegou a dizer que "''a sociedade medieval era profundamente imoral e licenciosa.''"<ref name=wdhc/>
 
A despeito disto tudo, a visão católica da mulher prevalecia, tal como preconizara [[João Crisóstomo|Crisóstomo]]: "''um mal necessário, tentação natural, calamidade desejável, perigo doméstico, fascinação mortal, o próprio mal que se apresenta disfarçado''" e [[Tomás de Aquino]] dava-lhe uma posição inferior à de um escravo: "''A sujeição da mulher está de acordo com a lei da natureza, o que já não se dá com o escravo''" - pois o homem, não a mulher, havia sido feito à imagem e semelhança de Deus (mas esta informação não é acurada e está em contradição com o que se lê em Gn 1:27 "Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.*"<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/genesis/1/ |titulo=Gênesis, 1 |acessodata=26/01/2021 |publicado=Bíblia Católica online}}</ref>) <ref name=wdhc/>
 
O termo ''amor cortesão'' surgiu com [[Gaston Paris]], no final do {{séc|XIX}}, para designar a forma de amar expressa nas canções dos trovadores do {{séc|XII}} da região de [[Languedoque]], onde teria se originado. Suas regras teriam origem em [[Ovídio]] (no seu ''[[Ars Amatoria]]''), na poesia árabe ibérica e no [[platonismo]], embora guardem realmente caracteres do ambiente palaciano no qual se desenvolveu - e pressupõem uma série de normas que formam uma espécie de código a ser obedecido. Por este código o homem deveria demonstrar seu valor, sua coragem, para merecer da amada uma recompensa, que deveria ser razoável - pois a dama deveria obrigatoriamente a ela aquiescer, sob pena de ser taxada de cruel e desalmada. Havia, contudo, o componente de que o objeto do amor - a mulher amada - deveria ser inatingível, quer por a dama ocupar uma posição social mais elevada, quer por já se encontrar comprometida ou, mais raramente, até mesmo ser casada. Este seria o "verdadeiro amor", em contraste com o "falso amor", onde haveria falsidade nas declarações e na devoção, ciúmes indevidos ou inconstância nos sentimentos.<ref name=zahar>{{citar livro|autor=Henry R. Loyn (org.) |título=Dicionário da Idade Média |editora=Jorge Zahar Editor|local=Rio de Janeiro|ano=1990|isbn=8571101515}}</ref>