Afonso Ribeiro: diferenças entre revisões

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==Biografia==
Afonso Ribeiro foi um português que teve participação na história do "[[Descoberta do Brasil|descobrimento" do Brasil]]. Embarcou na frota de Pedro Álvares Cabral, por ter sido condenado ao "[[degredo]]" por "culpas de morte", ou seja, por ter cometido assassinato.<ref name=":1">{{Citar web |url=https://www.opresente.com.br/artigos/um-personagem-tragico-do-descobrimento-do-brasil/ |titulo=Um personagem trágico do descobrimento do Brasil |data=2015-04-22 |acessodata=2021-02-02 |website=O Presente |lingua=pt-BR}}</ref> Era criado de um certo João de Telo e estava para casar com Elena Gonçalves que, desiludida com o destino do noivo, fez votos de religiosa.
Dentre mil e quinhentos homens que se aproximaram do território brasileiro no ano de 1500, sob o comando de [[Pedro Álvares Cabral]], o selecionado para descer em terra e explorá-la foi Afonso Ribeiro, quem desembarca acompanhado do escrivão [[Pero Vaz de Caminha]]. Dessa primeira exploração, este último escreve acerca de peculiaridades da população local - especialmente das mulheres. Afonso Ribeiro continua sendo enviado a conhecer melhor a terra nos dias subsequentes, sempre partindo pela manhã do navio e retornando à noite. À bordo, contava aos portugueses sobre suas descobertas.<ref name=":0">{{Citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2016/11/1808616-conheca-historia-do-primeiro-portugues-a-pisar-no-brasil.shtml |titulo=Folha de S.Paulo - Livraria da Folha - Conhe�a hist�ria do primeiro portugu�s a pisar no Brasil - 02/11/2016 |acessodata=2021-02-02 |website=Folha}}</ref>
 
Dentre mil e quinhentos homens que se aproximaram do território brasileiro no ano de 1500, sob o comando de [[Pedro Álvares Cabral]], o selecionado para descer em terra e explorá-la foi Afonso Ribeiro, quem desembarca acompanhado do escrivão [[Pero Vaz de Caminha]]. Dessa primeira exploração, este último escreve acerca de peculiaridades da população local - especialmente das mulheres. Afonso Ribeiro continua sendo enviado a conhecer melhor a terra nos dias subsequentes, sempre partindo pela manhã do navio e retornando à noite. À bordo, contava aos portugueses sobre suas descobertas.<ref name=":0">{{Citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2016/11/1808616-conheca-historia-do-primeiro-portugues-a-pisar-no-brasil.shtml |titulo=Folha de S.Paulo - Livraria da Folha - Conhe�a hist�ria do primeiro portugu�s a pisar no Brasil - 02/11/2016 |acessodata=2021-02-02 |website=Folha}}</ref> Neste episódio, os portugueses ficaram na costa por dez dias.<ref name=":1" />
Consta na carta de Caminha que, ao retomar a viagem para as [[Índias]] (após tocar as terras brasileiras), Pedro Alvares Cabral deixou em terra dois degredados, um deles Afonso Ribeiro (o outro teria sido João de Thomar, sobre o qual nada se sabe), para "''andarem com os índios e saber de seu viver e das suas maneiras''".<ref> Pero Vaz de Caminha. '''A Carta'''. </ref>
 
Consta na [[Carta de Pero Vaz de Caminha|carta de Caminha]] que, ao retomar a viagem para as [[Índias]] (após tocar as terras brasileiras), Pedro Alvares Cabral deixou em terra dois degredados, sendo um deles Afonso Ribeiro (o outro teria sido João de Thomar, sobre o qual nada se sabe), para "''andarem com os índios e saber de seu viver e das suas maneiras''".<ref> Pero Vaz de Caminha. '''A Carta'''. </ref> Tal façanha destinada a Afonso Ribeiro e seu parceiro foi descrita na carta como uma "missão".<ref name=":1" />
Afonso foi condenado ao degredo por "culpas de morte", ou seja, acusado de ter cometido assassinato. Era criado de um certo João de Telo e estava para casar com Elena Gonçalves que, desiludida com o destino do noivo, fez votos de religiosa.
 
Consta também que logoLogo após a partida de Cabral, dediz volta,a história que Afonso Ribeiro chorou<ref name=":1" /> e que, no auge de seu desespero, apossou-se de uma [[piroga]] e se aventurou mar adentro na tentativa de alcançar a frota com os homens que o deixaram, mas após remar por algum tempo viu, exausto, apenas as velas das embarcações já em alto mar. Ele teria se conformado, certo de que não alcançaria as naus, e pediu, em oração, para morrer sem voltar à praia. Mas a pretexto do mar agitado, a piroga foi conduzida de volta à areia, onde os índios o teriam conformado. Dizem alguns historiadores, que Afonso Ribeiro era um condenado inocente.
Segundo um registro de [[Valentim Fernandes]], tabelião real, os dois degredados permaneceram 20 meses na terra e, ao regressarem, contaram tudo o que haviam aprendido no convívio com os [[índios]]. É provável, portanto, que eles tenham sido resgatados na expedição de [[Gonçalo Coelho]], em 1501-1502.
 
Segundo um registro de [[Valentim Fernandes]], tabelião real, os dois degredados permaneceram 20 meses na terra e, ao regressarem, contaram tudo o que haviam aprendido no convívio com os [[índios]]. Há indícios de que tenham sido resgatados na expedição de [[Gonçalo Coelho]], em 1501-1502. De qualquer maneira sabe-se que retornaram em expedição enviada pelo vigente rei de Portugal, Manoel I.<ref name=":1" /> Há fontes que dizem Afonso Ribeiro ter permanecido em terras brasileiras até 1502, quando retorna ao convívio europeu embarcando junto à frota de [[Américo Vespúcio]].<ref name=":0" /> Aliás, a vinculação entre estes dois personagens parece ter sido de grande importância, pois entende-se que os relatos da estadia de Afonso Ribeiro tenham contribuído para a conclusão de Américo Vespúcio de que as terras descobertas tratavam-se de um novo continente - batizado em sua homenagem - e não das Índias.<ref name=":1" />
Consta também que logo após a partida de Cabral, de volta, Afonso Ribeiro no auge de seu desespero apossou-se de uma [[piroga]] e se aventurou mar adentro na tentativa de alcançar a frota com os homens que o deixaram, mas após remar por algum tempo viu, exausto, apenas as velas das embarcações já em alto mar. Ele teria se conformado, certo de que não alcançaria as naus, e pediu, em oração, para morrer sem voltar à praia. Mas a pretexto do mar agitado, a piroga foi conduzida de volta à areia, onde os índios o teriam conformado. Dizem alguns historiadores, que Afonso Ribeiro era um condenado inocente.
 
Afonso Ribeiro permanece em terras brasileiras até 1502, quando retorna ao convívio europeu embarcando junto à frota de [[Américo Vespúcio]].<ref name=":0" />
 
{{Referências}}